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Fernando Aguerre, o mítico e histórico presidente da ISA (Associação Internacional de Surf), comentou as mudanças no processo de qualificação olímpica para Paris’2024, exaltando o aumento de vagas de 20 para 24 em cada género na prova de surf e prometendo lutar por um maior aumento num futuro próximo.

“A mudança mais importante foi o aumento de 20 para 24 surfistas tanto na prova masculina como na feminina. Sentimos que o aumento pode ser ainda maior, mas se pensarmos que, desta vez, aumentou em 20 por cento já ficamos felizes por isso”, admitiu Aguerre, em declarações ao site especialista nos Jogos Olímpicos “Inside the Games”.

Aguerre destacou ainda o facto de, com este novo processo, diferentes nações poderem ter acesso aos Jogos Olímpicos. “Trouxemos a possibilidade de trazer novas e menos tradicionais nações do surf até às Olimpíadas. Tentámos criar um sistema que apresenta benefícios e várias possibilidades diferentes”, frisou.

O líder da ISA recuou até Tóquio’2020 e a estreia olímpica do surf, apontando a Covid-19 para a causa de alguns problemas em todo o processo, sobretudo na desistência de alguns surfistas importantes que marcaram apenas presença nos Mundiais ISA, antes de saírem de cena de forma inglória e desprestigiante.

“Foi tudo por causa da Covid-19. O Mundo ainda estava a aprender a lidar com esse problema. Penso que essa questão não se vai manter, porque as coisas mudaram. Agora temos vacinas e sabemos que muitas pessoas vão ficar infetadas, mas que não é uma situação letal, pelo que está tudo bem”, vincou Aguerre, antes de sublinhar que a presença nos Mundiais ISA de 2023 e 2024 é obrigatória para estar elegível para os Jogos de Paris.

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