Homepage


-
WSL apoia lei que pretende igualdade de género nas provas havaianas05 fevereiro 2020

- Mas – e há sempre um mas – a WSL deixa uma possível entrada destes eventos no calendário feminino para mais tarde...
-
A luta das mulheres pela igualdade de direitos no surf tem estado na ordem do dia e durante os últimos dias ganhou ainda mais contornos, depois de uma lei criada por uma responsável do município de Honolulu, no Havai, que exige o direito de as mulheres terem a oportunidade de disputar os campeonatos do North Shore de Oahu, que historicamente acontecem apenas no masculino.
Heidi Tsuneyoshi e a já famosa lei 20-12 visam a disponibilidade deste tipo de eventos, como o Pipe Masters, em Pipeline, o Hawaiian Pro, em Haleiwa, ou o World Cup of Surfing, em Sunset Beach, por exemplo, abrirem as portas também à competição feminina. Entretanto, a WSL já se manifestou sobre o assunto, apoiando a lei a luta pela igualdade de género.
Mas – e há sempre um mas – a WSL deixa uma possível entrada destes eventos no calendário feminino para mais tarde, evocando tudo aquilo que tem feito nos últimos anos pelo surf feminino, incluindo aumento do número de campeonatos no WQS e igualdade dos prize moneys nas suas provas, mas também dizendo que o timing não é o melhor para alterar calendários já estabelecidos e negociados.
A organização máxima do surf profissional mostrou ainda estar comprometida para os próximos anos com a etapa de Honolua Bay, em Maui, também no Havai, onde tradicionalmente termina o circuito mundial feminino e que – pasmem-se – é exclusivamente feminina. No entanto, deixou a porta aberta para a chegada das mulheres a provas e ondas tão icónicas como o Pipe Masters. Resta saber para quando…
A verdade é que as mulheres já têm alguma história neste tipo de eventos. Além de a WSL ter criado nos últimos anos o Pipe Women’s Invitational, que chegou a colocar na água um heat entre as quatro melhores surfistas do momento durante o Pipe Masters, se recuarmos até 2011, ano do primeiro título mundial de Carissa Moore, recebendo posteriormente um wildcard para competir na Triple Crown havaiana, enfrentando homens nas famosas provas de Haleiwa e Sunset.
A par disso, ao longo dos últimos anos a WSL também fez questão de levar as provas femininas até ondas até então pouco surfadas por mulheres, como foi o caso primeiramente da etapa de Fiji e, recentemente, de J-Bay. Além disso, criou ainda um circuito feminino de ondas grandes.
De resto, as únicas etapas exclusivamente masculinas no WCT são as de Teahupoo, no Taiti, onde as mulheres terão de competir na prova olímpica de Paris’2024, e Pipeline. Em sentido inverso, Honolua Bay recebe uma etapa exclusivamente feminina. No WQS também existem paragens exclusivamente femininas, com o caso mais famoso a ser o histórico QS5000 de Oceanside Beach, na Califórnia, orgulhosamente intitulado de Super Girl Pro.
Resta, agora, perceber como irá terminar mais este episódio da “guerra dos sexos”. Irá o politicamente correto comunicado da WSL ser aceite de bom grado por parte dos poderes locais havaianos? Quanto tempo demoraram as mulheres a ter provas nestas míticas e perigosas ondas? E como se irão sair?
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, e encontra tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram