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Julian Wilson anunciou este sábado nas redes sociais uma interrupção da carreira competitiva por tempo indeterminado. O surfista australiano, eterno candidato ao título mundial, vai retirar-se de forma temporária logo após a participação nos Jogos Olímpicos, falhando o que falta do CT 2021. Uma decisão justificada por razões familiares.

A caminho dos 33 anos – faz em novembro -, Wilson explicou que a impossibilidade de viajar com a família pelo Mundo para competir nas etapas do CT durante os próximos tempos, enquanto a pandemia perdurar, o obrigaram a tomar esta decisão. “Sinto-me muito bem acerca da minha decisão”, confessou Wilson.

Em 2021 Jules já tinha faltado à etapa do Surf Ranch, na Califórnia, por esse mesmo motivo. Aliás, com exceção da etapa inaugural em Pipeline, o circuito ainda só tinha passado pela Austrália, o que permitiu ainda a Julian Wilson competir, embora sem os resultados que habituou os fãs no passado, salvando-se um 5.º lugar em Rottnest Island.

Atualmente no 17.º posto do ranking, Wilson está fora da luta pela qualificação para o top 5 final que discutirá o título em Trestles, pelo que já não tem nada a ganhar nas duas etapas que restam da temporada, no México e Taiti. Dessa forma, é provável que acabe mesmo o ano fora do top 22 mundial, que define o cut de requalificação.

“O Julian Wilson teve uma fantástica carreira na última década”, frisou Erik Logan, CEO da WSL, que deixa uma porta aberta ao talentoso surfista da Sunshine Coast para um eventual regresso ao circuito. “Foi um eterno candidato ao título mundial. Apoiamos a sua decisão e esperamos vê-lo a surfar o mais brevemente possível. Seja com ou sem licra de competição vestida”, frisou.  

A estreia do surf nos Jogos Olímpicos será a derradeira prova de Wilson antes de iniciar este período sabático. Assim, o surfista australiano tem mais uma motivação para a luta pelas medalhas, querendo certamente despedir-se com um feito inolvidável.

No currículo Julian, que chegou ao circuito mundial em 2011 com o rótulo de grande promessa, conta com cinco triunfos em etapas do WCT, sendo que o primeiro foi em Portugal, em 2012, na etapa de Peniche. Seguiu-se um triunfo no Pipe Masters em 2014, em Teahupoo em 2017, na Gold Coast australiana e França em 2018, no ano em que terminou como vice-campeão mundial, apenas atrás do eterno rival Gabriel Medina.

Em termos do circuito WQS Wilson também conseguiu algumas vitórias importantes, com destaque para o histórico Quiksilver Pro Portugal 2011, etapa de estatuo Prime que se disputou em Ribeira D’Ilhas, batendo Medina na final. Julian também venceu provas no Sri Lanka, Burleigh Heads, o mítico US Open e Ballito. A última vitória da carreira foi mesmo no WQS, com o sucesso obtido em 2020 no QS5000 de Newcastle.

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