Homepage
- Aos 29 anos, Kikas está na sua terceira temporada a tempo inteiro no WCT.
-
Frederico Morais prepara-se para competir na próxima semana em Newcastle, na Austrália, naquela que será a segunda etapa da temporada 2021. Esta é uma etapa especial porque marca o regresso da ação após uma pausa de mais de quatro meses. Mas também será uma ocasião especial para o surfista português. Isto porque quando entrar na água para o heat 4 da ronda inaugural – caso não existam mais mudanças no heat draw… - vai realizar a 100.ª bateria entre a elite mundial.
Aos 29 anos, Kikas está na sua terceira temporada a tempo inteiro no WCT. Isto depois de três anos a competir como wildcard e de em 2019 ter feito metade do circuito como suplente. Ora, este marco levou-nos a procurar mais dados estatísticos sobre a carreira do surfista de Cascais entre os melhores surfistas do Mundo. Ele que foi o segundo português a conseguir chegar ao Olimpo do surf, depois de Tiago Pires. No entanto, é aquele que conseguiu a melhor classificação final de sempre para o nosso país.
Depois de se ter estreado em 2013, como wildcard em Peniche, onde se mostrou ao Mundo com um mediático triunfo frente a Kelly Slater, que praticamente roubou o 12.º título mundial ao Rei, Frederico continuou a surpreender os maiores nomes do surf mundial nos anos de 2015 e 2016, construindo aí a famosa alcunha de giant killer, em virtude das vitórias surpreendentes que ia somando. Prova disso é que já venceu todos os grandes nomes da última década, desde Gabriel Medina a Italo Ferreira, passando por John John Florence, Mick Fanning, Filipe Toledo, Joel Parkinson, Owen Wright, Jordy Smith, Adriano de Souza ou Julian Wilson.
Em 2017 chegou à elite mundial e por pouco não conseguiu ser o rookie do ano, depois de uma temporada incrível, banhada a nota 10, a uma final perdida para Filipe Toledo em J-Bay e um 14.º posto histórico no ranking. No ano seguinte o azar bateu-lhe à porta, acabando despromovido por apenas uma posição. Mas fez das fraquezas forças e conseguiu requalificar-se em 2019, terminando mesmo como campeão do WQS.
Com a pandemia a apanhar todos de surpresa, a temporada de 2020, que seria a do regresso de Kikas à elite mundial a tempo inteiro, acabou por ser cancelada. Tudo ficou adiado para 2021. Invertendo a ordem dos anos anteriores, Pipe marcou o arranque da temporada. Kikas passou pela primeira vez à terceira ronda, embora sem brilhantismo, e por aí ficou. Agora, em Newcastle parece encontrar o palco ideal para mais uma daquelas performances que nos fazem ficar colados ao ecrã madrugada adentro.
Enquanto a ação não chega, aqui ficam alguns números e curiosidades sobre a carreira de Frederico Morais, o único representante nacional na elite mundial. Uma trajetória, entre 2013 e 2021, que, aconteça o que acontecer em Newcastle, vai ficar marcada pela chegada ao clube dos centenários – onde também está o nosso Saca, com 183 heats feitos, divididos em 15 épocas, seis delas completas.
Total de heats realizados? 99.Vai fazer 100 em Newcastle, distribuídos por 34 etapas (uma média de cerca de 3 heats por etapa), com um total de 35 vitórias (mais de um terço de aproveitamento), sendo a primeira delas, em 2013, em Peniche, frente a Kelly Slater, a mais famosa delas todas.
Que surfista mais vezes enfrentou? Dos 46 adversários que já teve pela frente, o adversário que mais vezes enfrentou foi o sul-africano Jordy Smith, num total de oito ocasiões. Curiosamente, vai ser o seu adversário na ronda inaugural em Newcastle, elevando esse registo para nove encontros.
Quem nunca enfrentou? Além dos rookies, por motivos óbvios, e contabilizando apenas os atuais membros do WCT, Kikas nunca mediu forças com Leo Fioravanti, Seth Moniz, Griffin Colapinto e Alex Ribeiro.
Frente a quem mais venceu? Contando apenas os surfistas que fazem parte do WCT, Kikas venceu Gabriel Medina, Conner Coffin, Kolohe Andino e Jack Freestone por três ocasiões, cada. A estes juntam-se ainda os antigos tops mundiais Nat Young, Joel Parkinson, Michael February e Ian Gouveia.
A quem nunca ganhou? Além daqueles que, logicamente, nunca enfrentou, e contando apenas os que ainda estão no WCT, Frederico nunca venceu Kanoa Igarashi, Ethan Ewing, Jeremy Flores, Deivid Silva e Peterson Crisanto.
Com quem nunca perdeu? Contando, logicamente, apenas com aqueles que já enfrentou e que ainda se encontram no Tour, o surfista português nunca conheceu o sabor da derrota frente a Conner Coffin, Miguel Pupo, Owen Wright, Jadson Andre, Mikey Wright e Ryan Callinan
Frente a quem mais perdeu? Jordy Smith, Filipe Toledo e Italo Ferreira, num total de seis ocasiões para cada um deles.
Quantas notas excelentes já conseguiu? Um total de 38, sendo que 30 delas foram em 2017, no ano de rookie, em que terminou no 14.º posto do ranking.
Onde conseguiu mais ondas excelentes? Em Jeffreys Bay, na África do Sul, com 12, incluindo uma nota 10, em 2017, ano em que alcançou a final, a única que tem no currículo em etapas do WCT. Nessa etapa fez 11 das 12 notas excelentes (entre 8 e 10 pontos) que já lá conseguiu.
Melhor Score já conseguido? Foi também em Jeffreys Bay, com 19,77, num máximo de 20. Precisamente nesse mítico ano de 2017 e frente ao atual número um mundial John John Florence. Em sentido inverso, o pior score foi em Pipeline, com 2,47 pontos.
Média de scores? Após 99 heats contabiliza uma média de 11,53 por heat, sendo que em 2017 conseguiu a melhor média anual, com 13,09 pontos.
Outro fator digno de registo? Algo que comprova bem o desportivismo que faz parte do adn de Kikas, é o facto de contabilizar… zero interferências.
*Em heats de três surfistas, no caso de ter sido primeiro foi contabilizada vitória sobre segundo e terceiro, em caso de ter sido segundo foi contabilizada derrota para o primeiro e vitória contra o terceiro, em caso de ter sido terceiro foi contabilizada derrota para primeiro e segundo.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, pode usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram