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- Jeremy pegou no microfone e disse de sua justiça, de uma forma calma, mas bem inflamada. “Na verdade, é difícil levar este evento a sério", atirou.
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Iniciou esta quinta-feira a qualificação do Freshwater Pro, a etapa que leva os melhores surfistas do Mundo até ao Surf Ranch Pro, a piscina de ondas desenvolvida por Kelly Slater. Na prova masculina houve poucas surpresas e as que aconteceram foram sobretudo negativas. O grande dominador foi Gabriel Medina, que mostrou mais uma vez como se surfa estas ondas, tanto para a esquerda como para a direita, varrendo completamente a concorrência.
A prestação de Medina nas 4 ondas que surfou foi excelente, conseguindo sempre pontuações acima dos 8 pontos. Assim, o campeão mundial isolou-se de forma evidente na tabela, garantindo já a presença na ronda bónus, mas também, muito provavelmente, a passagem à final do evento, onde só chegam os oito melhores.
Medina começou a sua prestação com um 8,27 para a esquerda e outro 8,27 para a direita. Só essas notas já lhe daria uma vantagem confortável na tabela ao fim do primeiro dia de prova, mas o brasileiro ainda aumentou a parada na segunda vez que entrou na água, fazendo um 8,77 para a esquerda e uma onda de 9 pontos para a direita. No total já leva 17,77 pontos, bem acima dos 15,50 de Griffin Colapinto, que por agora está no 2.º posto.
Apenas Italo Ferreira, com uma direita avaliada em 8,40 pontos, se conseguiu intrometer entre estas notas de Medina, conseguindo a terceira maior pontuação do dia, que lhe rendeu apenas o 3.º posto, uma vez que nenhuma das esquerdas que surfou se conseguiu equivaler à direita.
Esta sexta-feira entram em cena nomes como Filipe Toledo ou Jordy Smith, líder e vice-líder do ranking mundial, respetivamente, mas dificilmente algum deles baterá o registo de Medina. Toledo é um dos grandes favoritos neste evento, mas está a contas com problemas físicos. Veremos se está em condições, pelo menos, de reduzir a diferença entre Medina e a concorrência.
Se Medina foi o grande nome deste dia inaugural, destaque ainda para nomes como Conner Coffin e Adrian Buchan que conseguiram terminar a jornada entre os oito primeiros – Coffin tem mesmo o quarto melhor registo - logo à frente de um regular Kelly Slater. Embora, ainda faltem estrear-se 12 surfistas que os podem tirar dessa posição privilegiada, dificilmente já falharão o acesso à ronda bónus, onde os 24 melhores irão ter direito a surfar mais uma esquerda e uma direita.
Em sentido inverso, houve surfistas que desiludiram. Foi o caso de Kanoa Igarashi, que tem apenas o 15.º registo, com 12,90 pontos, e de Kolohe Andino (14.º), com 12,97 pontos. Ambos vão ter de esperar para que alguns dos 12 surfistas que ainda não competiram fracassem quando o fizerem, pois ainda há a possibilidade de termos Kanoa e Kolohe foram da ronda bónus, o que seria uma surpresa enorme.
Já na prova feminina entraram em cena apenas 6 surfistas, faltando outras 12 estrearem-se. E após esse primeiro heat é a francesa Johanne Defay a liderar a tabela de forma surpreendente. Defay conseguiu mesmo a melhor onda do dia, com uma direita avaliada em 9,33 – sim, a WSL já aderiu à igualdade de prize-money, mas ainda não aderiu à igualdade de julgamento… Com 17,50 pontos acumulados a francesa está me boa posição para chegar ao top 4 e, consequentemente, à final.
Stephanie Gilmore também deu um ar da sua graça, mas acabou por terminar o dia no 3.º posto, uma vez que a norte-americana Lakey Peterson ainda a superou. Apesar de já ter um score de 15,00, a australiana terá de tentar melhorar na ronda bónus de forma a não perder o comboio da final. É que Carrissa Moore, Caroline Marks, Sally Fitzgibbons ou Courtney Conlogue ainda nem sequer entraram em prova.
Por fim, Jeremy Flores, que saiu a público para dar voz a todos os que continuam a achar esta prova aborrecida. O francês não teve uma prestação auspiciosa, diga-se, estando somente com o 18.º registo entre os 24 que já surfaram, com 11,23 pontos. E durante a entrevista pós-heat soltou o fogo que há dentro de si.
Jeremy pegou no microfone e disse de sua justiça, de uma forma calma, mas bem inflamada. “Na verdade, é difícil levar este evento a sério. Isso aqui é uma espécie de circo… Não me levem a mal. É um sítio engraçado, mas é totalmente diferente das outras etapas. É tão diferente que é difícil de levar a sério”, atirou, dizendo aquilo que muitos fãs ao redor do Mundo pensam.
No entanto, houve algumas diferenças em relação ao ano anterior e este novo formato até facilita o espetáculo, isto porque coloca os top seeds já em competição. No ano anterior o primeiro dia foi dedicado somente aos últimos do ranking, por isso imaginem a diferença… não houve Medina, nem ninguém, a salvar o dia. Contudo, ficou novamente a ideia de que a direita está bem acima da esquerda. Entre críticas e elogios, a verdade é que até foi um primeiro dia de prova animado. Resta esperar pelo que aí vem amanhã, para se assistir a “fogo de artificio” no sábado.
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