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- Ainda assim, a vantagem do brasileiro é curta, com Jordy Smith logo à espreita e com Medina cada vez mais perto do topo.
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Terminado que está o Tahiti Pro é hora de fazer contas à situação do ranking mundial. As ondas pesadas que chegaram a Teahupoo tiveram o condão de baralhar ainda mais as contas, uma vez que o top 5 do ranking ficou cedo pelo caminho. Ainda assim, apesar de ter sido eliminado nos oitavos-de-final, é Filipe Toledo que vai para o Surf Ranch, na Califórnia, vestido de amarelo, ou seja, como líder do ranking mundial.
O surfista brasileiro beneficiou da eliminação precoce de Kolohe Andino, que foi superado na 3.ª ronda pelo wildcard local Kauli Vaast. O reinado do californiano na liderança durou, assim, apenas uma etapa, com Toledo a regressar a um posto que bem conhece, mas que nunca conseguiu segurar até final da temporada.
Apesar de ter agarrado a liderança, a vantagem para a concorrência é bem curta, com Jordy Smith, que foi 3.º em Teahupoo, a surgir agora na vice-liderança, depois de uma subida de quatro posições, que o deixa a pouco mais de escassos 1000 pontos do primeiro posto. A 275 pontos de Jordy surge Kolohe, que caiu duas posições no ranking.
Contudo, o grande “vencedor” destas contas foi Gabriel Medina, que é agora o número 4 mundial, depois de ter chegado à etapa no 7.º posto. Medina até poderia ter alcançado já a liderança, mas para tal precisava de ganhar a final, que acabou por perder para Owen Wright. O australiano também saiu beneficiado nas contas, saltando de 12.º para 8.º do ranking, estando a menos de 10 mil pontos da frente e, por isso, também na luta pelo título.
Ainda assim, o campeão mundial está somente a menos de 2 mil pontos da liderança e, depois de um mau arranque de época e de recuperar de uma enorme desvantagem, também por culpa da lesão de John John Florence, parece agora lançado para mais uma reta final de ano avassaladora. Faltando apenas quatro etapas para o final – Medina já venceu todas – e tendo em conta que a desvantagem para Toledo pode ser esbatida com a diferença entre um 1.º e um 2.º lugar, não deverá demorar muito tempo até vermos Medina de amarelo.
Feitas as contas, o World Tour entra na reta final com sete candidatos ao título mundial. Isto porque o número 5 ainda é John John Florence, mas como estará de fora até final da época já não é tido nestas contas. Toledo, Jordy, Kolohe, Medina, Italo, Kanoa e Owen parecem ser assim os derradeiros candidatos ao título. Isto matematicamente falando, porque realisticamente todas as setas apontam para Medina.
Slater com vaga olímpica em risco
A distância entre o top 8 e os restantes surfistas é já grande e por isso retira todos os outros desta corrida pelo título mundial. O 9.º posto é agora ocupado por Seth Moniz, depois de o rookie havaiano ter sido a grande surpresa em teahupoo, onde só parou nas meias-finais. Apesar de estar já a cerca de 14 mil pontos da liderança, Seth entrou na rota olímpica, para todos os males de Kelly Slater.
A derrota precoce de Slater na 3.ª ronda, permitiu a aproximação dos outros norte-americanos no ranking, onde em jogo está a segunda vaga para ir a Tóquio – isto porque Kolohe parece já ter arrumado a primeira. Slater surge agora a fechar o top 10, mas já 500 pontos atrás do jovem havaiano. Mais longe, já a cerca de 4 mil pontos surge outro dos candidatos, o californiano Conner Coffin.
O 11 vezes campeão mundial tem agora quatro etapas para tentar reverter esta situação. Slater não só necessita de recuperar a posição para Seth Moniz, como também é necessário esbater a diferença de cerca de 10 mil pontos para John John Florence. É que mesmo com o campeão mundial de 2016 e 2017 lesionado por tempo indeterminado, a diferença é larga e ele já avisou que se for necessária irá competir na última etapa, em Pipeline, para segurar a vaga, mesmo que não esteja a 100 por cento.
Está, assim, ao rubro a qualificação para Tóquio’2020! Também em relação aos brasileiros, é que Medina já está em lugares de qualificação, sendo agora Italo Ferreira o “sacrificado”. Se o Tour terminasse agora, seriam Toledo e Medina a representar a canarinha, nos olímpicos, mas com uma diferença tão curta entre todos a luta promete!
O mesmo acontece nas contas australianas, com Owen Wright a colocar-se dentro das vagas graças a este triunfo em Teahupoo. Depois de Owen surgem Julian Wilson e Ryan Callinan empatados. A luta poderá ser entre ambos até final pela última vaga, mas Wade Carmichael também ainda está em jogo. Não deixaria de ser uma surpresa se Julian, que é o vice-campeão mundial em título, não conseguisse uma vaga na estreia olímpica do surf…
Kikas a cair
Após um 5.º lugar no Brasil, que fez sonhar os portugueses com a possibilidade de se qualificar para o WCT 2020 pelo ranking do próprio WCT, mesmo tendo apenas o estatuto de segundo suplente, a verdade é que Frederico Morais está agora a cair no ranking. O surfista português caiu para o 34.º posto, depois de ter perdido na repescagem do Tahiti Pro.
A verdade é que, com quatro etapas para o final, a esperança começa a escassear e o melhor para Kikas é concentrar-se no circuito WQS e nos importantes pontos ainda em jogo, onde as etapas finais se adequam muito mais ao surf surf. Ainda assim, há uma réstia de esperança para Frederico no WCT, uma vez que a diferença para o cut, que fecha no brasileiro Peterson Crisanto, está ligeiramente acima dos 6 mil pontos e ainda há pela frente a etapa portuguesa, em Peniche, onde Kikas já deu provas de conseguir chegar longe.
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