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  • Sete apontamentos sobre o Surf Ranch Pro
    21 junho 2021
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  • Novos vencedores, o desfecho do costume. No Surf Ranch impera sempre a lei dos mais fortes!
  • Foram três dias preenchidos com muita ação e, por vezes, também emoção com fartura. Como já é hábito na piscina de ondas criada por Kelly Slater no final vencem sempre os melhores. E como já é tradição no circuito de 2021, no fim ganha o Brasil. Foi assim, mais uma vez, na prova masculina, com apenas o nome a trocar em relação ao ano passado. Já na prova feminina a festa foi francesa.

    Toledo e Johanne Defay dominaram a prova desde início e apenas os finalistas lhes conseguiram fazer frente ao longo da prova. Há um campeonato à parte neste Surf Ranch, onde os mais talentosos discutem o trono entre si. Uma prova de amor e ódios, que este ano voltou a mudar alguns aspetos e que beneficiou disso mesmo. Aqui ficam sete apontamento sobre a sexta etapa do CT 2021.

    Vamos nos deixar já de rodeios. Filipe Toledo é o surfista que melhor surfa a onda do Surf Ranch. Quer seja para a direita quer seja para a esquerda. E já o era antes deste triunfo, nos anos anteriores. A vitória só demorou porque Toledo é o melhor surfista do Surf Ranch, mas não o melhor competidor. E é nesse aspeto que Medina faz a diferença. Com exceção de 2021… A onda parece ter sido feita à medida do endiabrado surfista brasileiro. E, claro, que a parte progressiva joga muito a seu favor.

    Do lado feminino a imprevisibilidade tem sido maior e a terceira vencedora no Surf Ranch foi Johanne Defay. Se ainda era preciso, mais uma prova que Defay é a melhor surfista europeia da história. E parece não querer abrandar, podendo ser uma candidata surpresa ao título mundial. Com um power característico Johanne está a tornar-se numa verdadeira máquina competitiva. E para ela é igual competir contra Carissa ou outra qualquer surfista, pois não verga sob pressão.

    Para os que não o podem ver nem pintado, certamente que ontem o desfecho do Surf Ranch Pro foi motivo de alegria. Mas a verdade é que Gabriel Medina continua imparável. Perdeu a final, é verdade, e foi derrotado pela primeira vez na onda artificial californiana, mas são já cinco finais em seis etapas, com duas vitórias pelo meio. A vantagem para o segundo do ranking é de praticamente 13 mil pontos… Uma campanha estupenda de Medina em 2021, que torna o novo modelo de final ridiculamente injusta.

    Uma das agradáveis surpresas desta prova foi a prestação de Frederico Morais. Embora acreditemos sempre que o céu é o limite para o surfista português, a verdade é que poucos viam Kikas a lutar como lutou pelos primeiros postos. Uma vez se que se tratava do seu handicap no Tour, foi o melhor local para confirmar de vez que está mesmo na melhor fase da carreira. Desta forma, só podemos acreditar que vão acontecer coisas gigantes no México!

    Aqui os melhores vão ganhar sempre e esqueçam a imprevisibilidade tão positivo e saudosa que o mar oferece ao surf competitivo. Mas não deixa de ser interessante assistir àqueles surfistas que todos lhes recolhessem um talento incrível mas que frequentemente sucumbem à pressão da competição. Longe de disputa de ondas, todos os anos há nomes que fazem aqui das melhores apresentações da temporada. Miguel Pupo voltou a fazer isso em 2021. Mas este ano foi Ethan Ewing a provar o que vale sem mais ninguém por perto. Ninguém está errado quando o consideram especial. Tem, de facto, um estilo único e só precisa de adaptar-se adequadamente ao Tour, de vez.

    Em 2021 houve, mais uma vez, mudanças no formato no formato competitivo. Algo que cria imensas dificuldades em perceber e compreender a prova aos fãs e até aos mais atentos. Desde comentadores até à imprensa, muitos foram apanhados na curva, sobre um formato que apenas foi anunciado dois dias antes de o evento começar. É verdade que a ronda bónus prolongou em demasia a ação. Mas houve coisas positivas trazidas pela mudança, desde logo o sistema de heats, que misturou os melhores com os piores e os intermédios, evitando, assim, a repetição do confrangedor dia inaugural da prova em 2019, quando apenas os piores do ranking entraram em ação, naquele que foi, muito provavelmente, o dia mais desinteressante da história do WCT.

    Podem odiar esta etapa em termos surfísticos, mas não se pode negar que em termos de espetáculo/programa televisivo é do melhor, que podemos ter. Não há a imprevisibilidades dos heats, as surpresas reduzem-se, mas tudo acontece na hora marcada. Não à espera pelas condições do mar, recomeços, chamadas ao lado. São três dias a fundo, onde todos sabem a que horas entram na água. Nada mais fácil para podermos gerir a nossa vida em prol da etapa. A partir daqui há vários aspetos a melhores e evoluir ao longo dos próximos anos. Desenganem-se, pois o Surf Ranch veio mesmo para ficar.  

    John John Medina

     

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