Homepage

  • Comunicado da AESP sobre o projeto 'Gestão Nacional de Escolas de Surf'
    25 janeiro 2023
    arrow
    arrow
  • O comunicado é da autoria da Associação de Escolas de Surf de Portugal.
  • Ao início da tarde desta quarta-feira, dia 25 de janeiro, a redação do MEO Beachcam recebeu o seguinte comunicado da Associação de Escolas de Surf de Portugal (AESP) sobre o projeto 'Gestão Nacional de Escolas de Surf', que é divulgado integralmente em baixo:

    "A Associação de Escolas de Surf de Portugal foi fundada em 2013 por 10 proprietários de Escolas de Surf de norte a sul do país, com o objetivo de combater a precariedade da sua atividade, de procurar uma regulamentação eficaz e de controlar o crescimento desproporcionado das Escolas de Surf nas nossas praias.

    Funcionamos a tempo inteiro há cinco anos e contamos hoje com mais de 130 Escolas e 200 Treinadores associados. Ao longo destes anos, estivemos juntos dos nossos associados e, com eles, criámos diversas propostas de regulamentação e ordenamento da nossa atividade de âmbito local, regional e nacional, no sentido de dar mais garantias, maior dignidade e segurança a todos aqueles que desenvolvem esta atividade no nosso país.

    Um dos principais resultados deste trabalho, foi a criação de um grupo de trabalho interministerial, composto por todos os organismos públicos com competências na gestão do território, liderado pelo Turismo de Portugal e que procurou reunir o maior consenso possível para uma regulamentação uniforme do ensino e treino de surf em Portugal.

    Os resultados deste trabalho serão divulgados pelo Turismo de Portugal nos próximos meses e, essa sim, será a base sobre a qual todos teremos que nos debruçar e, unidos, salvaguardar os interesses das Escolas de Surf.

    A proposta aqui apresentada pela Federação Portuguesa de Surf caminha no sentido oposto. Caso viesse a ser implementada, acabaria de uma assentada com todas as conquistas que o nosso sector já alcançou: poria fim à garantia de acesso ao mar para operar, perpetuaria a precariedade do sector e tornaria estes negócios ingeríveis, sem prestar qualquer contributo para a segurança e a organização das praias.

    Além de ir contra a legislação em vigor, esta proposta é de tal forma inexequível e desadequada, que não se vislumbra, felizmente, qualquer circunstância em que ela venha a ser implementada. Fica, contudo, o nosso alerta e enorme preocupação pela forma como ela foi concebida e apresentada às entidades responsáveis por regular a nossa atividade, sem qualquer consulta prévia ou envolvimento dos agentes no terreno. No dia em que uma Câmara Municipal decidir cobrar 1, 2 ou 5 euros por cada aluno de cada aula dada pelas Escolas de Surf, não nos iremos esquecer de quem foram os responsáveis por tal ideia castradora e limitadora da iniciativa privada empresarial.

    A Associação de Escolas de Surf de Portugal é a única entidade que representa as Escolas de Surf a nível nacional. Atuamos de forma séria e profissional, realizamos assembleias gerais anuais e prestamos contas aos nossos associados, que são quem define o rumo que seguimos. Já na Federação, as Escolas de Surf privadas, apesar do valor pago, não são associadas, não têm sequer direito a estar presentes nas assembleias e não têm qualquer palavra a dizer sobre o rumo a seguir pela instituição.

    Ora, se as Escolas não podem participar no futuro da sua federação, não tem qualquer cabimento que possam por ela ser reguladas. Não é esse o conceito de democracia no estado de direito em que vivemos.

    Se a federação não possui internamente recursos que se possam dedicar de uma forma séria e ponderada a esta matéria, deve delegar nas entidades que compõem o ecossistema do surf nacional, com provas dadas e com o conhecimento da realidade do sector em todo o país. Infelizmente, a federação optou por nunca o fazer para as Escolas de Surf, por não reconhecer o trabalho que todos temos desenvolvido ao longo dos anos e, agora, por delegar esta tarefa em consultores externos, não eleitos, que procuram impingir as suas visões pessoais, independentemente das necessidades e opiniões de quem efetivamente está no terreno.

    Nunca aceitaremos esta forma de atuar e iremos sempre combater qualquer proposta que seja feita sem o envolvimento dos visados. Mesmo sem o devido reconhecimento da federação, sempre fizemos o nosso caminho pautados pela nossa visão e ambição, de vivermos num país que se orgulhe das suas Escolas de Surf e lhes dê todas as condições para operarem de uma forma digna e profissional, de contribuírem para a segurança nas praias, para a formação aquática das futuras gerações e para a promoção do nosso país como destino de excelência para surfistas e aprendizes de todo o mundo.

    Vamos continuar a defender junto das entidades competentes o da duração das licenças para 3 a 5 anos, para que as Escolas de Surf possam fazer investimentos em segurança; a denunciar e a procurar estratégias para fiscalizar de forma eficaz os ilegais que têm invadido as nossas praias; a exigir transparência e justiça nos processos de licenciamento; a alertar para a necessidade de se publicarem as listagens de Escolas licenciadas; a lutar para que sejam criadas infraestruturas nas praias de apoio à atividade das Escolas durante todo o ano.

    E exigimos que a Federação termine, de imediato, todas as prestações de serviços e consultorias externas para a gestão das Escolas de Surf e que dê este poder às próprias Escolas, representadas na sua Associação.

    Este é o momento em que todos aqueles que se identificam com esta visão se devem unir e participar na Associação que os representa, só todos juntos teremos a força necessária para lutar pelos nossos direitos e por uma atividade verdadeiramente sustentável."

     

     

     

     

    Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.

    Segue o Beachcam.pt no Instagram

Tags
  • praia
  • mar
  • Surf
  • AESP
  • Associação de Escolas de Surf de Portugal
  • Portugal
  • Gestão Nacional de Escolas de Surf
similar News
similar
maio 31
Portugal tem 'bom início' de campanha no Mundial ISA de El Salvador
maio 18
A pensar nos tubos olímpicos de Teahupoo, França anuncia convocatória para o Mundial ISA
maio 31
Recorde de nações presentes e elenco com muito CT no Mundial ISA de El Salvador
maio 31
Concessionários querem regras 'bem definidas' de proibição de fumar na praia
maio 31
Câmara Municipal de Almada promove visita guiada ao património natural da Caparica
maio 31
'Sala de visitas do surf português' é o próximo destino da Liga MEO Surf 2023
maio 30
Portugueses já conhecem adversários da ronda inaugural do Mundial ISA de El Salvador