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Quem é Lucas Chianca? o futuro do Big Riding12 fevereiro 2018

- Lucas Chianca foi o vencedor do Nazaré Challenge, aos 22 anos, na segunda prova da carreira no BWT. O big rider brasileiro vem de uma família de surfistas, onde o irmão mãos novo começa a dar nas vistas em ondas… mais pequenas.
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A segunda edição do Nazaré Challenge foi vencida por Lucas Chianca. “Chumbinho” para os amigos. O big rider brasileiro tem apenas 22 anos e subiu ao lugar mais alto do pódio logo no segundo evento da carreira no Big Wave Tour. O triunfo acabou por ser natural, tal o domínio evidenciado na Praia do Norte, onde tem sido um dos surfistas mais habituais nas últimas sessões XXL.
Foi pela Nazaré que Lucas Chianca já tinha conseguido algumas nomeações para os WSL Big Wave Awards, os oscares das Ondas Grandes. Essas performances nas sessões mais pesadas, aliadas agora a este sucesso, fazem com que muitos dos mais reputados big riders vejam em “Chumbinho” o futuro do big wave riding mundial – Garrett McNamara não hesitou em afirmá-lo publicamente nas redes sociais.
Filho de surfista, Lucas cresceu a surfar e a viajar pelo Mundo. A juventude foi feita mais de viagens de surf do que de campeonatos. Mas desengane-se quem pense que este é o único talento da família, pois os “Chumbinho” também produziram o jovem João Chianca, agora com 18 anos. Ao contrário do irmão mais velho, João é mais dedicado às ondas… mais pequenas.
Em janeiro deste ano, João Chianca terminou no terceiro posto do Mundial de Juniores da WSL, na Austrália, depois de ter sido apenas travado pelo campeão mundial, o havaiano Finn McGill. Antes disso, já tinha conseguido o título de vice-campeão do Pro Júnior sul-americano no ano passado. Agora, segue-se a aventura no WQS.
Curiosamente, Lucas passou pelo WQS em 2015 e 2016. Conseguiu destacar-se em ondas tubulares, com um 5.º lugar em Arica, no Chile, e um 3.º lugar em Cloud 9, nas Filipinas. No entanto, depois dedicou-se às ondas grandes e em 2017 já não competiu no circuito. Foi no ano passado que virou o foco para as ondas grandes, tendo-se estreado em outubro passado no Pe’ahi Challenge, logo com um 9.º lugar.
Foram os resultados surpreendentes obtidos neste ano de estreia no BWT e colocaram Lucas “Chumbinho” no centro das atenções. Mas também no 5.º posto do ranking do BWT. Lugar que poderá melhorar, caso a prova de Mavericks ainda vá para a água – o período de espera termina no final do mês.
Brasil e ondas grandes
Depois da revolução feita pelas surfistas brasileiros no World Tour durante a última década, a armada canarinha prepara-se para marcar posição também nas Ondas Grandes. Tudo começou há alguns anos com Carlos Burle, que, curiosamente, despediu-se da competição na Nazaré. O antigo campeão mundial de ondas grandes ajudou ao surgimento de vários novos big riders talentosos.
Lucas Chianca é só um dos discípulos de Burle, a quem o lendário big rider brasileiro passa agora o testemunho. Já no ano passado um jovem brasileiro impressionou tudo e todos no circuito. Pedro Calado acabou mesmo a temporada de 2016/17 como vice-campeão mundial de Ondas Grandes. Depois de Medina, Toledo e companhia terem desbaratado o World Tour, agora é a vez de Chianca e companhia quebraram de vez o mito de que os brasileiros são “maroleiros”.