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- O projeto Azores EcoBlue vai ser desenvolvido até 2024.
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Um consórcio que reúne empresas e investigadores quer transformar lixo marinho e algas infestantes dos Açores em fios, telas ou membranas, que darão origem a uma coleção têxtil.
“Com este projeto, iremos desenvolver o nosso próprio fio, feito a partir de desperdícios do mar, desenvolver uma tela ou uma membrana que poderá servir ou de isolamento ou de proteção solar e, com isso tudo, fazer uma coleção têxtil e integrar todos estes produtos numa cabana que será feita a partir de barcos descaracterizados ou parados na nossa orla costeira”, avançou à agência noticiosa Lusa, a empresária Nieta da Ponte Rocha.
Natural de Angra do Heroísmo, nos Açores, a arquiteta viveu duas décadas em Guimarães, mas há três anos regressou a casa e instalou-se no Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira (Terinov).
Desde 2015 que a empresa Circular Blue, detentora da marca Nieta Atelier, cria cabanas ecológicas e o seu mobiliário, a partir de materiais sustentáveis. “Apenas trabalhamos com espécies endémicos ou infestantes, desperdícios têxteis ou excedentes de qualquer indústria têxtil”, explicou a empresária. “É uma necessidade, não é uma tendência”, sublinhou.
O projeto Azores EcoBlue, apresentado no Terinov, vai colocar a empresa a trabalhar novas matérias-primas, retiradas do oceano ou de zonas costeiras. Para além do lixo marinho, será trabalhada também uma alga invasora identificada nos Açores pelo centro Okeanos, da Universidade dos Açores.
Segundo Nieta da Ponte Rocha, o lixo será “recolhido em parceria com autarquias locais, associações de armadores, mulheres de pescadores e escolas”. “Iremos tentar integrar ao máximo a sociedade. É o nosso principal objetivo”, salientou, acrescentando que estão previstos workshops e sessões de sensibilização.
O projeto-piloto vai arrancar nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial, mas o objetivo é expandi-lo para outras ilhas e “além-fronteiras”. O consórcio, liderado pela Circular Blue, integra ainda o Terinov, o Okeanos, a Universidade do Minho, a empresa Visual Thinking, o Centro Internacional de Investigação do Atlântico (Air Centre), a Associação Empresarial de Portugal (AEP) e o Centro de Inovação da Islândia.
Financiado pelo EEA Grants e pela Direcção-Geral de Política do Mar, o projeto orçado em cerca de 680 mil euros, será desenvolvido até 2024.
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FonteRedação
