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  • De rookie para rookie: Caio Ibelli sobre Kikas
    21 outubro 2017
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  • Entrevista com o rookie do ano de 2016, que é uma espécie de “carrasco” de Frederico Morais em 2017 e que confidencia que o português “tem perfil” para lhe suceder este ano.
  • Frederico Morais chega ao MEO Rip Curl Pro Portugal na liderança da corrida ao título de rookie do ano. Poucos sabem tão bem o que significa ser o melhor estreante do ano como Caio Ibelli, o brasileiro que foi o melhor rookie de 2016. E o 16.º classificado do World Tour do ano passado e atual 19.º considera que Kikas encaixa bem no perfil de melhor rookie do ano.

    “Acho que o Frederico [Morais] é um candidato a ganhar”, começa por afirmar-nos Caio Ibelli. “Ele e o Connor O’Leary têm o perfil de rookie do ano, porque são extremamente competitivos, caem pouco e passam muitas baterias. São dois candidatos muito bons e penso que estas duas últimas etapas vão ser interessantes para ver quem fica na frente”, assume.

    Ibelli garante que o foco nas duas últimas etapas vai ser o fator determinante para decidir o vencedor. “As duas últimas etapas são um pouco diferentes do resto, têm bastante fator de sorte. O mar aqui [em Supertubos] muda bastante. Nunca sabes o que vai acontecer. Pipeline também é uma onda diferente. É preciso manter o foco. Se o Frederico conseguir manter o foco e fazer boas baterias, penso que não terá dificuldades em conquistar esse título, que é muito importante”, aponta o surfista brasileiro, de 24 anos.

    “Para ser rookie do ano tem de vencer os melhores. No ano passado enfrentei e bati algumas vezes o John John e é nessas baterias que consegues ganhar mais respeito, de forma a olharem para ti de maneira diferente. Depois disso, todos ficam de pé atrás a pensar que o rookie pode fazer tombar os gigantes”, explica-nos Caio Ibelli.

    "O melhor rookie acaba por ser aquele que se está a divertir mais e a tomar as melhores decisões".

    Contudo, Ibelli sublinha que o arranque de temporada de um rookie não é nada fácil. “O rookie entra para se adaptar, vai enfrentar os top seeds e acaba por só apanhar ‘pedreira’. Tem que se passar por essas ‘pedreiras’ e muitas vezes até atrapalhar a luta pelo título mundial, senão não vai conseguir. O melhor rookie acaba por ser aquele que se está a divertir mais e a tomar as melhores decisões”.

    O passante recente mostra-nos que o melhor rookie acaba por sentir dificuldades nos anos seguintes. Alejo Muniz (2011) e Nat Young (2013) já saíram do World Tour. Italo Ferreira não conseguiu ainda repetir a espantosa época de estreia de 2015 e Caio Ibelli também está em lugares abaixo em relação ao ano passado. Contudo, o brasileiro não vê uma razão geral para o sucedido, apenas o azar de uma lesão que lhe atrapalhou a temporada.

    “No ano passado tive um bom ano, mas este ano acabei por me lesionar logo depois do segundo lugar em Bells Beach. Como falhei Fiji passei de oitavo para 15.º classificado, caí bastante. Estava a ser um bom ano até me lesionar. Depois voltei mais cedo do que devia e acabei por me prejudicar um pouco”, revela o surfista de São Paulo, que em Peniche foi relegado para a 2.ª ronda de repescagem.

    Para terminar quisemos saber qual o segredo de Caio Ibelli frente a Frederico Morais, uma vez que este ano já o bateu em duas ocasiões [Bells Beach e França]. Será que tem um antídoto? “Sempre que compito contra ele já sei que ele vai ser muito consistente, que vai colocar logo duas notas perto dos sete pontos no começo da bateria. Gosto desses desafios e quando compito contra ele sei o que tenho de fazer. Gosto de baterias assim”, remata.

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