Estudos ambientais realizados pela Ocean Winds concluíram que, em cinco anos de funcionamento, o parque eólico ‘offshore’ flutuante instalado ao largo de Viana do Castelo está a ter um "efeito reserva” da biodiversidade.
Segundo os estudos realizados “aproximadamente 270 espécies estão a coexistir com o projeto de forma bem-sucedida”, tendo sido “registadas sete espécies exóticas, quatro de flora e três de fauna”.
“Foram observadas um total de 33 espécies diferentes de aves, com 17 registadas durante os estudos iniciais e 31 durante os estudos operacionais, foram avistadas cinco espécies de mamíferos marinhos, com o golfinho comum a ser o mais frequentemente observado, mas também orcas, e baleia-anã. Para além destes mamíferos, ainda se observou tubarão-frade”.
Em “termos de pontos de monitorização, foi observado um aumento na abundância de fitoplâncton, polvos, golfinhos comuns, peixes com maior biomassa, espécies sensíveis a campos eletromagnéticos e aves”.
“O projeto WindFloat Atlantic parece estar a funcionar tanto como um abrigo quanto uma zona de alimentação, principalmente para peixes e polvos. Espécies exóticas foram detetadas agarradas às paredes das secções submergidas das plataformas. Estas fazem parte das comunidades bentónicas que normalmente crescem em substratos sólidos, o que inclui por exemplo mexilhões, estrelas-do-mar, algas e muitos outros animais e vida marinha”, adianta.
Segundo dos estudos “espécies comuns de aves, como o alcatraz e gaivotas grandes, enfrentam o risco de colisão com as turbinas eólicas”, o que “não se aplica às poucas espécies em perigo na área circundante, visto que voam demasiado baixo e, portanto, nunca estão em risco de voar contra as pás das turbinas”.
Primeiro parque eólico 'offshore' flutuante semi-submersível do mundo, WindFloat Atlantic foi ligado à rede elétrica em dezembro de 2019 e alcançou a operação comercial plena em setembro de 2020.
Até março de 2025, o projeto havia registado uma produção acumulada total de 345 Gigawatts por hora (GWh), fornecendo eletricidade anualmente a cerca de 25.000 lares em Viana do Castelo, enquanto evitava mais de 33.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO₂).
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