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  • Esta sexta-feira é Dia Mundial da Orca, o 'predador super importante para manter o ecossistema saudável'
    14 julho 2023
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  • Fotografia
    DR/Bernardo Queiroz
  • Fonte
    Alexandre Melo
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  • Nos últimos tempos, as orcas saltaram para a agenda mediática, mas não por boas notícias. Tudo por causa das sucessivas interações entre estes animais marinhos e as embarcações.
  • Dia 14 de julho é a data em que anualmente é celebrado o Dia Mundial da Orca. Cetáceo imponente, belo e maravilhoso dos oceanos, que desempenha um papel bem importante no seio do seu ecossistema.

    "É um predador de topo. O oceano para estar regulado e saudável precisa de todas as camadas da pirâmide alimentar. Desde a base até ao topo. Se faltar alguma peça, o ecossistema desmorona-se. Em termos de predadores de topo, as orcas são super importantes para manter o ecossistema saudável", explica Bernardo Queiroz, responsável pelo Mercedes-Benz Oceanic Lounge, em conversa com o MEO Beachcam.

    Porém, nos últimos tempos as orcas saltaram para a agenda mediática, mas não por boas notícias. Tudo por causa das famosas e sucessivas interações entre estes animais marinhos e as embarcações, maioritariamente veleiros, que têm ocorrido desde 2020 na costa portuguesa, Galiza e Estreito de Gibraltar. 

    Situação que conheceu um novo desenlace durante esta semana com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a proibir as embarcações marítimo-turísticas de se aproximarem ativamente de grupos de orcas, numa medida que está em vigor até ao dia 31 de dezembro do presente ano.

    Bernardo Queiroz, que trabalhar no mar há mais de três décadas, acha que há outras ações mais importantes do que a medida levada a cabo pelo ICNF, como por exemplo "alertar em tempo real as embarcações que se aproximam das áreas em que as orcas estão presentes do potencial perigo que correm".

    "Não há um único caso de ataque a uma embarcação marítimo-turística. Em 99,9% das vezes, as orcas escolhem veleiros. Os encontros com barcos a motor são raros ou quase nulos. Há algumas embarcações de pesca, mas são situações muito específicas. Não são normais interações com algumas. Já estive quatro vezes num barco a motor, com o grupo de orcas que fizeram estragos, e nunca me senti intimidado", confidencia.

    Para o responsável do Mercedes-Benz Oceanic Lounge, na Doca de Santo Amaro (Lisboa), é importante perceber a origem destes ataques, de modo a entender melhor o que tem ocorrido desde então. "Isto tudo começa com duas orcas (gladis branca e gladis preta) que em 2020 surgiram com marcas de arpões na cabeça. São essas duas orcas que começam por fazer os ataques. Ora, duas orcas arpoadas começam a ter um comportamento disruptivo após serem atacadas, pelo que de certeza absoluta que tudo está correlacionado."

    No entender de Bernardo Queiroz, os "biólogos não avançam com esta teoria porque não existem provas científicas e ninguém testemunhou o ataque. Nos anos a seguir, por imitação, há outros animais do mesmo ou outro grupo, pois por vezes cruzam-se, que começam a copiar o comportamento e a ter interações com os barcos à vela. É preciso pensar que a pessoa, que por alguma razão decidiu agredir as orcas, não tinha qualquer ideia das repercussões que isto ia ter. Não tinha ideia que ia provocar uma reação nos animais, que faz com que haja medo de navegar e existam 300 ou 400 barcos com danos nas embarcações. Também vejo muitos velejadores a prepararem-se para atacar as orcas em caso de encontro e não têm noção do perigo que podem estar a provocar no futuro".

    De momento, o foco das orcas é somente as embarcações. "Neste momento, o animal apenas identifica o barco à vela como uma ameaça e tenta neutralizar a situação com a quebra do leme. Há casos em que as pessoas saltam para a balsa de salvamento e as orcas não mostram qualquer interesse. Em todo o mundo, não há um único ataque registado de orcas a seres humanos. Se os animais começam a associar o ser humano aos ataques, então podemos estar a falar de algo pior", antevê.

    Quanto a soluções para resolver esta situação, Bernardo Queiroz diz que "adorava saber apontar um caminho", mas tal "não e fácil". Porém, fala em dois caminhos, que não passam por "soluções extremas", como "ferir as orcas".

    "Se a manobra for bem feita, uma situação que garantidamente funciona é colocar a embarcação à ré. Dessa forma, as orcas largam o barco. Como as orcas direcionam-se ao leme, se a hélice vier na direção delas nunca vão fazer nada. Isto é, quando o barco vai andar para a frente, as orcas atacam o leme de trás para a frente. Se for na direção contrária, a hélice fica por cima delas e vão-se magoar, pelo que não fazem isso", assegura. Contudo, há um senão: "O problema desta manobra é que com vento e mar é muito difícil, sobretudo nos veleiros. É mais fácil nos catamarans porque têm dois motores."

    A outra ideia para afastar os grupos de orcas das embarcações é via "dissuasor acústico, que faz algum condicionamento Pavlov. As orcas sabem que quando se aproximam das embarcações há algo que incomoda e faz com que se afastem". 

    Soluções para garantir que no "futuro os nossos filhos consigam ver estes animais maravilhosos a cruzarem os nossos mares, como nós vemos hoje em dia".

     

     

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    DR/Bernardo Queiroz
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    Alexandre Melo
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