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- Nos últimos 30 segundos, com Caio Ibelli com prioridade, surgiu uma onda para Pipeline, que poderia mudar o rumo da bateria e oferecer automaticamente o título mundial a Italo Ferreira. Mas Medina tinha outros planos.
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Jogada de mestre ou jogo sujo? Gabriel Medina acaba de se apurar para os quartos-de-final do Pipe Masters, mantendo-se em jogo na luta pelo título, depois de Italo Ferreira também já ter superado a barreira dos oitavos-de-final. E para seguir em frente o campeão mundial usou uma estratégia inteligente, mas que promete dar muito que falar. Isto porque pode ser interpretada como falta de fair play.
Medina estava na frente do heat frente ao compatriota Caio Ibelli a um minuto do final, dispondo de uma curta vantagem. A melhor onda da disputa era de Gabriel, com um 4,23 pontos, mas Ibelli precisava apenas de uma nota na casa dos 5 pontos, numa altura em que ainda não tinha conseguido qualquer nota acima de 1 ponto.
Ora, nos últimos 30 segundos, com Caio Ibelli com prioridade, surgiu uma onda para Pipeline, que poderia mudar o rumo da bateria e oferecer automaticamente o título mundial a Italo Ferreira. Só que Medina provou mais uma vez que controla todos os fatores e decidiu usar a matemática a seu favor, fazendo propositadamente uma interferência que vai ser bastante polémica.
O campeão mundial em título percebeu que mesmo o facto de a interferência lhe tirar a segunda melhor onda não lhe roubaria o triunfo, uma vez que o score de Ibelli era de apenas 1,13 e já não havia tempo para apanhar mais onda. Um movimento que vai dividir opiniões e que certamente será interpretado como uma jogada de mestre por uns e como uma tremenda falta de fair play por outros.
A verdade é que poucos surfistas são competitivos a este nível. E talvez nenhuma ousasse fazer aquilo que Medina fez. Mas em jogo estava o título mundial e o brasileiro jogou, literalmente, todas as fichas que ainda tinha. Dessa forma, mantém a pressão sobre Italo Ferreira numa luta pelo título que promete ser explosiva.
Medina conseguiu ainda vingar a derrota em Peniche para Ibelli, que também foi marcada por uma interferência despropositada por parte do próprio. Na altura choveram críticas na internet a Ibelli, por ter vencido o compatriota e assim ter complicado a vida no mesmo na luta pelo título. Mas Caio Ibelli já tinha prometido antes deste heat que ia dar novamente tudo pela vitória frente ao amigo de infância.
É preciso recuar alguns anos para encontrar uma jogada semelhante a esta, ainda que bem menos polémica. Em 2013, quando Mick Fanning chegou ao título mundial forçou uma interferência no extinto round 4, que na altura tinha três surfistas, para ficar no último posto da bateria e, assim, fugir nos quartos-de-final a John John Florence. A verdade é que essa jogada de mestre rendeu-lhe o título mundial.
Agora, Medina elevou a fasquia no que a jogadas deste tipo diz respeito. Um movimento que vai fazer correr muita tinta e que, no limite máximo, poderá levar a repensar as regras sobre as interferências. No entanto, independentemente das críticas, Gabriel Medina continua em prova e na luta pela revalidação do título mundial - Kolohe Andino já ficou pelo caminho mesmo antes de entrar na água. A “guerra” segue nos quartos-de-final e até poderá haver uma finalíssima pelo título em Pipeline.
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FotografiaWSL
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FonteRedação
