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  • Sarah Baum, renasce das cinzas e sobe ao top do WQS
    02 março 2020
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  • Durante a sua evolução como surfista, teve a curiosidade de entrar em eventos masculinos. Fê-lo não só em provas juniores, mas também no WQS.
  • Foi uma das maiores esperanças do surf feminino sul-africano e começou a dar nas vistas muito cedo. Aos 8 anos já competia, garantindo logo o patrocínio da Roxy. Estreou-se no WQS com apenas 14 anos, aos 16 fez um incrível 5.º posto no US Open of Surfing e aos 17 ficou a muito pouco de se qualificar para o ano seguinte. No ano seguinte voltou a bater na trave e a partir daí viu a carreira entrar numa espiral descendente. Contudo, agora, aos 26 anos, Sarah Baum está a renascer das cinzas e parece determinada em garantir um lugar onde sempre pareceu destinada: à elite mundial.

    Nasceu na África do Sul, mas cedo rumou à Austrália, fixando-se em Newcastle, de forma a evoluir o seu surf. Na juventude chegou a ganhar a medalha de bronze num Mundial Júnior da ISA e também a de prata num Mundial ISA. Parecia tudo estar a correr de feição, até que o azar bateu-lhe à porta. Sarah ficou sem patrocínio principal que a ajudasse a atingir todo o seu potencial e até chegou a fazer campanhas de crowdfunding, mas nunca mais conseguiu retomar o ritmo que a levou ao até perto do top 10 mundial.

    Pelo meio, durante a sua evolução como surfista, teve a curiosidade de entrar em eventos masculinos. Fê-lo não só em provas juniores, mas também no WQS, quando foi 49.ª no 4 estrelas de Hainan, na China, em 2012. Nesse ano ainda terminou no top 20 do ranking, tal como no ano seguinte. Contudo, a partir daí deu-se a queda. Em 2014 foi 30.ª do ranking e em 2015 já nem sequer competiu.

    O regresso deu-se em 2016, mas fez apenas dois eventos. O mesmo aconteceu em 2017, acabando ambas as temporadas fora do top 100 mundial. Em 2018 voltou a ganhar ritmo competitivo, fazendo cinco campeonatos e regressando ao top 100, com um triunfo pelo meio, num QS1000 australiano, em Avoca Beach. Na temporada passada já fez 9 eventos, também venceu um QS1000, mas em Ballito, e terminou a época no 65.º posto.

    Mas o melhor estava guardado para 2020. Apesar dos 26 anos, Sarah Baum tem demonstrado que ainda está bem a tempo de cumprir os seus sonhos. Isso foi traduzido num início de temporada avassalador. Ao triunfo no QS1000 de Maroubra, juntou uma final perdida no também QS1000 de Boomerang Beach. Duas finais nos dois primeiros eventos do ano. O que pedir mais? Um triunfo no terceiro, em Avoca Beach, desta vez num QS3000 – a prova masculina foi vencida pelo australiano Matt Banting, também ele a dar um comeback na carreira.

    Um resultado que teve o condão de voltar a mostrar todo o talento de Sarah Baum ao mundo do surf e que ainda a colocou no 2.º posto do ranking do WQS, com 4800 pontos, apenas atrás da costarriquenha Brisa Hennessy. Após o triunfo, Baum garantiu que vai atacar com tudo a qualificação para o WWT 2021, tentando algo que muitos previram no início da carreira da jovem sul-africana, mas que o tempo tem adiado. Uma reinvenção de uma surfista que personifica na perfeição a resiliência do surf sul-africano. E preparem-se para ouvir falar dela esta semana no QS5000 de Newcastle, ou não estivesse ela a competir na “casa” que a acolheu…

     

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