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- MEO Rip Curl Pro Portugal festeja em 2018 o 10.º aniversário da vinda da elite mundial para Peniche.
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Está aí a chegar aquela altura do ano em que todos os fãs portugueses, e não só, do surf mundial rumam a Peniche, mais concretamente a Supertubos. E 2018 vai ser um ano especial, pois a capital da onda vai receber a elite do surf mundial pela décima temporada consecutiva. Faltam apenas 5 dias para o começou do “circo” e, em jeito de aniversário, chegou a altura de recordar 10 momentos históricos da etapa portuguesa do WCT.
1 – Terça-feira mágica
São vários os momentos inesquecíveis proporcionados pela primeira edição do evento em Peniche, ainda como The Search. No entanto, tudo se resume no dia que mudou para sempre a história do surf nacional: a terça-feira mágica. Diz a lenda que os surfistas fizeram pressão para entrar na água, mesmo contra a vontade da organização. Depois aconteceu aquilo que se sabe e que acabou por originar a permanência da etapa no calendário do circuito. Foram muitos, muitos momentos de tensão, como a lesão de Owen Wright nos quartos-de-final, que o atirou para o hospital com um tímpano furado, e ainda mais os mágicos, com três notas 10 e outras tantas a bater na trave.
2 – A despedida de uma lenda
O evento de 2010 ficou marcado pela vitória do rei Kelly Slater, na fuga para o 10.º título mundial. Mas poucos sabiam que a etapa de Peniche seria a última de Andy Irons. A lenda havaiana estava novamente em queda e poucas semanas depois viria a falecer de forma trágica. Em Peniche não passou sequer da 2.ª ronda, depois de uma eliminação frente a Kai Otton. Uma despedida amarga e longe da imagem de campeão que construiu nos seus anos áureos.
3 – Pura perfeição
Se procurarem listas dos melhores campeonatos de sempre da ASP/WSL este entra direitinho para os primeiros lugares. Em 2011 as previsões não engavam e deixaram logo o rei Slater em pulgas. Ainda mal os pros tinhas chegado a Peniche e Supertubos já estava onfire, a oferecer as melhores condições que alguma vez se viu em competição. Foram três dias seguidos de sol a sol, sempre com ondas perfeitas. Foi o evento mais rápido da história da ASP e um dos que contou com notas mais altas, tal a perfeição das ondas. Foi simplesmente inesquecível e desde esse dia que acaba por ser injusto comparar as ondas com as dos anos seguintes… Tudo acabou com o vencedor, Adriano de Souza, ajoelhado aos pés de Slater.
4 – Final bem picante e polémica
Uma das poucas rivalidades da atualidade no surf mundial é entre Gabriel Medina e Julian Wilson, que teve como ponto alto a final que ambos disputaram em Peniche em 2012. Para muitos a vitória foi de Medina. Mas a verdade é que o australiano virou a final na última onda, com bastante polémica à mistura. O brasileiro, então ainda à procura do primeiro título mundial, demorou a aceitar o desfecho e subiu ao pódio em lágrimas, numa imagem que fica para a história do evento e do surf mundial.
5 – O começo da lenda do caçador de gigantes
Em 2013, ano marcado pela improvável final entre Kai Otton e Nat Young, vencida pelo australiano, faltavam ainda alguns anos para Frederico Morais chegar à elite mundial, mas o jovem português estava decidido a dar nas vistas. Pela primeira vez em prova, graças a um wildcard, Kikas foi atirado para a repescagem, onde acabou por ter pela frente, nada mais, nada menos, o rei Kelly Slater. Após um começo equilibrado, o surfista português decidiu soltar as quilhas e, para gaudio do público presente na praia, conseguiu uma surpreendente vitória, hipotecando ainda as hipóteses de KS na luta pelo título mundial. Kikas virou capa dos jornais e fez aí a sua apresentação ao Mundo do surf.
6 – Invasão brasileira
O ano de 2014 ficou marcado na história do surf mundial como o do primeiro título mundial conquistado pelo Brasil. As contas chegavam apertadas a Peniche, mas com Medina bem perto de um feito único. Slater estava logo atrás e um ambiente era bem pesado, como foi visível logo na conferência de imprensa do campeonato. A juntar a isso, nunca na história do evento estiveram tantos jornalistas presentes. O Brasil veio em peso para assistir à possibilidade de Medina ser campeão. Em jeito de brincadeira, costumamos dizer que até o “Folha de Pernambuco” tinha enviado para cá repórter. O clima era de festa antecipada e os brasileiros sentiam que o título estava a chegar. Contudo, Peniche viveu durante uma hora uma verdadeira montanha russa de emoções. Ainda na 3.ª ronda Medina perdeu para o aflito Brett Simpson. E Slater acabou por não fazer melhor no heat seguinte, sendo eliminado por Aritz Aranburu. Foi, provavelmente, o momento mais anti-clímax alguma vez vivido no Tour.
7 – Perfeição de Toledo e genialidade de Italo
Depois do título conquistado por Medina em 2014, no ano seguinte o clima já era bem mais calmo. Mas foram novamente os brasileiros que fizeram questão de animar a festa. O dia final foi um verdadeiro festival de surf, com dois wildcards portugueses a fazerem brilharetes pelo meio. Kikas chegou aos quartos-de-final e Vasco Ribeiro só foi travado nas meias-finais. Mas o ponto alto do campeonato aconteceu mesmo na final, num duelo 100 por cento canarinho. Toledo fez uma nota 10 e acabou por ganhar o campeonato, mas na memória ficou o aéreo gigante de Italo Ferreira, que mereceu “só” 9,93 pontos.
8 – O primeiro título de Peniche
Ao longo dos últimos anos, e desde que passou a ser a penúltima etapa do circuito, Peniche tem recebido as guerras da luta pelo título sempre bem no ponto de rebuçado. Contudo, só por uma vez as contas ficaram decididas logo em Portugal. E isso aconteceu em 2016, quando John John Florence conquistou o evento e também o primeiro dos dois títulos que já tem no currículo. Coroar um campeão mundial foi, sem dúvida, um momento histórico para o evento português.
9 – A vingança e redenção de Medina
Em 2017 Gabriel Medina teve a oportunidade de se redimir e fazer as pazes com a história. Cinco anos depois de ter subido ao pódio em lágrimas, o brasileiro voltou lá, mas com um sorriso no rosto e para subir ao lugar mais alto. Na final derrotou Julian Wilson. Foi a vingança perfeita, para chegar ao primeiro triunfo em Portugal.
10 (extra) – A louca sessão de free surf na baía
Peniche já ofereceu muitos momentos únicos extra competição, como a sessão de tow in na Papôa, as sessões de free surf para os lados da Serra d’El Rei, ou mesmo aquela ondulação gigante que destruiu a estrutura em 2009, enquanto Mick Fanning e Taylor Knox desciam montanhas de água no Baleal. Mas nada ficou mais na memória do que aquela super sessão de free surf, em 2014, que atraiu tudo e todos para a baía do Baleal – quem diria? - e onde Kolohe Andino fez uma das melhores ondas da vida. Mas o momento alto foi mesmo Kelly Slater a completar o primeiro 540º da história do surf.
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