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O MEO Vissla Pro Ericeira termino em festa no passado fim-de-semana e deixou os fãs do surf mundial ainda de ressaca, depois de uma semana de muito e bom surf nas míticas direitas de Ribeira d’Ilhas. As ondas colaboraram e foram das melhores que há memória no circuito QS. Mas o nível dentro de água também foi altíssimo, com a nata das natas daqueles que procuram chegar à elite mundial – e outros quantos que tentam por lá ficar. Nada melhor que os números para confirmar a ideia de que este foi um campeonato singular.

Depois de um arranque em Huntington Beach, na Califórnia, onde os surfistas já estão habituados a serem obrigados a surfar ondas marginais e com uma ligação entre outsider e inside que obriga muitos a técnicas pouco estéticas, o novo circuito Challenger Series teve na Ericeira um palco digno de todos os intervenientes. Uma etapa que até fez inveja a muitas do CT…

Ora, se há ainda quem fique cético em relação à qualidade do que se viu durante a semana passada em Ribeira d’Ilhas os números falam por si… Os 96 surfistas masculinos em prova surfaram um total de 1043 ondas, enquanto as 64 surfistas surfaram 638. No total das 1681 ondas contabilizaram-se 90 ondas na casa da excelência, o que dá uma percentagem de 5,35 do total das ondas surfadas. Uma delas foi o 10 do havaiano Imaikalani Devault.

Em termos masculinos das 1043 ondas surfadas registaram 49 pontuações na casa da excelência, o que corresponde a 4,70 por cento do total. Uma percentagem maior do lado feminino (6,43%), que contou com 41 ondas excelentes no total das 638 surfadas. Números que corroboram a ideia de que esta foi uma das melhores apresentações do surf feminino a nível internacional.

Nat Young e Imaikalani Devault no lado masculino, ambos com sete notas na casa da excelência, foram os que mais contribuíram para estes números. Destaque ainda para as seis ondas excelentes do australiano Jackson Baker e de Zeke Lau, vencedor do campeonato. Nota de honra ainda para o costarriquenho Carlos Muñoz com 4 ondas excelentes.

Do lado feminino, a grande dominadora neste aspeto foi a havaiana Gabriela Bryan, com 7 ondas excelentes. Destaque para o facto de Bryan, que foi finalista vencida na Ericeira, ter conseguido fazer uma onda excelente em todas as rondas em que entrou. Destaque ainda para as seis notas excelentes da vencedora Luana Silva Coelho e para as quatro de Silvana Lima e também de Bettylou Sakura Johnson, que num só heat fez três ondas acima de 9 pontos.

Ondas surfadas

Masculino 1043

Feminino 638

Total 1681

Ondas excelentes

Masculino 49

Feminino 41

Total 90

Percentagem de ondas excelentes

Masculino 4,70%

Feminino 6,43%

Total 5,35%

Mas os números também foram impactantes fora de água. De acordo com os números contabilizados pelo canal de Youtube da WSL houve mais de meio milhão de pessoas a assistir ao campeonato em direto por esta plataforma – não sabemos se também estão aqui contabilizados os que assistem diretamente no site. Com vários dias acima das 100 mil visualizações, o total cifrou-se em algo como 680 mil.

Um número que até fica abaixo dos valores registados no US Open of Surfing, que abriu este circuito, embora possam existir várias razões para isso mesmo. Apesar da qualidade das ondas ter sido bastante abaixo, o US Open of Surfing é uma prova já com enorme estatuto e reputação, além de se disputar de uma nação onde o surf é dominante e que tem uma população bem maior que a portuguesa. A isso junta-se o facto de muitos portugueses terem outras vias para assistir ao campeonato, não só in loco como também na Fuel TV. Algo que deve bem elevar o número de pessoas que viram o MEO Vissla Pro Ericeira.

Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, pode usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.

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