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- Todo este naipe de bodyboarders pertence à divisão Open (masculino + feminino).
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Após cinco longos e exigentes dias de competição, a edição de 2022 do Sintra Portugal Pro, a etapa portuguesa do Mundial de Bodyboard, está a entrar na fase das decisões.
Esta sexta-feira, quatro bodyboarders portugueses alcançaram os quartos-de-final no evento que até domingo decorre na Praia Grande, no concelho de Sintra.
Todos estes competidores pertencem à divisão Open. Daniel Fonseca e Steph Kokorelis no masculino, e Joana Schenker e Mariana Rosa no feminino.
Daniel, ex-campeão nacional Open, foi o primeiro a garantir o seu lugar nos quartos-de-final. O bodyboarder de Peniche venceu a sua bateria da ronda oito face ao sul-africano e antigo campeão mundial, Iain Campbell e ao francês Yann Salaun (este eliminado), e depois, já num heat man-on-man, ultrapassou Lionel Medina, vencedor do Frontón King em 2020.
Fazendo o balanço desta jornada, Daniel Fonseca afirmou que no "primeiro heat do dia, tudo correu muito bem. No segundo heat, sabia que tinha de estar ativo, pois as condições estavam a ficar mais difíceis com a maré a subir e percebi que tinha de escolher as melhores ondas, mesmo sem grandes manobras, e apostar na consistência. E foi o que aconteceu, felizmente.”
Daniel, agora, terá pela frente Pierre-Louis Costes, duas vezes campeão do mundo (2011 e 2016).
“Do Mundial é o atleta com que estou mais habituado a competir, pois até já entrou algumas vezes no Nacional, mas a estratégia é a mesma: tentar escolher as melhores ondas. Sei que o mar amanhã vai estar a subir, a exigir muito do físico, com mais ‘sets’ e ondas maiores. Neste momento, vou tentar imaginar o que fazer para depois tentar passar à realidade “, conclui Daniel Fonseca, que já igualou o seu melhor resultado no Sintra Portugal Pro, um quinto lugar.
Se Daniel tem grande currículo na prova sintrense, já Steph Kokorelis está a cumprir uma história de sonho. O bodyboarder de ascendência luso-helénica esteve afastado da competição durante alguns anos e, logo sem 'seeding' veio da primeira ronda do Sintra Portugal Pro e só não venceu uma bateria, culminando hoje com uma vitória emocionante, nos últimos segundos de uma bateria man-on-man frente ao havaiano Dave Hubbard, lenda viva do bodyboard mundial e candidato a um nono título na categoria de dropknee nesta edição do Sintra Pro.
“Foi um heat bastante complicado porque as ondas não estavam fáceis. Entrou um 'set' inicial e o Dave apanhou uma onda que eu sabia que era muito boa [um 8,25 pts]. Também fiz uma razoável [um 6,00 pts], e depois estive até final à espera de um ‘score’. Graças a Deus, entrou uma onda nos últimos 20 segundos e consegui a nota com um ‘el rollo’ muito projetado [6,90 pts] e passei”, relata Steph, que conseguiu uma pontuação final de 12,90 pts contra 12,75 pts da vedeta havaiana.
Agora, nos quartos-de-final, nova tarefa hercúlea. Steph terá de ultrapassar nada mais, nada menos do que o campeão mundial em título e autor da única nota 10 em toda a prova até ao momento, o sul-africano Tristan Roberts.
“Estou confiante. Ele é um grande amigo e um grande competidor, mas já o bati numa ronda anterior pelo que sei que lhe consigo ganhar e acredito em mim”, atirou o local de Carcavelos.
Na competição feminina, Joana Schenker passou com a bicampeã mundial Alexandra Rinder aos 'quartos', deixando pelo caminho a campeã nacional Open em título, Teresa Padrela, indo agora defrontar a japonesa Namika Yamashita.
Schenker, que já venceu na Praia Grande em 2017, ano em que se sagrou campeã mundial, tem três finais da etapa portuguesa do Mundial no currículo e ambiciona juntar mais uma à lista, este ano.
“É o campeonato em que tenho melhor estatística, mas não sinto grande pressão. Este é dos campeonatos mais difíceis, o mar aqui é muito imprevisível e difícil de ler, mas este ano fiz quartos-de-final em todos os campeonatos da temporada e queria mesmo quebrar essa barreira aqui. Sei que não vai mudar muito o meu 'ranking'. mas é sempre prestigiante para o evento e para mim ganhar aqui. E é também uma questão de ego, por que não dizê-lo?”, assumiu a sete vezes campeã nacional.
Finalmente, na última bateria do dia, foi a vez de Mariana Rosa se juntar ao clube dos quartos-de-final, passando em segundo uma bateria ganha pela japonesa Sari Ohhara, deixando para trás a chilena Valentina Diaz.
A bodyboarder de Carcavelos, que esteve afastada da competição durante quase um ano devido a lesão num pulso, não escondeu a sua alegria.
“Estou muito feliz, principalmente isso. Têm sido dias muito complicados, com mar muito exigente fisicamente, mas estou super feliz de ter passado este heat. Não estava a criar muitas expectativas, mas tentei sempre analisar o mar para tentar facilitar o meu trabalho. Agora, o que vier é tudo ótimo", afirmou a jovem competidora, que terá a espanhola Teresa Miranda como adversária na fase seguinte.
Este sábado será o penúltimo dia de competição nas ondas da Praia Grande e de acordo com os planos da organização, ainda que estes possam vir a ser alterados, está prevista a coroação de dois campeões mundiais, dropknee e Pro Júnior feminino, bem como o fecho do Open masculino. Uma jornada de emoções fortes em perspetiva.
Recorde-se que o Sintra Portugal Pro 2022 pode ser acompanhado através da transmissão em direto da entidade promotora do circuito mundial, a International Bodyboarding Corporation (IBC), no seu canal de YouTube.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
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FotografiaJoão Araújo
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FonteRedação
