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Blanco eliminado no Chile 2 horas após o heat25 maio 2018

- Protesto de um surfista peruano acabou por tirar o português dos quartos-de-final. Curiosamente, o “queixoso” só foi travado na final…
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Terminou ontem o QS1500 de Iquique, no Chile. Uma prova envolta em muita polémica, por um caso que envolve diretamente o surfista português Miguel Blanco. Ao início do dia final, Blanco garantiu a passagem aos quartos-de-final da prova sul-americana, mas 2 horas depois(!), quando já se preparava para disputar uma vaga nas meias-finais, ficou a saber que estava fora de competição.
Tudo devido a uma reclamação por parte de um dos seus adversários no heat 2 do round 5. O peruano Alonso Correa tinha ficado em terceiro, mas alertou o painel de juízes para uma possível interferência no início do heat. Duas horas depois de o heat terminar, os juízes decidiram mesmo, incrivelmente, aplicar a interferência ao português, que assim passou para o último lugar do heat.
Uma situação rocambolesca, a roçar o amadorismo, e nada prestigiante para uma prova sob a alçada da WSL. “Foi uma situação bastante invulgar”, começa por explicar Blanco. “Estava a preparar-me para a bateria dos quartos man-on-man quando me chamam no microfone para falar com o chefe de juízes - 2 horas depois de ter terminado a bateria do round 5. Aparentemente, o atleta de vermelho fez um protesto a relatar que eu tinha feito uma interferência no início do heat - +/- 10min depois de o heat ter começado. O chefe de juízes ao analisar o replay do webcast - nem foi o replay da onda porque não têm neste campeonato - marcou interferência e tiraram-me a segunda onda porque as prioridades já estavam definidas”, relatou-nos Miguel.
“Acabei por passar do 2.º para o 4.º. lugar do heat. Falámos em fazer um re-surf do heat, pois decidiram que eu tinha feito uma interferência 2 horas depois do heat ter terminado e se tivessem marcado durante o heat, como é obvio, o heat iria desenrolar-se de uma maneira diferente. No entanto, ignoraram essa opção e apenas alteraram o resultado do heat”, lamenta o surfista da Linha, que pondera fazer uma reclamação formal à WSL.
Curiosamente, ou não, ou “queixoso” acabou por seguir ronda após ronda até à final, onde só foi travado pelo australiano Jack Robinson, vencedor do evento chileno. Apesar de estarmos a falar de uma prova menor no calendário, cujos pontos pouco ajudarão num cenário de qualificação para o World Tour, a verdade é que estas situações podem ser determinantes na confiança e, posteriormente, na carreira dos surfistas.
Miguel Blanco terminou assim no 13.º posto final, somando apenas 420 pontos e 200 dólares de prémio, quando poderia ter arrecadado bastante mais. Ainda assim, este passou a ser o quarto melhor resultado da temporada para Blanco, que ascendeu 5 posições no ranking do WQS. O atual número um português do WQS é agora o novo 36.º classificado do ranking - com os pontos somados pelo peruano, o português estaria já bem dentro do top 30 mundial.
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