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- Falta menos de uma semana para o arranque do um dos campeonatos mais esperados do ano, com extrema importância para as contas da qualificação para o WCT 2019.
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É já na próxima segunda-feira, dia 24 de setembro, que Ribeira d’Ilhas vai receber a nata do top 100 mundial. A contagem decrescente para o EDP Billabong Pro Ericeira já começou e não falta muito para o regresso do melhor surf do Mundo à Reserva Mundial de Surf. As expectativas são bem altas e ação e emoção não vão faltar num dos mais históricos anfiteatros naturais do surf nacional.
Este é um evento de extrema importância no circuito WQS, uma vez que é de estatuto máximo. Será o terceiro e antepenúltimo QS10000 da temporada e o que antecede a histórica e decisiva perna havaiana. Dessa forma, os pontos em jogo serão determinantes para saber quem tem lugar garantido no Havai e até para perceber quem pode lutar por uma vaga no World Tour 2019.
Com o dia de estreia cada vez mais perto, naquele que será o regresso do WQS à Ericeira, após um hiato de sete anos, apresentamos aqui um guião completo sobre um campeonato que promete dar que falar.
O quê? EDP Billabong Pro Ericeira. Campeonato com estatuto máximo (QS10000) do WQS.
Onde? Ribeira d’Ilhas é o palco principal.
Quando? O período de espera arranca na segunda-feira, dia 24 de setembro, e pode prolongar-se até domingo, dia 30.
Quem? Em prova vão estar 112 surfistas, sendo que a grande maioria faz parte do top 100 mundial. A eles juntam-se ainda 19 surfistas que pertencem ao World Tour.
Há campeões do Mundo em prova? Há, pois! Começando pelo grande cabeça de cartaz do evento, o brasileiro Gabriel Medina, campeão do Mundo de 2014. O compatriota e campeão do ano seguinte, Adriano de Souza, também está nos inscritos.
Quem são os surfistas do World Tour? A Medina, Adriano de Souza e ao “nosso” Kikas, juntam-se ainda outros 16 surfistas. A saber: os brasileiros Willian Cardoso, Michael Rodrigues, Yago Dora, Tomas Hermes, Jesse Mendes e Ian Gouveia; os norte-americanos Griffin Colapinto e Pat Gudauskas; o japonês Kanoa Igarashi; os havaianos Sebastian Zietz, Zeke Lau e Keanu Asing; os australianos Connor O’Leary e Matt Wilkinson; o sul-africano Michael February; e o francês Joan Duru. Depois há ainda o australiano Mikey Wirght, que apesar de não fazer parte oficialmente da elite, tem feito quase todas as etapas, estando praticamente garantido para o Tour do próximo ano.
E quem são os principais destaques fora do Tour? Há vários jovens em ascensão que ocupam já os primeiros lugares do ranking do WQS. Desde logo, o havaiano Seth Moniz, que chega à Ericeira como líder. Destaque também para o brasileiro Peterson Crisanto (número 2), para o francês Jorgann Couzinet (7), o norte-americano Evan Geiselman (9) ou o australiano Reef Heazlewood (13).
E surfistas menos cotados que possam surpreender? Tendo em conta que a entrada para este campeonato é restrita aos melhores do ranking, a qualidade é tanta que qualquer surfista pode fazer boa figura. Contudo, há um nome que está em evidência na perna europeia, depois de vencer em Pantín e ser finalista vencido em Casablanca, e que pode fazer estragos. Trata-se do brasileiro Weslley Dantas, atual número 23 do ranking e irmão mais novo do ex-top do WCT Wiggolly Dantas.
Mais alguns destaques? Sim, claro. Nomes de referência é o que não falta neste campeonato. Por exemplo, além dos surfistas da elite mundial, estão ainda inscritos ex-tops do WCT. São eles: Jadson Andre, Alejo Muniz, Jack Freestone, Ricardo Christie, Nat Young, Dion Atkinson, Alex Ribeiro, Stu Kennedy, Ethan Ewing, Davey Cathels, Aritz Aranburu, Wiggolly Dantas, Leo Fioravanti e Tanner Gudauskas. Mais Heitor Alves, Raoni Monteiro e Matt Banting na lista de “reservas”.
E portugueses? Para já, três. São eles: Frederico Morais, Vasco Ribeiro e Miguel Blanco. Estes foram os que conseguiram entrada direta no evento, uma vez que fazem todos parte do top 100 mundial. Mas outros se podem juntar, caso recebam algum dos wildcards ainda disponíveis. Na lista de “reservas”, à espera de eventuais desistências, estão ainda Tomás Fernandes, Pedro Coelho, Luís Perloiro e Francisco Carrasco, mas todos longe dos primeiros lugares.
Nação mais representada? Estarão representadas no campeonato 19 nações, com larga vantagem para o Brasil, que vai ter, pelo menos, 27 surfistas em prova. Segue-se a Austrália, com 19 surfistas, e os Estados Unidos, com 11. Havai vai ter 10 representantes, a África do Sul 6, Japão e França 5 cada, Espanha 4, Portugal e Peru com 3, Costa Rica e Taiti com 2 e, por fim, Nova Zelândia, Marrocos, Indonésia, Itália, Argentina e Uruguai todos com 1.
Wildcards? Dos seis disponíveis ainda só são conhecidos três: o australiano Matt Wilkinson, o italiano Leo Fioravanti e o francês Kauli Vaast. Faltam atribuir dois por parte da organização e um por parte da WSL Internacional.
Alguém parte em vantagem? Além dos surfistas mais experientes, nomeadamente os do World Tour, e dos que mais frequentam a região, como os portugueses, o espanhol Gony Zubizarreta ou mesmo o japonês mais português do Mundo Kanoa Igarashi, os surfistas regulares poderão levar uma pequena vantagem na direita de Ribeira d’Ilhas.
Mais alguma curiosidade? Sim, várias!
Começando logo pelo facto de Vasco Ribeiro, o português melhor classificado do ranking (28.º) ter muito boas recordações de Ribeira d’Ilhas, pois foi lá que se sagrou campeão mundial júnior em 2014. E um bom resultado neste campeonato pode catapultar Vasco para o WCT em 2019.
Nesse evento quem também esteve em destaque foi o jovem local Tomás Fernandes, que só foi travado nas meias-finais e terminou no 3.º posto. Ainda assim, Tomás não conseguiu entrada direta para este evento, estando, por isso, à espera de um dos três wildcards ainda disponíveis.
No ano seguinte foi a vez de o brasileiro Lucas Silveira fazer a festa nas ondas da Ericeira. O campeão mundial júnior de 2015 também vai estar em ação neste QS10000.
Mas estes não são os únicos antigos campeões do Mundo de juniores em prova. Destaque para Jack Freestone, que ganhou esse título por mais que uma vez, em 2010 e 2012. Curiosamente, Gabriel Medina (2013) e Adriano de Souza (2003) também venceram este título. Tal como o francês Maxime Huscenot em 2009. O australiano Ethan Ewing venceu em 2016 e, mais recentemente, no início deste ano, foi o havaiano Finn McGill a conseguir o título referente a 2017. Todos eles estão em prova na Ericeira.
Outro dos factos curiosos é que Gabriel Medina vai regressar ao local onde carimbou a qualificação para o World Tour, a meio da temporada de 2011. O surfista brasileiro foi finalista vencido do campeonato Prime ali disputado em Ribeira d’Ilhas. Medina apenas foi superado por Julian Wilson, naquele que foi o heat que marcou o começo de uma rivalidade que se estendeu ao longo dos tempos. No pódio desse campeonato estiveram ainda Miguel Pupo e John John Florence, que também carimbaram aí a qualificação para o CT, numa época em que houve a “polémica” rotação a meio do ano.
Condições esperadas? Ainda é cedo para perceber como vai estar o mar, mas parece estar a entrar um swell para os dias iniciais do campeonato. Assim como o vento também parece querer colaborar. Mas só mais perto do evento se poderá perceber isso com certezas. No entanto, Ribeira d’Ilhas é uma onda consistente e não costuma desiludir. Logo, aliando isso ao facto de termos em prova os melhores surfistas do Mundo, que o são em qualquer tipo de mar, certamente que a qualidade da ação vai ser muito elevada.
Alguma dica? Chegar bem cedo à praia, para não perder pitada da ação e também para ter lugar para estacionar. Levar prancha para aproveitar a muita oferta da Ericeira, ou não estivéssemos a falar da primeira Reserva Mundial de Surf da Europa. E, nas horas vagas, aproveitar para conhecer melhor o centro de uma das vilas mais bonitas de Portugal!
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