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- Pierre-Louis Costes foi outro dos protagonistas da jornada ao vencer no setor Open masculino.
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O penúltimo dia de competição da 26ª edição do Sintra Portugal Pro ficou marcado pela coroação dos campeões mundiais de dropknee e do Pro Júnior feminino, neste último foi a primeira vez que tal título foi entregue.
No dropknee, variante do bodyboard, Dave Hubbard cimentou o seu estatuto de recordista de títulos mundiais ao sagrar-se campeão pela nona vez. Desta forma, Dave igualou o número de títulos de outra lenda do circuito mundial, no caso Mike Stewart.
Um título assegurado por antecipação, nas meias-finais, depois de ter batido o sul-africano Iain Campbell nas meias-finais.
“Super especial e muito emotivo. É algo pelo qual venho lutando há muitos anos e é muito bom alcançá-lo. É bom para o desporto ter títulos individuais mas, para mim, há mais do que o troféu. Para mim é o alcançar um objetivo e é algo pessoal. Há cinco anos que perseguia este título e consegui-lo é muito bom", disse Dave Hubbard.
Depois, na final, 'Dubb' acabou por ser batido pelo rival na corrida ao título, o francês Amaury Lavernhe. Nesta última etapa do ano para o dropknee, 'Moz' vingou assim a recente derrota na etapa das Maldivas. Foi a segunda vitória da carreira de Amaury na especialidade dropknee no Sintra Pro. A primeira aconteceu em 2010.
“Fui para a final pronto para ganhar, mas o Amaury apanhou as melhores ondas e surfou melhor. Mereceu ganhar e nem sequer é a primeira vez que ele me ganhou aqui. Por isso, sabia que era possível e aconteceu. Parabéns a ele.”
Amaury Lavernhe devolveu os elogios a Dave Hubbard. “Já tinha ganho o dropknee aqui em 2014, mas vencer o Dave é diferente. É um dos melhores da história do dropknee e sabia que tinha de arriscar mais e consegui fazê-lo.”
O competidor francês mostrou-se muito otimista relativamente ao futuro, especialmente da categoria de dropknee.
“Estamos muito contentes, estamos mais satisfeitos com este circuito. É uma nova era para o desporto e o bodyboard precisava disto. Relativamente ao dropknee ficamos contentes de ter, finalmente, um tour decente para o dropknee, e estamos muito esperançosos para o futuro com a IBC [International Bodyboarding Corporation].”
No Pro Júnior feminino, a brasileira Luna Hardman, filha de Neymara Carvalho, cinco vezes campeã do mundo cumpriu o desígnio familiar ao bater a compatriota Isabelli Nunes numa final emotiva.
“Foi mais emocionante conquistar o título na final. Cada bateria que passava, ia ganhando mais garra e vontade. Agora estou muito feliz, sentimento de dever cumprido!”, congratulou-se Luna Hardman, enquanto garantia não ter tido qualquer pressão materna.
"A minha mãe não me pressionou. Só me ajudou e me deu conforto. E agora já só estou pensando no futuro, competindo no Open feminino e no pro júnior.”
Ainda no Pro Júnior feminino, nota para a positiva representação nesta prova por parte das portuguesas Mariana Padrela e Mariana Silva, eliminadas nas meias-finais por Luna e Isabelli, respetivamente. Beatriz Pinto Coelho, Inês Castro, Luana Dourado e Constança Silva tiveram participação honrosa e ficaram pelos quartos-de-final.
Entretanto, e tendo em conta a previsão de descida do mar para amanhã, a organização levou a cabo o restante do Open masculino, marcada para os portugueses pela eliminação de Daniel Fonseca e Steph Kokorelis nos quartos-de-final.
Fonseca caiu frente ao francês Pierre-Louis Costes, enquanto Kokorelis perdeu diante de Tristna Roberts, vigente campeão do mundo.
Costes, duas vezes campeão mundial chegou à final depois de ultrapassar Tristan Roberts, e na bateria decisiva arrasou Alan Muñoz com um score total de 17,00 pts contra 12,90 pts do oponente chileno, somando assim a sua terceira vitória na histórica prova da Praia Grande.
Pierre-Louis Costes, o francês mais português do bodyboard mundial, (residente em Portugal há 10 anos e casado com uma portuguesa), depois de uma exuberante celebração na praia com uma multidão de fãs a saudá-lo, evocou a memória da mãe, falecida este ano.
“Foi o campeonato mais difícil de sempre, mas também foi a edição do Sintra Pro onde tive as melhores notas e as maiores ondas. Nunca tivemos um dia pequeno. Depois, não venci o meu primeiro heat do campeonato e tive outro em que estive 10 minutos para passar a rebentação. Foi muito físico. Mas o mais especial para mim, há 10 anos, em 2012, a minha mãe esteve aqui para me ver competir, pela primeira vez numa etapa do circuito mundial, e ganhei. Foi uma memória linda, sobretudo neste ano, em que ela morreu, e passei o ano inteiro a pensar que tinha de vencer um campeonato para lhe dedicar. E é lindo ganhar em Sintra, 10 anos depois. Para ela", disse.
Este domingo, chega ao fim o Sintra Portugal Pro, num dia em que serão encontrados os vencedores da categoria Open, nas mulheres, bem como do Pro Júnior masculino.
Recorde-se que o Sintra Portugal Pro 2022 pode ser acompanhado através da transmissão em direto da entidade promotora do circuito mundial, a International Bodyboarding Corporation (IBC), no seu canal de YouTube.
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FotografiaJoão Araújo
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FonteRedação
