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- Apesar da derrota na final, Tristan Roberts manteve a liderança do ranking mundial.
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Foi na passada quarta-feira, dia 15 de junho, que chegou ao fim o Itacoatiara Bodyboard Pro, aquela que foi a quarta etapa do circuito mundial para a divisão Open no que diz respeito ao setor masculino.
A prova disputada nas ondas de Itacoatiara, no estado do Rio de Janeiro, terminou com um vencedor que à partida poucos colocariam no topo das apostas. Foi o quarto bodyboarder diferente a triunfar em outros tantos campeonatos já disputados em 2022.
Quem fez a festa no Brasil foi o chileno Alan Muñoz, num evento em que a representação portuguesa esteve a cargo de Pedro Machado, eliminado na ronda 1. Precisamente Portugal é um país que está intimamente ligado à carreira de Muñoz, pois foi no Sintra Portugal Pro que estreou-se a vencer na divisão Open. Estávamos em 2016.
No dia das finais, o antepenúltimo da janela de espera, foram realizados um total de 15 baterias até à coroação do campeão. A jornada foi longa em Itacoatiara, pelo que os finalistas tiveram de surfar quatro heats. Alan Muñoz esteve irrepreensível e rematou a caminhada com chave de ouro. Na final, o bodyboarder chileno derrotou Tristan Roberts, que é o atual campeão do mundo.
Com Roberts a estar no comando das operações durante grande parte do tempo, Alan não desarmou e virou o jogo à entrada dos últimos seis minutos. Uma ponta final diabólica deixou o campeão mundial sem reação. Primeiro com uma onda de 7,50 pts e depois com o backup de 6,40 pts.
Contas feitas, fica um score combinado de 13,90 pts face aos 13,25 pts do oponente, sendo que a melhor onda deste duelo foi para o bodyboarder sul-africano com 7,75 pts.
"O Tristan é um dos bodyboarders mais sólidos do circuito e é o atual líder do ranking. Neste heat, sabia que apenas tinha que estar tranquilo e confiar no meu surf, pois tudo era possível. Não tinha nada a perder. Pelo contrário, só tinha a ganhar. Tentei aplicar a minha estratégia. Estou muito feliz", disse Alan Muñoz aos microfones da International Bodyboarding Corporation (IBC), a entidade promotora do Mundial de Bodyboard.
Quanto a Tristan Roberts, não deixou o Brasil de mãos a abanar. O competidor africano mantém a liderança do circuito mundial, numa época em que até ao momento esteve presente em três finais dos quatro campeonatos já disputados. Uma regularidade impressionante. Triunfou em Iquique, tendo sido vice-campeão em Arica e agora em Itacoatiara. Resultados que deixam Roberts numa forte posição para a revalidação do cetro mundial.
Para esta manutenção da licra amarela, contribuiu de forma decisiva vitória de Tristan nas meias-finais sobre o havaiano Tanner McDaniel, que havia vencido a última etapa (Antofagasta) e é o atual número dois mundial. Já o campeão em Itacoatiara, Alan Muñoz, também está na luta pelo título mundial. Ocupa o terceiro posto de um ranking em que no final contam os quatro melhores resultados obtidos ao longo da época.
O outro semifinalista foi o surpreendente Sérgio Machado Jr, o bodyboarder brasileiro que mais longe chegou no evento de Itacoatiara, numa caminhada que começou na ronda 1. Já o antigo campeão mundial, Uri Valadão, deu continuidade à temporada mais discreta que tem vindo a realizar. A jogar em casa, Uri foi eliminado na ronda 5 pelo francês Maxime Castillo.
Nota ainda para o bom desempenho de Kalani Lattanzi. O waterman brasileiro deu nas vistas ao chegar aos quartos-de-final. Local da arena onde decorreu o campeonato, Kalani só sucumbiu perante o surf do campeão mundial Tristan Roberts, que curiosamente havia derrotado nas rondas 2 e 4.
Fechado o Itacoatiara Bodyboard Pro, o circuito mundial de bodyboard vai continuar no Brasil, mas não com o Open masculino em ação.
Segue-se o brasileiro Wahine Bodyboard Pro, em Espírito Santo, a disputar entre os dias 20 e 26 de junho. Este é um campeonato dedicado a 100% ao setor feminino. Em prova vamos ter as categorias Open, Júnior e a nova divisão Masters, destinada a bodyboarders com mais de 35 anos e que terá o título mundial em jogo. A portuguesa Catarina Sousa será uma das competidoras.
O Open masculino regressa apenas no fim de julho com a ida até às Maldivas para o Maldives Bodyboard Pro.
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FonteRedação
