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- Depois da bonita consagração em Seaside Reef, a surfista de 19 anos já tem o foco apontado às qualificações para o CT e os Jogos Olímpicos de Paris'2024.
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Quatro dias após a histórica conquista do título mundial Júnior da World Surf League (WSL) em Seaside Reef, no estado norte-americano da Califórnia, Francisca Veselko regressou finalmente a casa.
Na bagagem, não vieram as pranchas que usou para oferecer o primeiro título mundial júnior da WSL ao surf feminino português, ficaram algures perdidas na escala efetuada em Londres, o que não ficou para trás foi o troféu de campeã do mundo. Foi a agarrar a taça e com um enorme sorriso no rosto que a surfista de 19 anos surgiu na zona de chegadas do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
À sua espera, estavam a família, amigos e o treinador Rodrigo Sousa, que também esteve em Seaside Reef, mas já havia regressado a Portugal mais cedo. Depois dos primeiros abraços com alguma emoção à mistura, a campeã nacional Open de 2021 falou aos jornalistas presentes.
Nas primeiras palavras foi contundente, tal como havia sido a cada heat surfado em Seaside Reef com a licra vestida. "Foi a maior vitória da minha carreira, até ao momento. Sou a primeira surfista portuguesa a conseguir este título. Tudo foi ainda mais especial por ter ganho em frente ao meu treinador Rodrigo Sousa, ao meu irmão Jaime e ao meu pai Joe, que mora nos Estados Unidos da América e não costumo vê-lo muito. Estou sem palavras", confidenciou.
Nesta caminhada vitoriosa, onde venceu os cinco heats que disputou, a jovem surfista lusa não escondeu a importância do seu treinador desde o dia 0 desta aventura, que começou com o wildcard recebido.
"Não consegui negar o wildcard. Perguntei ao meu treinador se vinha comigo e ele disse: claro, quero ver-te a ser campeã mundial Júnior. Já acreditava no título e ter o meu treinador a acreditar igual ou mais foi um suplemento de força", explicou.
Habituada a surfar na Califórnia, uma vez que por lá já passou várias temporadas, Francisca disse, no entanto, que o facto de já conhecer a onda de Seaside Reef não veio a revelar-se uma grande vantagem. Foi preciso deitar mãos à obra.
"Honestamente, já não surfava em Seaside Reef há uns três ou quatro anos. Lembrava-me de como é que era, mas tive de adaptar-me. A onda era muito perfeita, mas não rebentava sempre no mesmo sítio devido ao facto do mar estar grande. Consegui perceber que a segunda e terceira ondas do set eram sempre melhores do que a primeira. Isso acabou por facilitar no decurso da prova, pois já ia para dentro de água com o objetivo bem definido", revelou.
Nestes seus primeiros momentos em Portugal, Kika Veselko não ficou indiferente à presença de Teresa Bonvalot e Mafalda Lopes nesta calorosa recepção, surfistas com as quais tem uma forte ligação.
"Somos uma família. Viajei com a Teresa quando venceu na Austrália o seu primeiro evento na Challenger Series. A Mafalda Lopes também estava presente. Independentemente de ter sido a Teresa a triunfar em Manly Beach, fiquei bastante emocionada na praia. Senti essa vitória como se tivesse sido minha. Foi por Portugal e somos uma família", reforçou.
Virada a página de ouro do Mundial Júnior da WSL, que permitiu arrancar este ano de 2023 da melhor maneira, Veselko já olha para os desafios futuros, também eles bastante ambiciosos.
"O meu sonho é chegar ao Championship Tour (CT). Agora, o meu foco está nesse objetivo, bem como em chegar aos Jogos Olímpicos de Paris'2024. O sonho está bem vivo e vou dar o máximo nos próximos Mundiais ISA", assegura.
Kika abordou ainda a importância do facto do título mundial ter permitido qualificar-se de forma antecipada para a Challenger Series 2023. "Tirou um peso de cima de mim, mas estou motivada. Se tiver por cá, vou fazer o resto das etapas do QS regional europeu. Acho super importante estar o maior tempo possível dentro de água. Só assim conseguimos treinar", entende.
Por último, a surfista de Carcavelos piscou ainda o olho a um eventual wildcard para o MEO Rip Curl Pro Portugal, a etapa portuguesa do circuito mundial de surf, que vai disputar-se em Peniche no próximo mês de março.
"Nunca competi num CT, por isso gostava imenso de participar nessa prova. Ficaria super contente se recebesse um wildcard. Adorava ter essa oportunidade para surfar nos tubos", concluiu.
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FonteRedação
