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- O número de mortes cifra-se em 111, valor que representa um novo máximo nos últimos cinco anos.
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Os números são contabilizados pelo Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS). Desde o dia 1 de janeiro de 2022 já ocorreram mais de uma centena de óbitos por afogamento.
Numa altura em que falta contabilizar um quadrimestre até ao fim do vigente ano, o número de mortes cifra-se em 111, valor que representa um novo máximo nos últimos cinco anos.
Só no passado mês de agosto foram verificados 23 óbitos. Este registo bateu o máximo mensal de mortes em meio aquático em Portugal dos últimos cinco anos. O mês de julho de 2020 era aquele em que, neste período, tinham sido registadas mais mortes: 21.
Em declarações à agência noticiosa Lusa, Alexandre Tadeia, presidente da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, referiu poder atribuir-se o aumento das mortes registadas com a "falta de cultura das pessoas na relação com o meio aquático".
"Por um lado, achamos que as pessoas não sabem identificar os riscos. Não sabem o que é um agueiro, os perigos das ondas, que um corpo flutua menos em água doce. Nada disto é ensinado nas escolas e deveria. E, por outro, o período pós-pandemia levou a uma maior procura [das zonas balneares]", frisou.
Segundo Alexandre Tadeia, o padrão de mortes por afogamento em meio aquático tem vindo a manter-se ao longo dos últimos cinco anos. "São mais homens, mais no distrito do Porto e mais no interior".
Comparando com períodos homólogos desde 2017, altura em que o Observatório do Afogamento começou a fazer os registos, o valor de 111 mortes representa um aumento significativo face ao anterior máximo de 87 mortes ocorridas em 2017.
Em 2018, registaram-se 76 mortes no mesmo período; em 2019 e 2020 registaram-se, em cada ano, 69; e em 2021 ocorreram 76 óbitos.
A maioria das mortes em meio aquático este ano aconteceu no mar (42) e no rio (40), sendo que apenas oito mortes ocorreram em zonas vigiadas e a maioria por desrespeito às indicações de segurança.
Nove pessoas morreram por afogamento em barragens e nove em poços. Os restantes afogamentos verificaram-se em piscina doméstica (três), em porto de abrigo (dois) e, no que se refere a cinco deles, em tanque, lago, cisterna, canal de rega ou piscina oceânica.
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FonteRedação
