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  • Frederico Morais e os objetivos para 2022: “Estou sempre à procura de mais!”
    01 outubro 2021
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  • Kikas deixou um conselho aos outros portugueses que estão em prova na Ericeira e que lutam por conseguir o apuramento para o circuito mundial do próximo ano.
  • Frederico Morais vai ser uma das estrelas em ação a partir de amanhã no MEO Vissla Pro Ericeira, a segunda de quatro etapas das novas Challenger Series, que se vai disputar em Ribeira d’Ilhas. De regresso à competição após o final da temporada de 2021 do CT, Kikas, que lidera uma armada de nove portugueses em prova, admite que esta é uma competição que vai servir de preparação, mas onde poderá voar alto.

    O único português garantido para a elite mundial do próximo ano, perspetiva ainda uma temporada de 2022 onde espera estar ao mesmo nível da época transata, querendo sempre sonhar um pouco mais. Além disso, ainda deixa um conselho aos outros portugueses que estão em prova na Ericeira e que lutam por conseguir o apuramento para o circuito mundial do próximo ano.

    Beachcam - Estás sem competir desde meados de agosto, momento em que terminaste a tua época de 2021 no CT. Encaras a presença no MEO Vissla Pro Ericeira como o início da pré-temporada para 2022?

    Frederico Morais - O próximo CT só começa no final de janeiro do próximo ano. Mesmo que uma pessoa comece a preparar as coisas, ainda faltam uns bons meses. Acima de tudo é ótimo voltar à rotina. Acordar pela manhã, ir surfar, preparar pranchas e vestir a licra de competição. Não escondo que sou um competidor nato. Depois do CT do México já estava com saudades de voltar à competição. No fundo, tudo isto acaba por ser um bocadinho de preparação para o que aí vem. Começar a trabalhar e a pensar nos objetivos que pretendo alcançar. Para isso, nada melhor do que competir em Ribeira d'Ilhas.

    Beachcam - Falaste em traçar novos objetivos. Este ano, alcançaste a melhor classificação de sempre de um surfista português na elite do surf mundial. O que tens em mente para 2022? Vencer a tua primeira etapa ou obter o apuramento para a finalíssima?

    Frederico Morais - Estou super contente com o meu top 10 mundial. Era o meu objetivo. Nunca ninguém tinha conseguido um top 15 ou top 10 no final do CT. O facto de já ter conseguido ambos é um sonho concretizado. Claro que uma pessoa procura sempre mais e tenta evoluir. Porém, não sei o que vai acontecer no futuro. Sei que vou trabalhar muito. Só saindo da zona de conforto é que conseguimos lá chegar. Para já, o objetivo mantém-se fazer novamente top 10, mas vou estar sempre à procura de mais.

    Beachcam - És um dos tops mundiais que vai estar em ação. Além disso, esta é uma onda que encaixa bem no teu surf e a última vez que competiste em Ribeira foste o vencedor da prova. Por tudo isto, consideras-te um favorito à vitória final?

    Frederico Morais - Sei que quero ganhar a prova, mas também sei que vamos ter ótimos surfistas dentro de água. O Ítalo Ferreira, Kanoa Igarashi, Vasco Ribeiro, o próprio Tomás Fernandes, entre muitos outros surfistas do QS que são super talentosos e percorreram um árduo caminho para chegar às Challenger Series. Sei perfeitamente que ninguém me vai dar abébias. No passado, já fiz bons resultados em Ribeira d'Ilhas. Vamos ver o que acontece.

    Beachcam - Como avalias as possibilidades de outros surfistas portugueses conseguirem juntar-se a ti no CT em 2022?

    Frederico Morais - Talento não lhes falta. Acho que falta acreditarem um pouco mais que é possível lá chegar, bem como um pouco mais de trabalho. Temos a Teresa que este ano tem vindo a fazer um ótimo trajeto. Brilhou no Mundial ISA de El Salvador e nos Jogos Olímpicos de Tóquio. É uma surfista que surfa muito bem em Ribeira d'Ilhas, pelo que pode começar aqui a sua campanha para uma possível qualificação para o CT. Em França e Haleiwa, também são locais onde tenho a certeza que vai dar-se bem. Confio na Teresa e o mesmo aplica-se ao Vasco Ribeiro. Depois, temos o Afonso Antunes, que é um novo talento que está a chegar. Tem dado cartas na Liga MEO Surf e agora é dar o pulo para onde interessa.

    Beachcam - Depois do MEO Vissla Pro Ericeira, também irás participar no Quiksilver Pro France. A seguir a estes dois campeonatos quais são os teus planos até ao fim do ano?

    Frederico Morais - Vou fazer o Pro France. O meu treinador, Richard 'Dog' Marsh, reside nesse país, pelo que acaba por ser um treino. Depois, vou ver o que traz o inverno português. Se entrarem ótimas ondulações sou capaz de ficar por cá. Isto porque temos ondas que são muito parecidas com o que vou enfrentar no Havai, no arranque do CT. Também fiz a minha inscrição para o QS dos Açores e o Challenger de Haleiwa. Posso optar por fazer estes dois campeonatos ou ter um inverno mais tranquilo em casa a apanhar as ondas clássicas portuguesas.

     

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