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- Ângela Morgado, diretora executiva da representação em Portugal da organização ambientalista internacional WWF, diz que é preciso um Acordo de Paris para a natureza.
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Proteger a biodiversidade mundial já é insuficiente e é necessário um investimento “em larga escala” no restauro da natureza, disse Ângela Morgado, diretora executiva da representação em Portugal da organização ambientalista internacional WWF, à agência noticiosa Lusa.
A propósito da cimeira da ONU sobre a Biodiversidade (COP15), que teve uma primeira parte no ano passado na China e que vai concluir-se em Montreal, no Canadá, entre os dias 7 e 19 de dezembro, Ângela Morgado alerta que a natureza está a desaparecer um "ritmo sem precedentes”, com a população de espécies a diminuir 69% desde 1970, segundo o último relatório da World Wide Fund for Nature (WWF).
Para a COP15 ser bem-sucedida, diz Ângela Morgado, tem de reverter essa tendência e agir para ter até 2030 pelo menos 30% de áreas protegidas do planeta, acrescentando: “Mas também é muito importante a parte do restauro. A nossa meta em restauro é de 30%”.
“Precisamos de um Acordo de Paris para a natureza. Um acordo com significado político, um acordo com compromissos”, afirma a diretora executiva da Associação Natureza Portugal, que em Portugal trabalha com a WWF, sob a sigla ANP/WWF.
Em 2015 foi aprovado por quase todos os países do mundo o Acordo de Paris, considerado o mais importante documento da luta contra o aquecimento global, que traça as metas e o que tem de ser feito para que o aumento global das temperaturas não ultrapasse os dois graus celsius (ºC) em relação à época pré-industrial, e se possível não vá além de 1,5ºC. Esse aumento é hoje já de pelo menos 1,1ºC.
O que Ângela Morgado defende é que em Montreal seja alcançado um acordo do género, mas virado para a proteção da biodiversidade mundial.
A “inação já não é uma opção, precisamos mesmo de ação”, sustenta a responsável nas declarações à Lusa, acrescentando que um quadro ambicioso para a COP15 passa também pela mobilização para que se reduza para metade, até 2030, a pegada mundial da produção e consumo.
Tal passa, diz, por uma “transformação comportamental acentuada” das pessoas, reduzindo o consumo de determinados alimentos e optando por outros. Ângela Morgado destaca que essa mudança passa também por outras áreas, seja a moda, a energia ou a mobilidade.
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FonteRedação
