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  • O duro final de época de Caroline Marks: não vai a Trestles e ficou às portas da medalha olímpica
    19 agosto 2021
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  • O ano de 2021 não deixa a jovem surfista norte-americana com muitos motivos para sorrir, mas pode ter sido importante em termos de experiência acumulada.
  • Se olharmos para a lendária Carissa Moore como somente havaiana, vemos que os Estados Unidos da América não conquistam o título mundial de surf feminino com alguém proveniente do território continental desde 1997. Esse foi o ano em que a mítica Lisa Andersen fez o poker ao proclamar-se campeã do mundo pelo quarto ano consecutivo.

    Depois do tetra de Lisa, chegou esta interminável travessia do deserto. Contudo, já diz o povo que não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe. E essa crença de que o prémio gordo poderia estar aí à porta aumentou graças ao fenómeno Caroline Marks. 

    Esta surfista originária do estado da Florida tornou-se efetiva no Women's World Tour (WWT) aos 16 anos de idade e contra todas as expectativas, com apenas 17 anos (!), foi vice-campeã mundial. Era apenas o seu segundo a tempo inteiro entre a elite do surf mundial e só foi superada na pontuação final por Carissa Moore. Aliás, o seu desempenho em 2019 foi tão superlativo que Carissa apenas selou a conquista do quarto título mundial da carreira em Honolua Bay, na última etapa da época.

    Pelo meio, Marks estreou-se a vencer no Tour na etapa da Gold Coast ao qual juntou ainda a vitória no campeonato de Peniche, naquela que foi a última vez que o nosso país recebeu uma etapa do CT, ainda antes da chegada da pandemia. Regressará em março do ano que vem. 

    Pensava-se por isso que em 2021 Caroline Marks iria vincar ainda mais a sua posição como figura emergente do surf norte-americano continental. Apesar de ter testado positivo ao novo coronavírus na iminência de embarcar para a perna australiana, a promissora surfista norte-americana chegou a tempo ao território 'aussie' e entrou forte neste conjunto de provas. Venceu em Narrabeen e já antes havia sido terceira classificada em Newcastle. 

    Desta forma, antecipava-se que com maior ou menor dificuldade a surfista de 19 anos iria conseguir carimbar o apuramento para a finalíssima de Trestles, território predileto para aplicar o seu power surf que tantos estragos vinha a fazer entre as melhores surfistas do mundo. Só que não. A vitória nas esquerdas de Narrabeen acabou mesmo por ser o canto do cisne no que diz respeito a sucessos em 2021, ano que em devido à longa lesão de Lakey Peterson, também ela uma antiga vice-campeã do mundo, Carol praticamente carregou sozinha as aspirações norte-americanas no WWT. Com tão tenra idade, talvez isso também possa ter influenciado de forma negativa a promissora surfista na hora de ir para a água. 

    Depois da passagem triunfante por Narrabeen, Caroline Marks não mais alcançou uma final, nem andou lá perto disso. Foi averbando resultados discretos e o melhor que conseguiu foi um quinto posto na etapa do Surf Ranch. Consequência de tudo isto foi ter fechado a temporada regular do WWT no sexto lugar do ranking mundial. Precisamente a primeira posição que está fora do acesso à finalíssima de Trestles, a disputar em setembro próximo.

    Se as coisas não correram bem no circuito mundial, já em Tóquio'2020 apesar da inédita experiência vivida, a verdade é que também o resultado final deixou seguramente um amargo de boca. Caroline Marks ficou às portas das medalhas ao perder o heat do bronze olímpico para a nipónica Amuro Tsuzuki.

    Já antes, havia sido surpreendida pela sul-africana Bianca Buitendag nas meias-finais. Derrotas às mãos de duas surfistas que não estão no Tour. Carol deixou Tsurigasaki Beach com a consolação de ter obtido no setor feminino o melhor score combinado e a melhor onda surfada da primeira prova olímpica de surf da história.

    Revista a matéria, 2021 não foi um ano com muitos motivos de satisfação para Caroline Marks em termos de resultados, mas certamente esta terá sido uma importante campanha no que toca a aprendizagem e acumulação de experiência face a situações menos positivas, que estão sempre presentes na vida de uma atleta de alta competição.

    Afinal, apesar de ter entrado de rompante no Mundial, nunca nos podemos esquecer que estamos perante uma surfista que tem apenas 19 anos de idade! Tem toda uma vida desportiva pela frente e que continua a prometer bastante! 

     

     

     

     

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