Homepage
- Festival de aéreos na prova masculina e muito power do lado feminino marcaram o dia final em Supertubos!
-
Italo Ferreira conquistou este sábado o segundo triunfo consecutivo no MEO Rip Curl Pro Portugal, depois de um dia final cheio de emoção e espetáculo. Um desfecho histórico para o surfista brasileiro, que subiu do 4.º posto do ranking para a liderança mundial, depois de se ter tornado o primeiro surfista a vencer por duas vezes seguidas em Peniche.
Foi graças a um verdadeiro festival de aéreos, com direito a uma nota 10 logo a abrir a final, resultado de um enorme aéreo full rotation, que Italo levou a melhor frente à concorrência. Especialmente na final, onde deu combinação a Jordy Smith, numa bateria em que quem vencesse roubava a licra amarela a Gabriel Medina. Agora, Italo parte para o Havai como o surfista melhor colocado para vencer o título mundial.
Italo começou cedo a dar nas vistas em Supertubos neste dia final, já depois de Jordy ter tirado Kolohe da corrida e de Kanoa Igarashi ter surpreendido Filipe Toledo, impedindo o brasileiro de assumir virtualmente a liderança do ranking. Na última bateria dos quartos-de-final, Italo somou 18,40 pontos, com um 9,57 pelo meio, levando de vencido o australiano Jack Freestone (16,87) num duelo emocionante que os levou constantemente para o ar.
Foi nas meias-finais que Italo Ferreira até soou mais para vencer, tendo tido uma bateria muito equilibrada frente a Caio Ibelli, que esteve na frente até perto do final. Só que Italo não vacilou e virou a bateria numa das últimas ondas. Isto já depois de Jordy ter vencido brilhantemente Kanoa na primeira semifinal com uma receita idêntica, depois de passar para a frente na última onda com um super aéreo, pontuado com 9,33.
Na final tudo parecia indicar para um verdadeiro concurso de aéreos, só que o brasileiro abriu com tudo e acabou por deixar Jordy praticamente KO. Até final Italo foi gerindo e aumentando o backup, graças a vários aéreos completos. Acabou por “parar” nos 8,43 pontos, deixando Jordy completamente derrotado. Nos últimos segundos o sul-africano cometeu ainda uma interferência, quando já não tinha nada a ganhar.
Italo renovou assim o título do MEO Rip Curl Pro Portugal, depois do triunfo do ano passado. Esta foi a terceira final alcançada no nosso país, depois de também já o ter feito na estreia, em 2015. Foi ainda o segundo triunfo de Italo na temporada, depois de o ter feito na etapa inaugural, na Gold Coast. Esta é a quinta etapa conquistado pelo surfista brasileiro na carreira, ele que nunca esteve tão perto de se sagrar campeão mundial, depois de este ano já ter sido campeão mundial ISA.
Este final de etapa em Supertubos teve o condão de deixar a luta pelo título mundial ao rubro, com Italo a ter apenas 1065 pontos de vantagem sobre Medina e mais 20 em relação a Jordy Smith. No 4.º posto a menos de 2 mil pontos de distância está Filipe Toledo – neste momento fora da qualificação olímpica, o que quer dizer que em Pipeline será campeão, basicamente, o que fizer o melhor resultado. Mas nas contas, ainda que mais distante, está também Kolohe Andino, a cerca de 6 mil pontos de distância da frente.
Já na prova feminina, tudo parecia encaminhado para o título mundial de Carissa Moore, mas a havaiana acabou por perder a primeira de duas finais que tinha até ao título, vendo a grande rival, a norte-americana e número dois mundial Lakey Peterson, adiar as contas do título para a etapa final, em Maui, no Havai, depois de vencer o duelo escaldante com a própria Carissa nas meias-finais.
Peterson acabaria por perder a final para a jovem compatriota Caroline Marks, de apenas 17 anos, que assim aproveitou para se manter na disputa do título mundial. Marks já tinha começado o dia a bateria a sete vezes campeã mundial Stephanie Gilmore num super heat, superando depois a brasileira Tatiana Weston-Webb nas meias-finais. Na final somou 13,73 pontos, contra apenas 6,27 da adversária, que ficou em combinação.
Caso Carissa tivesse vencido Peterson nas meias-finais, Marks seria o último obstáculo da havaiana para chegar ao título mundial. E estava tudo preparado para esse grande momento, num campeonato onde a final feminina aconteceu depois da masculina. Contudo, os planos de Moore saíram furados e Marks foi quem acabou por sorrir em Peniche, vencendo a segunda etapa da ainda jovem mas muito promissora carreira, depois de, tal como Italo, também o ter feito na etapa inaugural da temporada.
Apesar da derrota nas meias-finais, Carissa Moore ainda tem uma vantagem de pontos para a concorrência, com Peterson a manter-se no 2.º posto, a uma distância de cerca de 3,5 mil pontos, mas com Marks cada vez mais perto, a menos de 2 mil pontos de distância de Peterson e cerca de 5 mil de Carissa. O título será discutido pelas três americanas e a luta está ao rubro – assim como a disputa das vagas norte-americanas para os Jogos Olímpicos de Tóquio’2020.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, e encontra tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram