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Lei Medina! WSL tem nova regra para casos de interferência19 maio 2021

- Tática para uns, comportamento anti-desportivo para outros. A verdade é que, agora, a margem para fazê-lo é bem menor.
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Em dezembro de 2019, Gabriel Medina trouxe muito polémica ao Mundo do surf, depois de ter utilizado uma tática que o permitia avançar para os quartos-de-final do Pipe Masters, no Havai, e manter-se na luta pelo título mundial. Na liderança da bateria, mas com Ibelli a precisar de uma nota baixa para passar para a frente, Medina fez uma interferência propositada. Com isso foi-lhe cortada a segunda melhor onda. Algo que não impediu a vitória. Tática para uns, comportamento anti-desportivo para outros. A verdade é que as “contas de matemática” de Medina passaram, agora, a ser punidas de outra forma. Esta situação polémica, que aconteceu na última etapa do CT de 2019, fez com que a WSL tenha alterado as regras das interferências.
Embora não tenha sido anunciado e até tenha passado despercebido aos olhares menos atentos, durante as últimas etapas, a cada situação que acontece de interferência, como sucedeu na ronda inaugural do Rottnest Island Search com o australiano Morgan Cibilic, surge no grafismo a explicação das sanções dadas a cada tipo de interferência. E, a partir deste ano, há uma nova lei que salta à vista, que visa aplicar um castigo mais forte a este tipo de jogadas. Ou seja, uma espécie de “lei Medina”.
Se, anteriormente, os surfistas podiam utilizar a interferência em termos táticos, para cortar a possibilidade de o adversário fazer uma nota alta, perdendo a sua segunda melhor onda, a partir de agora interferências feitas nos últimos cinco minutos dos heats passam a ser castigadas com a perda da melhor onda. Uma mudança significativa em relação ao passado e que poderá fazer os surfistas pensarem duas vezes antes de provocarem este tipo de situações.
Contudo, fica ainda uma pequena margem para estas jogadas continuarem a ser praticadas. Basta usar a matemática para perceber isso. Se no último minuto de um heat, o surfista que lidera a disputa tiver uma nota de 5 pontos e outra de 4 e o adversário tiver como melhor onda um 3 pontos, precisando apenas de uma nota média para passar para a frente, a verdade é que mesmo perdendo a nota de 5 pontos o surfista infrator vai continuar na frente da bateria.
Isto, claro, partindo do princípio que o surfista que causou a interferência não colocou em risco a integridade física do adversário. Algo que já há algum tempo estava contemplado nas regras da WSL, dando direito a derrota por desqualificação. No entanto, na tal polémica de 2019 entre Medina e Ibelli essa situação acabou por ser desconsiderada, nunca tendo sido aplicada em casos semelhantes.
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