Homepage
- Medina fez o tri, enquanto Carissa já vai com cinco títulos mundiais.
-
Terminaram a fase regular na liderança dos respetivos rankings e em Trestles deram um ar de justiça aos títulos mundiais de 2021. A WSL estreou o novo formato de final para decidir os campeões mundiais de surf, mas Gabriel Medina e Carissa Moore, os licras amarelas e grandes dominadores da temporada por inteiro, não deram azo a surpresas, sagrando-se campeões mundiais.
Se no caso masculino não houve muita emoção, com Medina a carimbar um triunfo fácil por 2-0 frente a Filipe Toledo na grande final, no caso feminino a história foi diferente, com Carissa a ter de reverter uma derrota inicial frente à brasileira Tatiana Weston-Webb. A verdade é que Gabriel Medina conseguiu, assim, o terceiro título mundial, enquanto a havaiana já soma cinco títulos.
Não foi um dia perfeito como se esperava, sobretudo com as condições com que Trestles ofereceu no arranque do dia para os primeiros duelos. Contudo, com a mudança da maré e com a entrada em cena das verdadeiras estrelas tudo melhorou. As ondas já brilharam na reta final da prova e aqueles que reclamavam justiça para os surfistas mais regulares ao longo do ano acabaram por tê-la. Na realidade, este novo formato mostrou que há mesmo vantagem para quem termina o ano na frente.
Tudo começou com o primeiro embate feminino em que a maior surpresa não foi a derrota de Stephanie Gilmore para Johanne Defay. Com o mar complicado, foi natural que o power da francesa acabasse por fazer a diferença. Contudo, o inesperado foi a grande inaptidão de Steph durante cerca de 30 minutos, nada fazendo para inverter a situação. A rainha do surf mundial e 7 vezes campeã foi a Trestles assistir à coroação da grande rival Carissa Moore, que já só está a dois títulos do seu registo. A australiana foi a grande desilusão do evento, sobretudo quando muitos acreditavam que poderia ser a única a fazer frente a Carissa.
Seguiu-se os homens e um bom duelo entre as grandes surpresas da temporada. O rookie do ano Morgan Cibilic ainda tentou continuar a surpreender, mas o conhecimento local acabou por dar o triunfo a Conner Coffin. E o californiano esteve muito perto de fazer ainda mais estragos, depois de liderar praticamente toda a bateria seguinte frente a Filipe Toledo. Coffin apanhou as melhores ondas e conseguiu um score excelente, mas Toledo, que também por ali vive, acabou por fazer a diferença na reta final, sem precisar das melhores ondas, voando como poucos sabem. O resto já sabemos…
Pelo meio houve ainda o triunfo de Sally Fitzgibbons frente a Johanne Defay. Contudo, a australiana não conseguiu alimentar o sonho do título na “meia-final” frente a Tatiana Weston-Webb. A surfar muito bem de backside, Weston-Webb dava um extra de festa aos brasileiros, que por aquela altura já sabiam que iam ter novo campeão mundial – falta saber qual dos três surfistas o iria ser. Contudo, além do título masculino, o Brasil também estava na luta por um histórico primeiro título feminino.
Do lado dos homens aconteceu o que muitos previam. Italo não conseguiu defender o título mundial, uma vez que teve pela frente Filipe Toledo, um homem da casa. Claramente em crescendo de ritmo, Toledo fazia parecer fáceis os aéreos nas paredes de Trestles, somando notas excelentes com relativa facilidade e deixando Italo sem qualquer respostas. Estava, assim, encontrado o finalista masculino, para espanto de poucos.
Nas finais houve duas histórias diferentes. No primeiro heat feminino Carissa surfou bem, mas Tatiana conseguiu elevar a fasquia para bater a havaiana e colocar-se na frente da luta pelo título. O Brasil esteve mesmo a um triunfo de garantir esse histórico título e com duas oportunidades para fazê-lo. Só que depois a havaiana veio com sangue nos olhos e fogo na prancha, aplicando espantoso carves laybacks que foram fazendo a diferença. Mérito para Weston-Webb por ainda ter equilibrado as contas, mas Carissa não deu qualquer hipótese e nem deixou dúvidas quanto ao mérito de mais um título mundial, ao segundo consecutivo.
Do lado masculino, Gabriel Medina tratou de desenganar aqueles que acreditavam que Toledo poderia chegar ao primeiro título, sobretudo por contar com o fator casa. A parte mais emotiva do duelo foi aquela em que um avistamento de um tubarão interrompeu o segundo duelo, já depois de Medina ter vencido um primeiro duelo muito equilibrado. Se Toledo voava, Medina respondia da mesma moeda, e até houve direito a backflip. Toledo falhou nos momentos cruciais das baterias e acabou por não conseguir contrariar o destino. Mas também participou na festa brasileira que há muito tinha começado…
Rip Curl WSL Finals Results:
Women’s Match 1: Johanne Defay (FRA) 12.17 DEF. Stephanie Gilmore (AUS) 6.70
Men’s Match 1: Conner Coffin (USA) 15.00 DEF. Morgan Cibilic (AUS) 9.84
Women’s Match 2: Sally Fitzgibbons (AUS) 11.33 DEF. Johanne Defay (FRA) 6.66
Men’s Match 2: Filipe Toledo (BRA) 16.57 DEF. Conner Coffin (USA) 14.33
Women’s Match 3: Tatiana Weston-Webb (BRA) 13.17 DEF. Sally Fitzgibbons (AUS) 11.73
Men’s Match 3: Filipe Toledo (BRA) 15.97 DEF. Italo Ferreira (BRA) 12.44
Women’s Title Match, Heat 1: Tatiana Weston-Webb (BRA) 15.20 DEF. Carissa Moore (HAW) 14.06
Men’s Title Match, Heat 1: Gabriel Medina (BRA) 16.30 DEF. Filipe Toledo (BRA) 15.70
Women’s Title Match, Heat 2: Carissa Moore (HAW) 17.26 DEF. Tatiana Weston-Webb (BRA) 15.60
Men’s Title Match, Heat 2: Gabriel Medina (BRA) 17.53 DEF. Filipe Toledo (BRA) 16.36
Women’s Title Match, Heat 3: Carissa Moore (HAW) 16.60 DEF. Tatiana Weston-Webb (BRA) 14.20
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, pode usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram