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Slater sofre eliminação humilhante na Gold Coast04 abril 2019

- No Red Bull Airborne a vitória foi de Italo Ferreira, que voou mais alto que a concorrência.
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Após admitir o sonho olímpico, Kelly Slater está a começar a primeira temporada em muitas onde se encontra totalmente focado no World Tour. Contudo, as coisas não começaram da melhor maneira para o rei. No Quiksilver Pro Gold Coast, uma prova que já tantas vezes venceu, Slater perdeu literalmente a coroa, depois de ser eliminado na 2.ª ronda.
Isso mesmo, KS caiu na nova 2.ª ronda. Uma ronda de repescagem onde apenas quatro surfistas vão para casa. Um cenário um pouco humilhante para quem fica com a “fava”, a roçar o bullying competitivo. Mas a verdade é que esta madrugada, em D-Bah, Slater foi um deles. Ou seja, o 11 vezes campeão mundial ficou fora do top 30 do primeiro campeonato do ano. O mesmo aconteceu com Fioravanti, Caio Ibelli ou Jadson. Mas até isso a derrota de Slater conseguiu ofuscar.
É bem provável que Kelly nos faça engolir as palavras durante a temporada, sobretudo se tivermos ondas boas em etapas como Teahupoo ou Havai. Contudo, em ondas medianas/más e com o nível de surf progressivo da atualidades… este Tour já não é para Slater. Os 48 anos pesam, é um facto. E não são as dificuldades agora apresentadas que vão beliscar o seu legado.
No entanto, é importante frisar que Slater já não é sinónimo de milagres. Pelo contrário, é tão humano como nós. Por isso, o sonho olímpico não passa disso mesmo: um mero sonho. Mesmo que o rei consiga ir aos Jogos de Tóquio, perante o estado das coisas as medalhas são uma meta quase impossível de alcançar. Não há volta a dar. D-Bah foi a prova disso. Como já tinha sido a sua participação no QS6000 de Sydney no mês passado.
Quanto ao surf, numa jornada em que se realizou apenas a segunda ronda masculina e as duas primeiras femininas, Kelly perdeu num heat frente a Owen Wright e ao rookie Peterson Crisanto. Ficou-se pelos 10,63 pontos, quando os rivais chegaram à casa dos 13 pontos. Já Julian Wilson e Jordy Smith, os outros favoritos que tinha caído na repescagem, cumpriram as suas obrigações e avançaram para a 3.ª ronda, ou no novo sistema os 16 avos de final, onde ainda não se prevê qualquer duelo verdadeiramente excitante – para ganhar interesse o Tour precisa de uma redução urgente no número de competidores!
Em relação à prova feminina, na ronda inaugural destacaram-se nomes como Tatiana Weston-Webb ou Caroline Marks. Nos dois heats da infame ronda de repescagem a fava calhou à australiana Keely Andrew e a neozelandesa Paige Hareb. Agora, nos oitavos-de-fina já se perspetivam grandes embate, como aquele que vai opor Courtney Conlogue a Sally Fitzgibbons.
Por fim, o dia terminou com a realização da segunda metade dos heats de qualificação do Red Bull Airborne e também da final. Como sempre e em tudo, o Brasil dominou esta batalha de aéreos. Dos oito finalistas seis foram brasileiros. Ou seja, todos os brasileiros em prova conseguir chegar à final - os australianos Mitch Parkinson e Reef Heazlewood ficaram com as duas últimas vagas de qualificação.
Na final Heazlewood ainda conseguiu quebrar um pouco esse domínio canarinho, alcançando o 2.º posto, à frente de Yago Dora. Contudo, o triunfo só poderia ser brasileiro, com Italo Ferreira a subir ao lugar mais alto do pódio.