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  • Tab Textor, o “avô” do WQS que compete pelo mundo inteiro aos 57 anos
    15 junho 2021
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  • Após 11 eventos realizados desde 2018 ainda procura passar pela primeira vez um heat no WQS.
  • Com o regresso da ação no WQS, muitos surfistas regressaram, finalmente à competição. Depois de Austrália, Portugal foi um marco neste regresso à normalidade. E, agora, o circuito segue para outras paragens, como a América do Sul, para dar sequência à temporada e oportunidades a todos de, aos poucos, retomarem as suas atividades.

    Se este novo conceito de circuito mundial de qualificação tem, segundo a WSL, intenção de dar mais oportunidades aos jovens e fazer com que estes gastem menos recursos a viajar para diferentes continentes, há um caso que não vai, de todo, ao encontro desta ideia. Tab Textor. O nome que mais tem surgido nos campeonatos da retoma do WQS. De Portugal ao Equador, passando por Austrália e tudo o que mais vier aí pela frente.

    Contudo, Textor não é um competidor qualquer. Desde logo porque se destaca a idade. Umas “jovens” 57 primaveras. Será o norte-americano um surfista já experiente nestas andanças? Nem por isso. Pois só em 2018 começou a fazer o WQS, regressando agora com ainda mais determinação e afinco. Já tivemos a oportunidade de o ver em ação este ano em Santa Cruz e Caparica. Mas há muito mais pela frente. A começar já pela próxima semana, na Austrália.

    Skater de origem e empresário, Tab Textor surge no meio do surf como um aparente desconhecido, mas é fácil perceber que está a viver o sonho à grande, seguindo indiferente aos lugares comuns e às avaliações de terceiros. E não olha a meios, nem há fome que não dê em fartura, pois na hora de se inscrever até o faz em campeonatos sobrepostos. É que esteve inscrito no QS1000 equatoriano de Montañita, mas entretanto saiu do heat draw, porque também está inscrito no QS5000 de Tweed Coast, na Austrália, que arranca segunda-feira.

    Pelo meio, mantém-se inscrito no outro QS1000 equatoriano, de Salinas, que começa dentro de uma semana. Resta saber se conseguiu chegar à Austrália e se por lá está a cumprir a já famosa quarentena. Seja onde for, a verdade é que nem a idade o impede de manter o go for it das competições. Mesmo que os números apresentados deixem a desejar. Isto porque após 11 eventos ainda procura passar pela primeira vez um heat.

    Em termos gerais o ano de 2018 foi de viagens para Textor. Estreou-se nessa temporada na Florida, seguiu viagem para o Chile, regressou aos Estados Unidos, onde competiu em Outer Reefs, rumou a Marrocos, passou ainda por Costa Rica e Peru e, por fim, fechou o ano a competir em Barbados. O score médio foi de 2,61 pontos e a média de pontuação de cada onda foi de 1,04 pontos. Nada de importante para quem, certamente, está a desfrutar de todo o encanto de um circuito que corre os quatro cantos do globo.

    Este ano as coisas não começaram de forma diferente. Em Santa Cruz perdeu para os portugueses Nic von Rupp e Rafael Silva, depois de somar apenas 2,10 pontos (1,43+0,67) e na Costa de Caparica foi eliminado por Henrique Pyrrait e Jéjé Vidal, num heat em que fez 2,40 pontos (1,40+1) e onde teve pela frente novamente Nic von Rupp, que terminou no 3.º posto da bateria.

    Numa altura em que Kelly Slater continua a manter-se no topo e já perto da casa dos 50, Textor mostra que em termos de longevidade os norte-americanos são tramados. Pode não ter os mesmos resultados do Rei, mas na idade leva a melhor com larga vantagem. Números à parte, o importante é que Tab Textor, um verdadeiro avô do WQS, continue a desfrutar. Até porque em tempos de pandemia a competição pode ser um bom pretexto para se chegar aos quatro cantos do Mundo…

     

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