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  • Miguel Blanco e a injustiça do WQS em 2018
    09 novembro 2018
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  • Blanco espera por desistências de última hora em Haleiwa para entrar em prova, depois de uma segunda metade do ano em que pouco beneficiou do estatuto de top 100 mundial.
  • Quando a meio do ano a comunidade portuguesa de surf exultou com a chegada de mais um português ao top 10 mundial, neste caso Miguel Blanco, não esperávamos ver o jovem surfista da Linha chegar ao final da temporada numa situação tão injusta. Sobretudo, depois de uma primeira metade de época em boa forma, que acabou por não ser compensada na segunda metade de 2018.

    O circuito WQS define carreiras e a entrada no top 100 mundial é um passo decisivo para a aproximação ao World Tour. Contudo, no caso do ano de 2018, poucos foram os frutos colhidos para quem batalhou para atingir essa meta. Miguel Blanco foi um dos exemplos mais gritantes e, como consequência disso, acabou o ano novamente fora do top 100. E, pior, sem um lugar na mítica e tão desejada Triple Crown Havaiana.

    Neste momento, e a apenas três dias do arranque do primeiro QS10000 havaiano, em Haleiwa, Blanco está fora do evento principal. O surfista português é o quinta da lista de alternates e espera desistências de última hora para conseguir uma vaga neste decisivo evento. Já para Sunset Beach, o segundo QS10000 havaiano e último campeonato da temporada do WQS, Blanco está na 12.ª posição dos alternates.

    Esta é uma situação bem ingrata, sobretudo depois do que aconteceu na primeira metada da temporada. Depois de virar a primeira metade do ano bem dentro do top 100 mundial, com a atualização do seeding, o atual campeão nacional garantiu estatuto para ter entrada direta nos QS10000. O grande problema é que em 2018 apenas se realizaram 5 QS10000 e só três foram na segunda metade do ano - em épocas anteriores foram bem mais.

    Ora, Blanco beneficiou desse estatuto de top 100 apenas no QS10000 da Ericeira, onde avançou apenas uma ronda, não conseguindo melhorar a sua posição no ranking. Os outros dois QS10000 são agora os havaianos, onde Miguel só não entra porque existem vagas especiais para os locais – cerca de uma dezena.

    Para piorar este cenário não houve qualquer QS6000 na segunda metade do ano, pois caso existissem Miguel Blanco começaria a competição em fases mais avançadas. Ora, todo este cenário ajudou a que o português fosse caindo aos poucos no ranking, acabando por sair mesmo do top 100 mundial nas últimas semanas – atualmente é o 108.º do Mundo.

    Se é verdade que, ainda assim, Blanco vai beneficiar do atual ranking no começo da próxima temporada, preservando-o até a meio do ano, não deixa de ser menos verídico que o surfista da Linha pode ter perdido uma excelente oportunidade de, no Havai, atacar o sonho de todos os surfistas que competem: a qualificação para o WCT.

     

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