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- O experiente big rider chileno foi convidado a participar na emblemática prova havaiana, que já não se realiza desde 2016.
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As diferentes provas de ondas grandes que existem no seio do surf de competição só vão para a água quando determinadas condições do mar são verificadas, o que está longe de suceder de forma regular.
Por isso, estes eventos apresentam um longo período de espera durante o inverno, contrariamente aquilo que sucede nas provas de surf mais tradicionais e que vamos acompanhando durante cada ano civil.
Quando se antevê no horizonte que essas condições de eleição estão a caminho, as organizações dão o call geralmente 72 horas antes do arranque de ação, de modo a que todos os competidores e demais envolvidos consigam chegar a tempo e horas ao destino.
No caso do Eddie Aikau Big Wave Invitational, as coisas não se processaram desta forma. O evento que é tão raro acontecer, já não rola desde 2016, até na hora do call é ímpar face aos demais. A comunidade do surf de ondas grandes foi apanhada de surpresa. O alerta verde por parte da organização foi acionado a menos de 48 horas para o suposto início das hostilidades, talvez pelo facto da fatia de leão de competidores ser havaiana/norte-americana. Para estes, a baía de Waimea fica já ali.
Quanto aos big riders internacionais convidados, estes tiveram de fazer as malas e embarcar em modo contrarrelógio rumo à icónica baía, localizada no North Shore da ilha havaiana de Oahu. Entre aeroportos, escalas e recolha de bagagem, tudo tinha de estar sincronizado e nada podia falhar.
Acabou por falhar para o chileno Ramon Navarro. O experiente big rider já tinha nos seus planos viajar neste altura para o arquipélago do Havai, a fim de treinar nas muitas e boas ondas que por lá existem. Quis o destino, que essa viagem ocorresse na altura em que foi acionada luz verde para a prova que é realizada em memória do malogrado waterman havaiano Eddie Aikau.
O problema é que o caçador de ondas grandes de 43 anos viu o seu voo ser cancelado. Perante este constrangimento, Ramon apenas conseguiria chegar à baía de Waimea ao início da tarde desta quarta-feira, já com os outros big riders em plena ação, o que constituiria fator impeditivo para nova participação no Eddie Aikau Big Wave Invitational. No fundo, aquilo que sucedeu há ano e meio com o costarriquenho Carlos Muñoz, que não conseguiu chegar a tempo da primeira prova olímpica de surf da história.
Impedido de voar, Navarro era todo ele desilusão. Na rede social Instagram, o sul-americano já só dizia que esperava ter uma nova oportunidade no futuro de participar neste evento, que tão poucas vezes se realiza. Mal sabia o competidor sul-americano aquilo que estava para chegar.
Com o goofy chileno em terra e outros companheiros de profissão no ar a acumularem milhas rumo ao Havai, veio a notícia que ninguém queria. O alerta que era verde passou a amarelo devido à mudança da direção do swell e do vento, a Natureza é soberana, o que colocou um travão a fundo nos planos de meter na água o Eddie Aikau Big Wave Invitational esta quarta-feira, dia 11 janeiro.
Esta marcha-atrás, acabou por ser uma dádiva da Natureza para com Ramon Navarro, que no meio de todo o azar acabou por ter sorte. Para outros, foi um verdadeiro balde de água gelada.
Um verdadeiro castigo para aqueles que são originários do outro lado do mundo como é o caso dos europeus Justine Dupont e de Nic von Rupp, que fizeram uma desgastante viagem de quase 30 horas de Portugal ao Havai para depois ser confrontado com a boa-nova de que não há Eddie Aikau para já.
Diz a organização que tem debaixo de olho a ondulação que está apontada ao próximo dia 22 de janeiro. É esperar para ver...
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
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FonteRedação
