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- Saca não é a favor da polémica solução competitiva adotada pela World Surf League para a presente temporada.
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A temporada de 2022 do Championship Tour (CT) fica inevitavelmente marcada pelo cut que houve a meio da época e que reduziu o elenco da divisão máxima do surf mundial.
Após a etapa de Margaret River, na Austrália, apenas 24 homens e 12 mulheres ficaram para a contar a história da restante campanha que vai terminar na finalíssima de Trestles, com a discussão dos títulos mundiais. Este foi o regresso do polémico cut ao circuito mundial de surf, depois de também ter existido em 2011. Ano em que Tiago Pires era o único representante do surf nacional entre a elite.
Em entrevista concedida à agência noticiosa Lusa, 'Saca' mostrou-se crítico do regresso do malfadado cut. "Não sou fã de cortar coisas a meio do ano. Os surfistas passam por um processo muito difícil para se qualificarem e, depois de conseguirem, o número de vagas é cortado. Acho quase anti-desportivo”, considera.
E reforçou: “Acho até desrespeitador para os atletas de alta competição. É muito duro e não sou a favor”.
No entender de Tiago, a "World Surf League (WSL) quer a todo o custo mudar o formato do CT, de forma a reduzir o tempo das provas e os custos” com as mesmas.
"As desculpas são criar o Dream Tour e os eventos mais curtos. Mas há o lado humano, o principal. A verdade é que ficaram 14 atletas de fora da segunda metade da época. E o que eles passaram para chegar ao circuito mundial. Não dar um ano completo a todos os surfistas é um erro”, entende.
Entre o lote de surfistas que ficou abaixo do cut, esteve Frederico Morais, que foi relegado para o circuito Challenger Series, onde tenta a requalificação para o circuito em que foi top 10 mundial vai agora fazer um ano.
Apesar desta saída do CT, 'Saca' acredita que Kikas “tem mais do que argumentos” para regressar à elite já em 2023. “O Frederico é um atleta de topo. Agora, depara-se com uma nova realidade, na Challenger Series, onde há muitos novos talentos e o nível de surf vai aumentar. É cada vez mais difícil manter um lugar na elite”, analisa.
Já sobre Vasco Ribeiro, o outro representante do surf nacional masculino na Challenger Series, Tiago Pires considera que o recordista de títulos nacionais Open está a atravessar um “momento excelente” e “com mais trabalho, disciplina, organização e sacrifício” já estaria no CT há alguns anos.
“Em termos de talento bruto é, talvez, o maior talento que Portugal já viu nascer. Mas isso pode funcionar às vezes contra ele. Muito mais resultados vão vir do trabalho do que do talento”, sublinhou.
Nesta entrevista à Lusa, houve igualmente palavras para o extraordinário momento que o surf nacional feminino atravessa, destacando o "grande mérito" de Teresa Bonvalot, afirmando que a atual campeã europeia da WSL é uma "mulher muito focada e determinada”.
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FotografiaWSL/Poullenot/Aquashot
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FonteRedação
