Homepage
- Após muita polémica e sofrimento, tanto o havaiano como o brasileiro conseguiram seguir em frente em Pipeline. Por outro lado, Jordy Smith foi retirada da luta por Kelly Slater, enquanto Julian Wilson também ficou fora, mesmo com a melhor onda do campeonato.
-
Foi um dia intenso em Pipeline, com os tubos finalmente a surgirem, sobretudo para Backdoor, e com a luta pelo título e pela requalificação ao rubro no Havai. Entre muita polémica, John John Florence e Gabriel Medina continuam vivos, sendo agora os únicos candidatos ao título mundial, uma vez que Jordy Smith foi eliminado e Julian Wilson, apesar de estar bem em forma em Pipe, já não tem possibilidades matemáticas de chegar à liderança.
Por outro lado, menos emoção teve a corrida pelo título do rookie do ano. O australiano Connor O’Leary acabou por vencer a corrida frente a Frederico Morais, que foi eliminado por Kanoa Igarashi e ficou sem possibilidades de responder ao triunfo de O’Leary na ronda inaugural. A derrota de Joan Duru também na repescagem, acabou por dar matematicamente o título ao aussie.
Mas voltemos à luta pelo título, onde John John Florence deve ter tido bastantes suores frios, quando quase foi eliminado por Ethan Ewing na terceira ronda. Apesar de nunca ter passado da terceira ronda em 2017, o rookie australiano decidiu fazer surpresa em Pipeline. Esteve perto de virar a bateria em duas ocasiões, mas bateu na trave em ambas, uma delas mesmo no final da disputa. Um resultado polémico que levou a praia a assobiar a decisão dos juízes e que já despoletou muita ira junto dos apoiantes de Medina na web – até Neymar fez questão de criticar a WSL…
Nada de novo por aqui. Após o quase vacilo de John John seguiu-se Medina frente a Josh Kerr e o brasileiro também teve de sofrer bastante, num heat onde o julgamento mereceu novamente algumas críticas. A verdade é que, com maior ou menos polémica, ambos avançaram para a fase seguinte e são os dois únicos candidatos que sobram. Isto porque o triunfo do havaiano acabou por hipotecar as hipóteses matemáticas de Julian Wilson chegar ao topo, mesmo depois do australiano ter conseguido a melhor onda do campeonato, com um 9,93.
O outro que baqueou foi Jordy Smith. O sul-africano teve de levar com Kelly Slater pela frente e o onze vezes campeão mundial cumpriu o que prometeu: dificultar a vida aos candidatos. Apesar de Jordy ter tido a melhor onda da bateria, Kelly mostrou mestria e avançou para a fase seguinte. Agora, será Medina a precisar de ter muito cuidado, pois o rei está do lado dele do quadro. Na quarta ronda Medina vai medir forças com Jeremy Flores e Italo Ferreira. Antes disso John John enfrenta Joel Parkinson e Caio Ibelli. E esses são os novos cenários para o título:
John John é campeão se:
- Chegar à final;
- Chegar aos quartos-de-final e Medina não vencer;
- Ficar pela 5.ª ronda e Medina não for à final;
Medina é campeão se:
- Vencer e John John não chegar à final;
- Chegar à final e John John não chegar aos quartos;
Entretanto as contas pela requalificação também estão ao rubro e ainda há muita coisa por definir. A única certeza é que Wiggolly Dantas, Jack Freestone, Jadson Andre, Josh Kerr, Ethan Ewing, Stu Kennedy e o suplente Nat Young já disseram adeus ao WCT.
Na corda bamba fica Miguel Pupo, que perdeu na terceira ronda e ficou a 50 pontos de superar Bede Durbidge. O australiano era o 22.º classificado e a referência para o cut, mas o facto de se ter retirado após a eliminação, tal como Josh Kerr, pode abrir mais uma vaga. Essa vaga poderia ser de Pupo, não fosse a campanha de Italo Ferreira, que já está virtualmente dentro do top 22.
O talentoso surfista brasileiro até poderia estar a salvo, uma vez que foi o surfista que a par de Slater falhou mais etapas por lesão. No entanto, terminou o ano a carimbar a qualificação pelo WQS e agora pelo WCT. O grande beneficiado disto pode ser o norte-americano Pat Gudauskas, pois este cenário pode abrir uma nova vaga pelo WQS. Tal como abriu para o brasileiro Michael Rodrigues, com a certeza da requalificação de Kanoa Igarashi pelo WCT.
No entanto, ainda há alguma coisa a definir, pois Leo Fioravanti e Ian Gouveia seguem vivos na etapa e os rookies ainda sonham com a requalificação. O cut virtual está agora nos 21.200 pontos, pelo que o italiano e o brasileiro precisam praticamente de ir à final e esperar que Italo não avance mais. No ar pode estar ainda a possibilidade de o segundo wildcard da WSL ir para o 23.º do ranking, o que deixaria Foravanti e Gouveia a lutar por essa vaga com Pupo. O dia final em Pipeline vai ajudar a esclarecer muita coisa.