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Sortes distintas para Kikas e Vasco28 setembro 2018

- Heat começou da melhor forma para as cores nacionais, mas terminou de forma dramática, com uma reviravolta que poderia ter sido evitada.
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Esteve perto de ser um heat perfeito para as cores nacionais, mas a reta final do heat 7 da 4.ª ronda do EDP Billabong Pro Ericeira acabou por ditar um desfecho dramático. Apesar do triunfo avassalador de Frederico Morais, Vasco Ribeiro acabou por ficar pelo caminho, após uma reviravolta de Jack Marshall nos últimos segundos.
Após terem conseguido ambos vencer os respetivos heats da 3.ª ronda, logo pela manhã, a sorte do draw acabou por juntá-los no penúltimo heat da fase seguinte. E tudo começou em grande para a dupla portuguesa. Na primeira troca de ondas o norte-americano caiu, Kikas respondeu com um 8,60 e Vasco com um 8,17. Estava tudo encaminhado para o sucesso a dobrar.
A partir daqui bastava gerir a situação, fazer mais uma onda forte e controlar o jovem americano, recorrendo um pouco a “jogo de equipa”. Foi isso que acabou por acontecer até perto do final, sendo que pelo meio Kikas brindou os juízes com uma das melhores ondas do campeonato, um 9,13. Dessa forma, Frederico assegurou o melhor score, de longe, do evento até agora, com 17,73.
Faltava metade do heat e Kikas já tinha a qualificação praticamente garantida. Faltava Vasco imitá-lo. Já Marshall encontrava-se meio perdido, apenas com uma onda intermédia na casa dos 6 pontos e com a terceira prioridade à entrada para os últimos minutos. Foi então que tudo o que tinha para correr mal… correu mesmo. Vasco Ribeiro perdeu a prioridade numa onda sem potencial. E tudo ficou nas mãos de Kikas.
Já nos últimos 5 minutos, Kikas remou para uma onda, enquanto controlava o norte-americano, mas não foi. Acabou por ir Vasco no inside, melhorando o backup. Contudo, o 4,33 não dava total segurança, até porque Frederico acabaria por perder a prioridade naquela remada. A faltar 20 segundos para o final, Marshall arrancou numa onda e, a precisar de uma nota acima de 5 pontos, acabou por conseguir virar o heat, batendo Vasco por apenas 0,16.
Apesar do triunfo magistral de Kikas, este acabou por ser um final inglório para Vasco Ribeiro, sobretudo num heat em que começou com uma nota excelente e teve mais de 20 minutos para melhorar a situação. São estas derrotas que no final do ano podem fazer a diferença entre estar no WCT ou não estar. Ainda assim, este 17.º posto deverá permitir ao surfista da Poça subir algumas posições no ranking do WQS.
Já Jack Marshall acabou por ser bafejado pela sorte, vingando a derrota que havia sofrido ali mesmo em Ribeira d’Ilhas no Mundial de Juniores de 2014. Foi no início da fase man-on-man que o jovem norte-americano foi eliminado pelo português. Um heat que acabaria por embalar Vasco rumo ao título mundial, mas que terminou com grande suspense devido a um empate. Passou Vasco por uma nesga… Desta vez, foi ao contrário.
Agora, a armada lusa segue entregue apenas a Frederico Morais, que já está entre os 16 melhores surfistas, nos oitavos-de-final deste QS10000. Kikas tem demonstrado capacidade para chegar ainda mais longe e até poderá conseguir aqui um resultado que lhe dê tranquilidade quanto a uma requalificação para o WCT.
Em 22.º no Tour, mesmo no limite do “cut” as próximas etapas serão cruciais para o futuro de Frederico na elite mundial. Mas uma final na Ericeira poderia trazer-lhe dias bastantes mais calmos. Na próxima ronda, que se deverá disputar ainda hoje, terá pela frente o havaiano Tanner Hendrickson. Go Kikas!
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