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- O novo selecionador nacional de surf adaptado diz que a FPS tem como estratégia "aumentar o grupo de trabalho", com vista a ter mais participantes no Mundial ISA.
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Foi uma prestação histórica aquela que a Seleção Nacional de Surf Adaptado teve nas ondas de Pismo Beach, cidade norte-americana que acolheu o Mundial ISA de 2022.
Por intermédio de Camilo Abdula e Marta Paço, o conjunto luso arrecadou duas medalhas de ouro. Foi a primeira vez que o surf adaptado português conseguiu tal proeza no Mundial ISA.
Isto num evento em que a Seleção Nacional ainda estreou o jovem Tomás Freitas nestas lides, bem como o selecionador Tiago Prieto, que substituiu Bernardo Abreu. E que estreia de sonho foi esta para o também treinador de Marta Paço.
Em conversa com o MEO Beachcam, Tiago fala-nos um pouco sobre esta aventura, mas também sobre os planos para o futuro de uma nação que no 'métier' é vista "como um exemplo a seguir".
Beachcam (BC) - Antes de mais, como surgiu o convite para orientar a Seleção Nacional de Surf Adaptado?
Tiago Prieto (TP) - O anterior selecionador Bernardo Abreu teve de ausentar-se por motivos pessoais e foi-me endereçado o convite. Com muita vontade de abraçar este projeto, aceitei de imediato o convite. Está a ser bastante positivo.
BC - Este foi o primeiro Mundial ISA em que o Tiago esteve na função de selecionador. Melhor estreia era impossível, não?
TP - Dos três atletas com que partimos para o Mundial ISA, conseguimos colocar dois atletas na final e trazer duas medalhas de ouro. Estatisticamente, penso que fomos a melhor seleção. Não se poderia pedir melhor. Nós como Federação Portuguesa de Surf (FPS) e eu como selecionador, estamos muito contentes. Objetivo mais do que cumprido.
BC - O facto de tanto o Camilo Abdula como a Marta Paço já conhecerem a onda de Pismo Beach foi determinante para este resultado final?
TP - As condições são semelhantes aquelas que temos cá em Portugal. Depois, tínhamos a Marta e o Camilo que já conheciam a onda. Isso foi importante para a prestação de ambos. Para além disso, fizemos várias sessões de treino, o que também nos ajudou bastante. Permitiu perceber ainda melhor tudo aquilo que já conhecíamos. Todos esses fatores ajudaram ao sucesso da equipa.
BC - Concluído este Mundial ISA, quais são os objetivos para 2023?
TP - Ainda é muito cedo, mas para o próximo ano queremos manter na final do Mundial ISA tanto o Camilo como a Marta. Se possível, repetirmos o que foi feito este ano. No entanto, ficaria contente se conseguíssemos colocar ambos nas respetivas finais. Também gostaríamos de angariar mais atletas. Temos o Tomás Freitas, que é um jovem de 17 anos com muita margem de progressão e que acabou de fazer a estreia no Mundial. Queremos aumentar o nosso grupo de trabalho, de modo a fazer crescer o surf adaptado em Portugal e a irmos mais fortes para o Mundial. Essa é uma das estratégias da FPS.
BC - A atual base de recrutamento já permite alargar esse leque de opções?
TP - Temos de trabalhar um pouco mais nesse sentido. O trabalho está a ser feito. O surf adaptado é relativamente recente e o mesmo sucede em Portugal. Tem no máximo cinco anos. Tudo está ainda numa fase de desenvolvimento. O caminho está a ser feito.
BC - A Marta Paço e o Tomás Freitas são dois atletas muito novos. Como é que os outros países olham para o facto de Portugal estar representado com atletas tão jovens?
TP - As outras nações olham para nós com bons olhos e como um exemplo a seguir. Neste Mundial ISA, éramos a equipa que tinha os atletas mais jovens. Somos poucos, mas estamos bem representados e somos bem vistos.
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FotografiaISA/Sean Evans
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FonteRedação
