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- Caiu o pano na temporada com uma etapa emocionante em Peniche!
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A Liga MEO Surf chegou no passado fim-de-semana ao fim, num dos desfechos mais épicos que há memória em relação às contas masculinas. Teresa Bonvalot e Guilherme Ribeiro terminaram a temporada como campeões nacionais, após um ano que em que assistiu ao acentuar da renovação do surf nacional, com cada vez mais jovens talentos a atacarem as posições cimeiras do ranking.
Após cinco etapas, as contas fecharam, os títulos foram entregues e tudo se posicionou num ranking final. Contas à parte, aqui ficam sete nomes que se destacaram ao longo da temporada. Quer dentro de água, como fora. Símbolos do presente, mas também do futuro. Intervenientes com marca registada naquela que foi mais uma temporada de sucesso na Liga MEO Surf.
Teresa Bonvalot – Não há muito a dizer quando dominas a temporada do início ao fim. É a senhora do surf nacional, dentro e fora de portas. Exibe um nível técnico nunca antes visto pelas nossas ondas, eleva-o além-fronteiras e ainda ajuda as restantes rivais e companheiras a seguirem as suas pisadas. Em 2022, Teresa só fez as quatro primeiras etapas. Algo que chegou e sobrou para conquistar o título de forma antecipada nos Açores. Afinal de contas, foram três triunfos e somente um segundo lugar na etapa inaugural. Contas feitas, quase mil pontos de avanço para a vice-campeã. É, cada vez mais, uma campeã irredutível!
Guilherme Ribeiro – Do lado masculino tivemos a estreia de um campeão. Um jovem que mostrou uma garra e competitividade extrema, que acabou por ser determinante na conquista do título. Numa disputa épica, frente ao grande dominador do surf nacional da última década, Gui teve de disputar uma verdadeira e emocionante “negra”. E quando tudo parecia jogar a favor do oponente, o jovem da Costa de Caparica “mostrou os dentes” e carimbou a vitória mais saborosa da carreira. Pode não ter sido o mais dominador ao longo do ano – ninguém o foi! -, mas foi, acima de tudo, o mais competente. E, na hora da verdade, não tremeu.
Maria Salgado – Se o surf feminino nacional vive, por esta altura, um dos momentos mais fulgurantes a nível internacional, podemos dormir descansados porque a sucessão parece estar bem entregue. Aos 15 anos, Maria Salgado apresenta-se cada vez mais como uma grande promessa. Fez um final de temporada em crescendo e soube aproveitar ao máximo as ausências das tops para dar nas vistas. E deu tanto nas vistas que terminou o ano a ganhar pela primeira vez uma etapa, sagrando-se vice-campeã nacional como bónus. E nada foi fruto do acaso, pois o seu surf impressiona a cada vez que tem de atacar o lip. É um pequeno fenómeno em construção!
Guilherme Fonseca – Foi um dos grandes derrotados da etapa final, mas nem isso apaga a grande temporada realizada por Gui Fonseca, cujo epicentro até esteve na incrível prestação no Mundial ISA. Apesar de ter falhado o título e de ter terminado a temporada no 4.º posto, ultrapassado por Afonso Antunes, Fonseca teve uma notória evolução em termos de ranking e ainda levou para casa um dos troféus mais importantes da temporada, a Allianz Triple Crown. Uma menção justa para um surfista cujo trabalho merece essa recompensa. É esperar que se mantenha neste registo daqui para a frente!
Vasco Ribeiro – Mesmo num meio do turbilhão de uma saída da competição, Vasco não deixou de ser uma das figuras da temporada. Esteve fora de combate dois meses e regressou a tempo de ainda disputar o título, que era seu do ano anterior. Algo que também mostra bem o estado atual do surf masculino nacional, que tantas dificuldades tem em acompanhar o ritmo do feminino fora de portas. A paragem em nada influenciou o surf do cinco vezes campeão nacional, que ao longo da última etapa mostrou estar uns furos acima de toda a gente. Falhou no heat decisivo, mas isso não apaga a grande performance que teve ao longo de todo o evento. Que tenha sido o regresso de um Vasco Ribeiro cada vez mais forte e saudável!
Francisco Mittermayer – Foi o símbolo da nova geração desta temporada. Abrir a temporada com umas meias-finais permitiu ao jovem surfista da Linha chegar à última etapa nas contas do título nacional, mesmo que as possibilidades de lá chegar fossem parcas e não passassem de um sonho. Podíamos aqui também apontar nomes como Matias Canhoto e João Maria Mendonça, que fizeram resultados de destaque, embora não tenham entrado em todas as etapas. São estes “miúdos” que ano após ano irão surgir cada vez mais acima nos rankings, completando o render da guarda geracional no surf português. Mittermayer foi uma das boas surpresas da temporada. E que em 2023 venham mais!
Manuel Gameiro – O único não competidor desta lista, surge em destaque por ter conseguido ajudar a conquistar os dois títulos nacionais. Se no caso de Teresa Bonvalot não há qualquer espanto nisso, em virtude da capacidade acima da medida da atual número 7 do ranking das Challenger Series, no lado masculino foi importante a motivação dada ao jovem Gui Ribeiro, que admitiu não ter tido um arranque de temporada brilhante, sobretudo fora de portas. Mas com o foco certo tudo mudou. Primeiro uma vitória histórica em Lacanau. Depois o título nacional por parte de um dos jovens mais competitivos do surf nacional. E isso também tem dedo do seu treinador. Um dos mais jovens do surf nacional.
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FotografiaJorge Matreno/ANSurfistas
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FonteRedação
