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  • Caio Ibelli questiona wildcard para Kelly Slater
    20 dezembro 2018
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  • Alguns rumores dão mesmo conta de Ibelli estar a ponderar a possibilidade de deixar a carreira de competidor, depois da desilusão que esta decisão lhe causou.
  • Mesmo antes de a decisão ser anunciada muito se especulava sobre a possibilidade de estalar a polémica com o anúncio dos wildcards para o World Tour 2019 por parte da WSL. Pois bem, a WSL decidiu atribuir as duas vagas por lesão a John John Florence e a Kelly Slater, dois dos mais ilustres surfistas do Mundo. Contudo, havia um terceiro lesionado que não gostou muito de ficar de fora.

    Caio Ibelli veio a público, utilizando a sua conta de Instagram, questionar a decisão da WSL em dar o wildcard a Kelly Slater, mostrando ainda desacordo com esta decisão. Antes do anúncio, já havia rumores sobre o facto de o surfista brasileiro ter mostrado o seu desagrado com a possibilidade numa reunião com a WSL. Agora, ele soltou mesmo aquilo que lhe vai na alma.

    “Hoje a WSL comunicou que os Injury Wildcard do ano que vem serão Kelly Slater e JJ Florence. Sinceramente, não concordo com a decisão. Kelly usou e abusou. Foi para Fiji com 20 pés, durante o evento de Keramas. Ficou em 3.° na piscina [Surf Ranch] e não foi para França na semana seguinte.Fora que esse é o 2.° ano consecutivo que ele usa essa mesma vaga. Será justo?”, questiona Ibelli.

    Alguns rumores dão mesmo conta de Ibelli estar a ponderar a possibilidade de deixar a carreira de competidor, depois da desilusão que esta decisão lhe causou. O surfista brasileiro chegou ao WCT em 2016, sagrando o rookie do ano, e no ano passado foi 18.º classificado. Esta época não conseguiu repetir esse registo, muito por culpa de uma lesão que o obrigou a perder oito das 11 etapas. Slater falhou as mesmas, embora tenha andado num “vaivém”, regressando à competição aqui e acolá…

    A verdade é que toda a gente fala em lesionados de primeira e lesionados de segundo e Ibelli não perdeu tempo em apontar exemplos. Entre outras etapas, Slater não esteve em Keramas, mas foi “apanhado” a surfar ondas de 20 pés nas Fiji. O mesmo aconteceu em outras etapas. O ano de Slater foi feito praticamente a saltar de etapa em etapa.

    Na altura desses acontecimentos, Kelly defendeu-se dizendo que não se sentia a 100 por cento para competir. O 11 vezes campeão mundial goza de um estatuto especial, todos sabem disso. E esta foi a segunda temporada consecutiva que falhou vários eventos por lesão, acabando por ficar sempre com wildcard.

    Esta acaba por não ser uma decisão muito justa por parte da WSL, até porque já não é segredo que a “disponibilidade física” de Slater só aparece em etapas em que as previsões apontam para coisas boas. No entanto, também é certo que estes dois wildcards não são obrigatoriamente para surfistas lesionados… O problema foi a WSL anunciá-los como tal. E aí Ibelli seria muito mais merecedor da vaga, tal como John John.

    Tudo seria simples de resolver, caso a WSL tivesse optado pela via mais justa, dando o wildcard a John John e Caio Ibelli. Para Slater ficariam reservados wildcards de etapa, sobretudo daquelas que ele mais gosta e nas quais tem intenção de competir. Porque ninguém pode negar o valor que acrescenta a presença do rei em prova.

    Desta forma, Ibelli acaba por ter de esperar por desistências – e, certamente, irá competir muitas vezes no lugar de Slater. Uma situação que também acaba por prejudicar indiretamente Frederico Morais, que se não fosse toda esta confusão ficaria como primeiro suplente do WCT 2019. Assim, o surfista português terá de esperar por, pelo menos, duas desistências para ser chamado a competir entre a elite mundial.

    Resta recordar que esta não é a primeira vez que a atribuição dos wildcards dá azo a polémica. O mesmo aconteceu no final da temporada de 2013, quando o nosso Tiago Pires garantiu um dos dois wildcards juntamente com Owen Wright. Quem não gostou foi Glenn Hall, que também passou grande parte da temporada lesionado. Nessa altura, houve uma voz sonante que saiu publicamente em defesa de Saca. Advinham quem? Slater, ele mesmo.

    Outros anos houve, menos atípicos em lesões, em que não foi preciso utilizar estes dois wildcards. Nessa altura, a WSL, então denominada de ASP, decidia-se por dar o convite a surfistas lendários que queriam regressar, como foi o caso de Andy Irons após o período sabático que fez. Também o 23.º classificado do ranking já beneficiou dessa situação em anos anteriores. Por azar, sobretudo de Kikas e dos portugueses, isso não aconteceu este ano.

     

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