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Graças a Medina! WSL muda regras das interferências para 202010 março 2020

- Estas alterações fazem parte da evolução do desporto e não podem ser olhadas como um “castigo” para com Gabriel Medina.
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Após a muito conturbada ação de Gabriel Medina durante o Pipe Masters, em dezembro passado, quando o surfista brasileiro forçou uma interferência sobre Caio Ibelli de forma a impedir o compatriota de dar a volta ao heat, a WSL decidiu mudar as “regras do jogo”. A verdade é que o livro de regras para 2020 surge com algumas novidades no que diz respeito às interferências.
A partir deste ano, as interferências serão penalizadas de forma diferentes, havendo ainda espaço para os juízes poderem desqualificar um surfista caso entendam que o mesmo fez uma interferência intencional. Mas essa não é a única alteração, pois estes casos vão começar a ser ainda mais protegidos na parte final das baterias.
Resumidamente, quando um surfista cometer uma interferência de prioridade, a sua segunda melhor onda é cortada e fica a zero, tal como acontecia até aqui. No entanto, se acontecer uma interferência nos últimos cinco minutos do heat, a onda cortada será a melhor. É aqui que surge uma das novidades nas regras. E se a maioria dos juízes considerar que essa mesma interferência nos últimos cinco minutos do heat foi intencional o surfista será desqualificado…
Estas alterações fazem parte da evolução do desporto e não podem ser olhadas como um “castigo” para com Gabriel Medina, uma vez que o campeão mundial de 2014 e 2018 apenas aproveitou um vazio nas regras para se manter em jogo na luta pelo título mundial, que acabaria por perder para o compatriota Italo Ferreira.
No entanto, muitas questões ainda são levantadas quanto às interferências e recentemente uma revista australiana questionou o facto de as leis não protegerem surfistas prejudicados por interferências em heats de quatro surfistas, como acontece no WQS, onde muitas vezes há irmãos e familiares em simultâneo na água. Exemplos? Vamos imaginar um heat em que estão dois surfistas havaianos em posição de qualificação, ou seja, em primeiro e segundo lugar, um português em terceiro e outro havaiano em quarto lugar.
Nos últimos minutos o português tem prioridade e vem uma onda com potencial para ele conseguir subir aos dois primeiros lugares. No entanto, o quarto classificado, que até está em combinação e já afastado da luta pela qualificação, faz interferência para prejudicar deliberadamente o adversário. É certo que o surfista prevaricador, que até já estava praticamente eliminado, será castigado/desqualificado, mas é impossível fazer justiça em relação à oportunidade perdida pelo surfista que estava em terceiro, neste caso o português, e que também acaba eliminado.
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