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Aos 22 anos, Teresa Bonvalot apresenta-se já como uma das mais premiadas e experientes surfistas nacionais. Com o foco bem apontado à chegada à elite mundial, a verdade é que, além dos êxitos conseguidos no circuito Pro Júnior, QS e Challenger Series, onde soma inúmeros triunfos, também em termos de Seleção Nacional a jovem surfista do Guincho apresenta um registo sensacional.

Tudo começou há praticamente uma década, quando com 13 anos representou Portugal no Mundial Júnior ISA. A pequena surfista que começava a ganhar as primeiras provas em Portugal, foi até à Nicarágua arrancar um promissor 13.º posto no escalão Sub-16. Nada mau para a estreia nestes palcos, após ser eliminada num heat em que também estava a australiana e atual top mundial Isabella Nichols.

Esse foi só o rastilho para o que veio depois. No ano seguinte melhorou para um 6.º lugar no escalão Sub-16, no Mundial disputado no Equador, após perder na final de repescagens. Em 2015, em Oceanside, na Califórnia, subiu de escalão para Sub-18 e repetiu o 6.º posto final, novamente batida na final de repescagens. Dois tops 10 consecutivos que eram apenas o pronúncio do que aconteceria no futuro.

Nesse mesmo ano de 2015, com apenas 15 anos, Teresa estreou-se nos ISA World Surfing Games, sendo decisiva para ajudar Portugal a conseguir o primeiro de três vice-títulos mundiais consecutivos a nível coletivo. Bonvalot alcançou mais um top 10, terminando no 9.º posto individual da prova que aconteceu na Nicarágua. Era mais uma prova do fenómeno que estava a explodir no surf feminino nacional.

No ano seguinte, na Costa Rica, Portugal voltou a conquistar a prata coletiva e Teresa brilhou novamente, ao terminar na 5.ª posição, depois de ter sido travada na final das repescagens pelas francesas Pauline Ado e Justine Dupont. Era o quarto top 10 em tão poucos anos de carreira. Mas ainda mais estava para vir. Em França, no ano seguinte, mais um 5.º posto, depois de um trajeto que só parou nas meias-finais, frente à sul-africana Bianca Buitendag e à costarriquenha Leilani McGonagle.

As exceções à regra aconteceram em 2018 e 2019, com a aproximação do ciclo olímpico. Nestes dois anos falhou por duas vezes o top 10. Algo que só aconteceu por três vezes nas 10 aparições que teve em Mundiais ISA por Portugal. Ambos os campeonatos foram no Japão. No primeiro alcançou o 25.º lugar e em 2019 foi 33.ª. Apesar dessa malapata nipónica, Teresa acabou por marcar presença em Tóquio no verão de 2021.

Por fim, as mais recentes grandes prestações. Primeiro com a medalha de bronze em El Salvador, onde garantiu essa vaga olímpica, a par de Yolanda Hopkins, que foi prata e conseguiu a melhor performance feminina para Portugal. Agora, em Huntington Beach um 6.º posto que acabou por saber a pouco, depois da lesão que impediu Teresa de prosseguir numa prova em que não chegou a conhecer o sabor da derrota.

Feitas as contas, em 10 participações em Mundiais ISA, tanto como júnior como sénior, Teresa Bonvalot conseguiu ser top 10 em sete ocasiões. Algo que abre boas perspetivas para os próximos Mundiais, que vão ter vagas em jogo para Paris’2024. Isto porque ter Teresa na equipa nacional é garantia de fiabilidade e êxito praticamente garantido.

Mundial ISA 2022 – 6.º lugar
Mundial ISA 2021 – 3.º lugar
Mundial ISA 2019 – 33.º lugar
Mundial ISA 2018 – 25.º lugar
Mundial ISA 2017 – 5.º lugar
Mundial ISA 2016 – 5.º lugar
Mundial ISA 2015 – 9.º lugar
Mundial Júnior ISA 2015 –  4.º lugar (Sub-16) e 6.º lugar (Sub-18)
Mundial Júnior ISA 2014 – 6.º lugar (Sub-16)
Mundial Júnior ISA 2013 – 13.º lugar (Sub-16)

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