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Gabriel Medina alcançou, este domingo, no Taiti a primeira vitória da temporada no World Tour, relançando assim as contas pelo título mundial. Numa final renhida, que juntou dois ex-campeões de Teahupoo, o brasileiro acabou por levar a melhor frente a Owen Wright, em ondas na casa do metro/metro e meio, o que acabou por fazer toda a diferença.

Um triunfo que lançou Medina na corrida pelo título, subindo ao 2.º posto do ranking, por troca com Julian Wilson, e ficando a pouco mais de 6 mil pontos de distância do líder e compatriota Filipe Toledo – ele que conseguiu o melhor resultado da carreira em Teahupoo, ficando no 3.º posto, depois de só ser travado por Owen Wright nas meias-finais.

Para chegar ao triunfo, além de ter batido na final um dos melhores tube riders do planeta, que começou o dia final logo com uma nota acima de 9 pontos, naquela que seria a melhor onda da jornada e talvez do campeonato, Medina teve ainda de superar Italo Ferreira nos quartos-de-final e o “calcanhar de aquiles” Jeremy Flores nas meias-finais.

Depois do triunfo em 2014, Medina voltou assim a vencer em Teahupoo, embora em condições bem diferentes. Em 2014 Teahupoo recebeu aquele que foi, muito provavelmente, o melhor campeonato de sempre da WSL, com ondas pesadas e perfeitas e scores elevadíssimos. Medina teve mesmo de se aplicar a fundo e calar os críticos, batendo Kelly Slater numa final de sonho. Agora, fê-lo em condições menores, mas também com muito mérito e brilhantismo.

“Estou muito feliz por vencer aqui novamente e, em primeiro lugar, quero agradecer a Deus”, começou por dizer. “Vim para cá e treinei bastante, por isso só esperava uma vitória. Amo o Taiti e já aqui tive grandes finais – venci uma e perdi duas. Agora, posso começar a pensar em vencer o título mundial. Penso que tudo é possível. Ainda temos alguns eventos até final e vou dar o meu melhor”, frisou.

Curiosamente, foi em 2014 que Medina também chegou ao tão ambicionado título mundial, o primeiro da história do surf brasileiro. Agora, está novamente na luta e numa altura em que o circuito entra na reta final. A próxima prova acontece já no início de setembro no mítico Surf Ranch. A piscina de ondas de Kelly Slater é bem ao estilo de Medina e também de Toledo, pelo que é provável que ambos saiam da Califórnia ainda mais destacados como os dois grandes candidatos ao título mundial de 2018.

Depois, vem a perna europeia. No ano passado Medina venceu em França e Portugal, sendo etapas em que historicamente se dá bem. Mas Toledo pode dizer o mesmo, até porque, apesar dos percalços europeus no ano passado, já venceu em Portugal em 2015 e foi 3.º em França dois anos antes. No 3.º posto surge Julian Wilson e Italo no 4.º, mas já seria uma grande surpresa vê-los recuperar distâncias para a frente. Até porque, a partir de agora, tudo joga a favor de Medina e Toledo.

Tahiti Pro Final Results:
1 - Gabriel Medina (BRA) 13.50
2 - Owen Wright (AUS) 12.07

Tahiti Pro Semifinal Results:
SF 1: Owen Wright (AUS) 12.60 def. Filipe Toledo (BRA) 10.03
SF 2: Gabriel Medina (BRA) 15.17 def. Jeremy Flores (FRA) 6.10

Tahiti Pro Quarterfinal Results:
QF 1: Filipe Toledo (BRA) 11.43 def. Michael February (ZAF) 8.60
QF 2: Owen Wright (AUS) 16.00 def. Wade Carmichael (AUS) 9.57
QF 3: Gabriel Medina (BRA) 13.57. Italo Ferreira (BRA) 7.57
QF 4: Jeremy Flores (FRA) 13.34 def. Kolohe Andino (USA) 5.74

WSL Men's CT Jeep Leaderboard (After Tahiti Pro):
1 -  Filipe Toledo (BRA) 41,985 pts
2 - Gabriel Medina (BRA) 35,685 pts
3 - Julian Wilson (AUS) 32,380 pts
4 - Italo Ferreira (BRA) 30,160 pts
5 -  Wade Carmichael (AUS) 25,550 pts 

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