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  • O que valem as vagas olímpicas ganhas por Japão e Estados Unidos?
    27 setembro 2022
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  • Nipónicos e americanos já sabem que vão marcar presença em Teahupoo.
  • O Mundial ISA coroou no passado sábado o anfitrião Estados Unidos como campeão mundial coletivo, com Kanoa Igarashi e Kirra Pinkerton a conquistarem as medalhas de ouro individuais em Huntington Beach. Contudo, um dos maiores pontos de interesses da prova californiana centrou-se na disputa pelas primeiras vagas para os Jogos Olímpicos de Paris’2024.

    Curiosamente, os 1000 pontos gerados pelos triunfos de Igarashi e Pinkerton acabaram por ser decisivos para garantir uma vaga masculina ao Japão e uma vaga feminina aos Estados Unidos, respetivamente. Isto depois de Portugal ter estado muito perto de segurar a vaga feminina. Mas o que significam e o que valem realmente essas vagas?

    Em primeira instância, estas duas vagas são coletivas e não individuais. Só no final do processo qualificativo em 2024 as duas federações irão definir quem vai usufruir dessas vagas. Ou seja, não é líquido que Kanoa Igarashi e Kirra Pinkerton sejam os beneficiados desta situação, mesmo tendo sido decisivos para tal feito.

    Aliás, no Japão é 99 por cento garantido que a vaga não será de Kanoa, a não ser que aconteça uma catástrofe durante o CT do próximo ano. A razão é simples: O surfista japonês, que foi top 5 mundial em 2022, dificilmente não terminará 2023 como um dos 10 melhores surfistas selecionáveis do ranking mundial. Caso isso se verifique o Japão já sabe que contará com duas vagas para as olimpíadas francesas, cuja prova de surf acontece no Taiti.

    No entanto, Kanoa fica já a salvo de uma eventual lesão que o afaste da competição durante grande parte do próximo ano. Só isso impediria os japoneses de dobrarem esta vaga. Caso tudo corra pelo normal, o país do sol nascente já sabe que terá dois surfistas em Teahupoo, faltando depois definir quem acompanhará o líder e grande estrela do surf japonês Kanoa Igarashi.

    Mas o Japão fica ainda com a possibilidade de levar um terceiro surfista a Paris’2024 e essa é a grande vantagem destas vagas coletivas que estiveram em disputa em Huntington Beach e que só estarão novamente em jogo no Mundial ISA de 2024. Só estas vagas permitem, excecionalmente, aos países ir aos Jogos Olímpicos com três surfistas, sendo esta uma novidade em relação ao processo olímpico para Tóquio’2024.

    O Japão vai tentar, agora, conseguir um terceiro membro através de dois dos outros processos qualificativos: ter o melhor surfista asiático no Mundial ISA 2023 ou ter um dos melhores surfistas no Mundial ISA 2024. Isto se não juntar outro surfista a Kanoa Igarashi no circuito mundial do próximo ano. No final de feito todo o processo qualificativo, os responsáveis nipónicos irão decidir quem ficará, então, com esta saborosa vaga extra.

    No caso masculino, esta nova regra encaixava na medida ao Brasil, que tem três dos melhores surfistas do Mundo e em Tóquio, por exemplo, viu Filipe Toledo ficar de fora. Ainda assim, nesta primeira oportunidade, a seleção canarinha não foi a jogo com as suas três estrelas e o Japão agradeceu. O Brasil adia tudo para o Mundial de 2024, onde terá forte concorrência para garantir a última vaga extra masculina.

    No lado feminino a vaga sorriu aos Estados Unidos, mesmo sem se ter apresentado na máxima força. Algo que poderá criar uma situação inglória para Kirra Pinkerton. Isto porque é altamente provável que os americanos guardem a vaga para outra surfista que não a jovem californiana. Basta perceber que muito dificilmente os States não conseguirão duas vagas pelo Tour feminino do próximo ano, fazendo desta a terceira vaga.

    Às norte-americanas Caroline Marks, Courtney Conlogue e Lakey Peterson, juntam-se ainda as poderosas havaianas, com a vice-campeã mundial Carissa Moore à cabeça, mas também Gabriela Bryan e outras eventuais surfistas que se qualifiquem pelas Challenger Series, como Bettylou Sakura Johnson, Luana Silva, Alyssa Spencer ou a jovem prodígio Caitlin Simmers, entre outras.

    Ora, imaginando um cenário de qualificação segura via CT para Carissa Moore e Caroline Marks, por exemplo, restará à federação norte-americana decidir que surfista irá ocupar a terceira vaga. Aí os critérios já serão definidos internamente, embora pareça fácil a escolha recair sobre outra surfista que não aquela que foi determinante para a conquista da vaga. Sobretudo por poderem escolher alguém que se dê bem em ondas tubulares como Teahupoo.

    Em 2024 outras seleções irão disputar esta vaga, com Portugal a ter deixado boas indicações, mas com a Austrália a surgir sempre como natural favorita, tendo em conta o leque de talento disponível. Faltam dois anos para os países perceberem o potencial que terá esta vaga extra e aquilo que alguns desperdiçaram já em Huntington Beach, numa luta que acaba por ter como grande objetivo colocar os melhores surfistas do Mundo a competir no Mundial ISA.

     

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  • Paris'2024
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    ISA
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    Redação
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