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  • WSL volta atrás após polémica com transmissão
    09 julho 2018
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  • Foram muitas as críticas que choveram durante o J-Bay Open. Tantas que fizeram a WSL pedir desculpa e voltar à fórmula antiga. Mas só por este evento…
  • A estreia das transmissões exclusivas do World Tour através da rede social Facebook gerou alguma controvérsia por parte dos fãs do surf mundial e após alguns dias de testes e mais testes, e também de várias críticas, a WSL acabou por anunciar a abertura das transmissões e o regresso à via antiga.

    A World Surf League emitiu um comunicado após o final da etapa masculina em J-Bay a esclarecer a situação, dando as “boas novas” de que os fãs poderiam ter novamente opção de escolha. Isto é, a transmissão continua a ser feita nas plataformas do Facebook, mas volta igualmente às plataformas da WSL. Isto ao contrário do que aconteceu nos primeiros dias do J-Bay Open, onde era obrigatório ver o campeonato no Facebook.

    A WSL veio mesmo a público, na pessoa da CEO Sophie Goldschmidt, pedir desculpa aos fãs e explicar toda a situação. A verdade é que foram poucos os que gostaram de ser “obrigados” a entrar no Facebook para assistir ao campeonato – mesmo os que não têm perfil na referida rede social.

    Outro dos problemas iniciais foi o facto de todos os fãs estarem delimitados à sua região do globo, ou seja, um brasileiro tinha de assistir ao webcast em brasileiro e caso quisesse assistir ao webcast inglês não tinha essa possibilidade. Cá por Portugal estávamos inseridos na região “Resto do Mundo” e só tínhamos acesso à transmissão em inglês nativo.

    Nos primeiros dias de transmissão da etapa houve ainda muitas queixas em relação à qualidade da imagem ou das contantes interações, nomeadamente os milhares de emojis a passar na tela – para este problema a solução passava por abrir o ecrã completo. Na caixa de comentários choveram críticas a estas inúmeras situações.

    No primeiro dia alguns fãs ainda descobriram algumas formas de contornar o problema, como o facto de a transmissão também estar a ser feita via Youtube ou pela aplicação da WSL para Smartphones. No entanto, no dia seguinte todas essas alternativas já se encontravam fechadas, pelo que ver pelo Facebook era mesmo a única solução.

    Posteriormente, já perto do final do campeonato masculino, a WSL decidiu colocar a transmissão do Facebook diretamente no próprio site, o que já permitia aos fãs não ter de entrar na rede social. Uma alternativa que fez apaziguar os ânimos, numa altura em que já eram poucos os que não falavam sobre o assunto.

    No entanto, toda esta questão levantou outro problema. Outrora “desconhecidos”, os números de views dos campeonatos ficaram “a nu” com a passagem para a transmissão do Facebook. E a verdade é que mesmo estando nós a falar de um dos melhores campeonatos do ano, com ondas incríveis à mistura, os números raramente passaram a barreira dos 20 mil espectadores em simultâneo.

    O ponto alto do campeonato foi mesmo o embate entre Toledo e Medina, nos quartos-de-final, que chegou a ter 22 mil pessoas a ver em simultâneo na web. Mais do que a final, que baixou a fasquia dos 20 mil. O início de campeonato oscilou entre 10 mil pessoas e 15 mil. Com nomes sonantes na água, como Jordy Smith, os números subiam até aos 18/19 mil, mas pouco passámos desta referência.

    E embora a WSL tenha passado a mensagem de que cada um dos quatro canais disponíveis (Português do Brasil, Espanhol, Inglês dos Estados Unidos e Inglês do resto do Mundo) tinha os próprios números, a verdade é que muitos internautas de vários pontos do globo verificaram que tinham precisamente os mesmos números na tela.

    Mas tudo piorou com o início da prova feminina. Apesar do regresso à fórmula original, onde os fãs estavam aptos a escolher no site da WSL se queriam ver a transmissão em inglês, português (do Brasil) ou espanhol, os números caíram verdadeiramente a pique.

    Durante as primeiras rondas estavam somente 1500 pessoas a ver. Isso mesmo! 1100 no inglês, 200 no espanhol e 200 no português - e aqui também fica um bom argumento para entrar na recente polémica dos prize moneys diferenciados entre homens e mulheres. No segundo dia de prova feminina os números já não estavam visíveis…

    Entretanto, surgiu o comunicado e o pedido de desculpas por parte da WSL, que garante estar a trabalhar nos desafios técnicos para melhorar a transmissão via Facebook. Ou seja, regressámos à forma anterior, em que a transmissão era feita nos canais da WSL e também no Facebook. No entanto, só durante o J-Bay Open, pois a ideia é voltar à exclusividades no Facebook.

    Resta esperar que a nova mudança seja feita com maior eficácia, de forma a evitar nova chuva de críticas. Estas ainda mais salientes, devido ao facto de a caixa de comentários estar lado a lado com o ecrã. E já se sabe como são as pessoas quando têm o poder de escrever para todo o Mundo… mais depressa dizem mal do que bem.

    A verdade é que perante tantas críticas e pontos negativos, poucos foram os que repararam nos aspetos positivos. A interação que o Facebook pode permitir entre fãs e surfistas é uma boa ferramenta a ser explorada. Por exemplo, foi possível lançar perguntas aos surfistas enquanto estes iam ao webcast comentar a prova. E isso é positivo. Mas duvidamos que, perante o chorrilho de críticas, os “queixosos” se tenham apercebido de tal oportunidade.

     

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