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WQS: Falta uma semana para tudo começar no país onde acabou09 fevereiro 2021

- Há quase um ano que não é colocada na água uma prova do WQS. De então para cá muito mudou na vida, mas os surfistas continuam com a esperança de uma vida em atingir o topo da pirâmide do surf mundial.
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É já dentro de uma semana que as ondas da carismática Boomerang Beach, em Nova Gales do Sul, vão ser palco da abertura do exigente circuito mundial de qualificação (WQS) da World Surf League (WSL), aquele que anualmente apura os surfistas para a elite do surf mundial e no qual Frederico Morais proclamou-se campeão, de forma histórica, em 2019.
Para abrir as hostilidades, teremos um pequeno QS1000, no qual não faltará participação lusitana, mas que certamente, caso seja alvo de transmissão no site da WSL, dará para matar as saudades do surf de competição. E não são assim tão poucas.
Debaixo da organização liderada por Erik Logan, a buzina não toca desde dezembro, quando o Mundial arrancou com os havaianos Pipe Masters/Maui Pro, também eles envoltos em muitas contrariedades.
Quanto ao WQS, que é o tema deste artigo, a ausência competitiva já vem bem lá de trás. Muitos certamente já não se recordarão de quando foram as últimas provas.
Sem surpresa, tudo está parado desde março de 2020, o mês que jamais esqueceremos nas nossas vidas. Foi aí que o WQS, onde Vasco Ribeiro havia começado tão bem o curso, foi abruptamente interrompido, pois a pandemia estava a disparar no seu crescimento a nível mundial e era preciso travar a fundo.
É verdade que foi na Florida que terminou a última prova da WSL, já depois da entidade ter declarado o 'shut down', mas também não é menos verdade que a nata dos surfistas que almeja chegar ao Mundial tinha os arraiais assentados em território 'aussie', latitude onde preciscamente agora tudo vai começar.
A Manly Beach, em Sydney, recebeu a estreia da Challenger Series, 'chapéu' que engloba os eventos de estatuto máximo do WQS. No masculino, o italiano Leo Fioravanti havia conquistado o Sydney Pro, um triunfo emocional e que dedicou ao seu país que atravessava uma situação calamitosa, enquanto no feminino a consagrada Carissa Moore gritou vitória.
De então para cá, muito mudou e pelo motivo que todos nós sabemos. No universo WQS, os surfistas que percorrem o mundo com uma prancha debaixo do braço enfrentaram um forçado ano sabático, os portugueses graças à Liga MEO Surf foram das poucas excepções. Dias e dias longe do mar, longe daquilo que mais gostam de fazer e sobretudo impossibilitados de lutar pelo sonho de uma vida.
Meses de agonia sem competição e nos quais o WQS voltou a sofrer mais mexidas no seu formato, dividindo-se em duas fases, uma de carácter mais regional e outra mundialista. Uns concordarão, outros nem tanto, mas de uma coisa os atletas podem respirar de alívio. Os pontos acumulados em 2020, até à paragem do circuito, vão contar para 2021.
A dúvida agora é saber se em pleno contexto pandémico e com os apuros que o Mundial está a enfrentar, se o WQS terá pernas para chegar ao fim de uma longa maratona que está prestes a começar.
Para já, parece que nos eventos regionais não deverão existir grandes problemas, dado estarem localizados em determinadas regiões e não obrigarem a grandes movimentos por parte dos atletas.
Quanto à Challenger Series, com início marcado para agosto na terra do Tio Sam, a conversa já é outra. Em plena pandemia, estão previstos eventos em quatro continentes (!). Vamos esperar que o processo de vacinação esteja avançado e seja possível criar um cenário de alguma normalidade. Para o bem da WSL e do surf de competição.
Para já, regozijemo-nos com as competições que estão aí à porta. Serão quatro QS em menos de um mês. Uma barrigada de surf! Toca a fazer figas para que a pandemia seja fintada e tudo decorra sem problemas.
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