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O Pro Junior que terminou este fim-de-semana no sudoeste francês foi decisivo para determinar quem são os surfistas candidatos aos títulos europeus juniores. Agora, em meados de setembro, tudo se vai decidir no novíssimo Pro Junior que se disputará nos Açores, sendo que Portugal chega a esta prova com a principal candidata ao título feminino: Mafalda Lopes.

Mafalda até poderia ter fechado as contas do título em França, uma vez que é líder destacada desde o início do circuito, muito por culpa da vitória alcançada na outra etapa que já se havia disputado nas ondas gaulesas e do 2.º posto alcançado na Caparica. Contudo, a eliminação nos quartos-de-final acabou por não proporcionar o título de forma antecipada à jovem portuguesa.

A principal rival de Mafalda no ranking era a inglesa Ellie Turner, que fez um resultado igual e acabou por não se conseguir aproximar nas contas. No entanto, há uma nova candidata ao título, pois o triunfo alcançado em Capbreton permitiu a Juliette Lacome subir ao top 3 e até ficar em melhor posição que a britânica para tentar roubar o “caneco” à portuguesa, uma vez que não tinha participado numa das etapas anteriores.

Estas são as três únicas surfistas que vão chegar ao Ribeira Grande Pro Junior, que se disputa de 13 a 15 de setembro nos Areais de Santa Bárbara, com hipótese de conquistar o título. E feitas as contas Mafalda Lopes está apenas a uma final de garantir automaticamente o título. Isto porque o requisito das rivais é bastante alto, numa altura em que a portuguesa tem 370 pontos de vantagem sobre Turner e 750 sobre Lacome.

Contas do título:

- Mafalda Lopes é automaticamente campeã se chegar à final (2.º lugar);

- Ou se chegar às meias-finais (3.º lugar) e Juliette Lacome e Ellie Turner não vencerem a prova;

- Se perder nos quartos-de-final - ou antes - não melhora a atual pontuação e precisa que Ellie Turner não chegue à final e que Julitte Lácome não vença.

Resumindo, se nenhuma das rivais da portuguesa chegar às meias-finais o título europeu júnior regressa a Portugal, depois de Teresa Bonvalot o ter conquistado em 2016 e 2017. Mas mesmo que a britânica e a francesa avancem na prova, a portuguesa depende apenas dela própria para conquistar o título. Tal como já dissemos, se chegar à final é automaticamente campeã e para lá chegar até poderá ter um confronto direto com uma das perseguidoras nas meias-finais ou antes.

Já no que diz respeito aos homens a luta também está restringida a três candidatos, mas todos eles de origem francesa. Kauli Vaast, que é do Taiti, chega a São Miguel na liderança do ranking, mas o compatriota Tiago Carrique vem logo atrás, depois de ter vencido as duas últimas etapas do circuito. Mais longe de poder chegar ao título está Justin Becret. Vaast e Carrique só dependem apenas deles próprios. Já Becret precisa obrigatoriamente de vencer e esperar que os rivais não cheguem longe na competição.

Destaque ainda para o 5.º posto do português Afonso Antunes que, apesar de já não poder chegar ao título, vai tentar garantir uma das vagas diretas para o Mundial Júnior da WSL, que se disputa no final do ano. Afonso precisa de um resultado forte para não ser ultrapassado pela concorrência e já provou várias vezes que é sempre um dos candidatos à vitória final nestas etapas.

Por sua vez, Joaquim Chaves surge no 10.º posto do ranking, depois de ter subido 12 posições, graças ao 3.º lugar alcançado na última etapa. Embora seja uma tarefa complicada, Joaquim Chaves ainda pode aspirar a uma vaga no Mundial, precisando, para isso, de chegar a qualquer coisa como a final, ficando ainda a depender do resultado de terceiros.

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