Homepage
- Agora, nos quartos-de-final vai medir forças com o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater e também com o jovem havaiano Barron Mamiya e com o australiano Mitch Crews.
-
Frederico Morais escreveu mais um dia histórico para o surf nacional! Kikas garantiu esta madrugada de sexta-feira a qualificação para o WCT 2020, depois de ultrapassar dois heats no QS10000 de Haleiwa, no Havai, e de se apurar para os quartos-de-final deste Hawaiian Pro. Com a chegada virtual aos 20 mil pontos no ranking do circuito de qualificação (WQS), embora ainda não seja matematicamente confirmado, o surfista português atinge a meta definida pela WSL para garantir a qualificação.
Kikas teve uma estreia em grande numa onda que bem conhece e onde já foi vice-campeão, em 2016, precisamente no ano em que se qualificou pela primeira vez para o circuito mundial. Depois de vencer o heat da 3.ª ronda, Frederico voltou a fazê-lo com brilhantismo na 4.ª ronda, tornando-se assim no primeiro surfista português a qualificar-se para o WCT por duas vezes.
Apesar de ter tido pela frente heats com elevado grau de dificuldade, devido à qualidade dos adversários, o surfista de Cascais aproveitou as condições do mar bem à sua medida – ondas acima de 3 metros -, para começar a desenhar a qualificação da melhor forma, com um triunfo no heat 13 da 3.ª ronda, onde somou 15,20 pontos, contra os 13,57 do francês Michel Bourez, que também seguiu em frente, e os 10,33 do norte-americano Ian Crane e os 9,43 do havaiano Finn McGill, ambos eliminados.
Após passar um heat, Frederico Morais garantiu logo a subida virtual ao 5.º posto do ranking, com 18500 pontos, depois de ter chegado a Haleiwa no 6.º posto. Contudo, a previsão da WSL estava nos 20 mil, pelo que Kikas ainda teria de passar mais um heat para conseguir precisamente essa pontuação. E foi já ao final do dia no Havai – início de madrugada em Portugal – que voltou a entrar na água.
Perante uma forte concorrência que até entrou melhor na disputa, Morais soube correr atrás do prejuízo e mostrou todo o poderoso surf que tanta glória tem trazido ao surf nacional. Após várias trocas no resultado, o português ainda esteve no 3.º lugar, mas já perto do final fez a melhor onda do heat, com 8,77 pontos, saltando para a liderança e carimbando o triunfo.
Frederico subiu ainda mais a fasquia em relação à prestação anterior, somando 16 pontos e deixando o brasileiro Alejo Muniz no 2.º posto, com 15 pontos. Pelo caminho ficou o australiano e top do WCT Ryan Callinan (13,90) e ainda o norte-americano e ex-top mundial Nat Young (10,50).
Apesar de, segundo a WSL, a fasquia atingida no ranking por parte do português ser suficiente para garantir o regresso à elite mundial, de onde saiu no ano passado, mantendo-se em 2019 apenas como suplente, Kikas prefere manter a calma e guarda os festejos mais para a frente. Até porque, matematicamente, ainda há cerca de 30 surfistas com possibilidade de o ultrapassarem, mesmo que só uma hecatombe o permita…
“Sabia que ia ser um heat muito difícil, mas estou muito feliz por me ter corrido bem. Estou num momento bom, mas não quero celebrar antes de a qualificação ser oficial. Ainda há muito trabalho pela frente. Chegar aos 20 mil pontos já é muito bom, mas vamos esperar”, afirmou o surfista português, de 27 anos, após o heat.
O surfista português mantém-se, assim, focado no que resta da prova, até porque, além do regresso à elite mundial a tempo inteiro, Frederico também garantiu a passagem para o dia final deste Hawaiian Pro. E com o historial que tem no evento bem pode ser candidato a chegar ao triunfo. Para já, esta sexta-feira, terá de competir no heat 4 dos quartos-de-final, onde vai medir forças com o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater e também com o jovem havaiano Barron Mamiya e com o australiano Mitch Crews.
Caso continue a avançar em Haleiwa Kikas pode tentar melhorar esse 2.º posto alcançado em 2016, mas também ficará lançado para discutir o triunfo na prestigiante Triple Crown havaiana, ele que ainda irá competir no QS10000 de Sunset Beach, última prova da temporada no WQS, e também já está confirmado no Pipe Masters, a última etapa do WCT 2019. Além disso, poderá ainda melhorar a posição no ranking, estando apenas a mil pontos do 4.º posto e a 3800 da liderança do brasileiro Jadson Andre.
Este foi, assim, mais um sucesso, neste que tem sido um ano de sonho para Frederico Morais. Aos triunfos no QS3000 de Santa Cruz e no QS6000 dos Açores, que o colocaram em boa posição para se qualificar no Havai, Kikas juntou ainda a garantia de uma vaga olímpica para Portugal nos Jogos de Tóquio’2020. A melhor resposta possível, depois de no ano passado ter saído do Tour de forma inglória, por apenas uma posição.
Ranking virtual do WQS
1. Jadson Andre, 23800
2. Yago Dora, 23200
3. Alex Ribeiro, 21580
4. Miguel Pupo, 21000
5. Frederico Morais, 20000*
6. Connor O’Leary, 19650*
7. Deivid Silva, 18550**
8. Jake Marshall, 17950
9. Barron Mamiya, 17400*
10. Jorgann Couzinet, 17310
11. Samuel Pupo, 17140
------------------------------------- (cut)
12. Matthew McGillivray, 16940*
13. Matt Banting, 16750
14. Jack Freestone, 16500**
15. Carlos Muñoz, 15900*
16. Morgan Cibilic, 15500
17. Liam O’Brian, 14400
17. Nat Young, 14400
19. Stu Kennedy, 13925
20. Jack Robinson, 13190
21. Luel Filipe, 12730*
22. Jacob Willcox, 12660
23. Evan Geiselman, 12525
24. Reo Inaba, 12210
25. Ethan Ewing, 11840*
26. Wade Carmichael, 11710**
27. Caleb Tancred, 11500
27. Beyrick de Vries, 11500
29. Ian Gouveia, 11410
30. Mitch Crews, 11300*
31. Charly Martin, 11180
32. Jesse Mendes, 11150
33. Gatien Delahaye, 11135
34. Jordan Lawler, 10850
(…)
69. Alejo Muniz, 6500*
72. Leo Fioravanti, 6250** Ainda em prova
** Em posição de qualificação pelo CTPara acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram