Homepage

  • 2022. O ano da retoma do surf australiano!?
    06 junho 2022
    arrow
    arrow
  • Fotografia
    WSL
  • Fonte
    Redação
powered by
  • Meo
  • Mercedes
  • Buondi
Segue-nos nas redes
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Jack Robinson venceu as duas últimas etapas do CT e apresenta-se como a grande figura da nova geração aussie.
  • As referências foram partindo do circuito mundial durante a última década. Primeiro os lendários coolie kids, com Joel Parkinson e, sobretudo, Mick Fanning a deixarem uma pesada herança para as novas gerações australianas, mas também Taj Burrow. Mas recentemente, foi Julian Wilson a deixar a elite mundial, por opção. Ao contrário de Owen Wright que foi tirado pelo cut e que já tinha sido salvo por um wildcard o final do ano passado. Os dois futuros campeões mundiais que nunca o foram. O futuro parecia nefasto para os australianos, com as novas gerações a mostrarem-se reféns dos maiores nomes do passado recente do surf aussie.

    O arranque da temporada 2022 mostrava um cenário raramente visto, com cada vez menos australianos no Tour, perdido de vez o domínio para os brasileiros. Contudo, o triunfo de Jack Robinson a fechar a temporada regular do CT 2021, no México, era o pronúncio da reviravolta, embora poucos os previssem. A verdade é o arranque da temporada 2022 tem sido de domínio australiano. Não é necessário exagerar nos elogios, como se vê do lado anglo-saxónico, nem ao mesmo tempo encontrar cabalas no julgamento, como pode acontecer do lado brasileiro. São os próprios números que o comprovam.

    O triunfo de Jack Robinson em G-Land foi o segundo consecutivo da jovem estrela, que parece “condenado” a ser elevado a grande figura da nova geração australiana. Como sempre o foi no freesurf, mas só agora a colher frutos na competição. Robo parece ter colhido a poção mágica e não mais quer sair do topo. Após um arranque de temporada aquém já recuperou o terreno suficiente para estar a apenas 80 pontos da liderança de Filipe Toledo.

    Mas a armada australiana não se fica por aqui, pois 2022 tem-nos mostrado, finalmente, a melhor versão de Ethan Ewing, outro jovem que também parece determinado em mostrar-se como candidato ao título. Apesar de ainda não o ter conseguido, Ewing parece estar a milímetros da primeira vitória no Tour, algo que confirmaria esse estatuto de candidato. Para já fecha o top 5 mundial. Até pode ser o Brasil na liderança do ranking, mas a Austrália é a nação maioritária no top 5, com dois representantes. E se abrirmos a contagem ao top 10, ainda temos o rookie Callum Robson.

    Se olharmos para o lado feminino, o quadro não é tão famoso, mas muito por culpa da Covid-19 que obrigou Tyler Wright a sair de cena em G-Land, tal como já tinha acontecido em Pipe com Stephanie Gilmore. Tyler surge apenas no 4.º posto e já esteve mais perto da liderança, mas se mostrar o surf que tem vindo a apresentar até aqui, deverá ser uma questão de tempo até encostar nas da frente. Ainda assim, em seis etapas a Austrália já venceu duas, tal como nos homens. Ao triunfo de Tyler em Bells, junta-se ainda a surpreendente vitória de Isabella Nichols, a terceira australiana do top 10 mundial, com Steph pelo meio, em Margaret River.

    Aos quatros triunfos – dois masculinos e dois femininos - após seis etapas no CT, os australianos juntam ainda o domínio nas Challenger Series, que é precisamente o circuito que vai definir novas entradas no circuito mundial para 2023. Algo que prova que a força aussie pode voltar a repovoar o Tour como antigamente. Callum Robson confirmou o excelente momento com a vitória na etapa inaugural em Snapper Rocks, mas houve outros a darem nas vistas. Como Ryan Callinan, que foi finalista vencido em Sydney. Neste momento, no top 10 do ranking há 5 australianos. A Robson, que não entra nestas contas por já estar garantido no CT de 2023, juntam-se Sheldon Simkus, Dylan Moffat, Ryan Callinan e Morgan Cibilic, estes dois últimos a tentarem o regresso depois do cut.

    Do lado feminino, com apenas cinco vagas em jogo, também é a Austrália que tem a maioria nesse top 5. Apesar de não ter ainda vencido qualquer etapa, tem duas finais, primeiro por Molly Picklum e depois por Nikki Van Dijk, que foi superada por Teresa Bonvalot em Sydney. São precisamente van Dijk e Picklum, segunda e quarta do ranking, respetivamente, que surgem dentro do top 5, com Sophie McCulloch logo ali à espreita no 6.º posto do ranking.

    Até aqui tem corrido tudo de feição aos australianos, mas ainda falta metade da temporada. E não esquecendo que tanto no CT como nas Challenger Series já beneficiaram do fator cada. Estará isso na origem deste momento de forma da brigada aussie e tudo vai mudar daqui para a frente? As respostas estão prestes a chegar nos próximos eventos.

    Contudo, se formos ainda mais abaixo, o recente Mundial Júnior ISA de El Salvador comprovou, mais uma vez, que as novas fornadas australianas têm talento para dar e vender. A Austrália terminou no 2.º posto coletivo e conquistou a medalha de prata. Pelo meio houve a medalha de ouro em Sub-16 masculinos para Willis Droomer, um jovem surfista praticamente desconhecido até aqui.

    O futuro está assegurado para o surf australiano. E se o final da temporada de 2021 mostrava um cenário preocupante, sobretudo ao nível da elite mundial, rapidamente o ano de 2022 mostrou que, afinal, o surf australiano está a regenerar-se de forma rápida e eficaz. Teremos campeão mundial australiano pela primeira vez desde 2013? É que, de repente, já são quase 10 anos sem um título mundial masculino. E desde 2018 que não há qualquer não brasileiro que lá chegue…

     

    Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.

    Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!

    Segue o Beachcam.pt no Instagram

Tags
  • Austrália
  • WCT
  • WSL Challenger Series
  • Mundial Junior ISA
  • Jack Robinson
  • Fotografia
    WSL
  • Fonte
    Redação
similar News
similar
dezembro 07
A primeira fotografia de João Chianca no hospital após acidente em Pipeline
dezembro 07
Afinal, os oceanos podem armazenar mais carbono do que se julgava
dezembro 07
2023 vai ser o ano mais quente registado na Terra
dezembro 07
Paris'2024: Teste para construção de torre olímpica danifica recife de coral em Teahupoo
dezembro 07
Chuva: sobe para quatro número de distritos sob aviso laranja esta quinta-feira
dezembro 06
Açores querem ser 'referência mundial' na sustentabilidade do mar
dezembro 06
Quinta-feira de chuva: três distritos sob aviso laranja