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- Enviado especial da ONU considera que a Conferência de Lisboa será um 'momento crucial do ano para mobilizar esforços colaborativos para travar o declínio da saúde dos oceanos'.
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Enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas (ONU) para os Oceanos, Peter Thomson, considera que 2022 será um "ano decisivo" para os oceanos.
Em entrevista concedida à agência noticiosa Lusa, o responsável disse que o corrente ano terá vários momentos que serão marcos decisivos para o futuro dos oceanos, sendo que o ponto alto será a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas. Encontro que irá decorrer entre os dias 27 junho e 1 de julho na cidade de Lisboa.
Thomson entende que a Conferência é o "momento crucial do ano para mobilizar esforços colaborativos para travar o declínio da saúde dos oceanos". Esta será a segunda conferência mundial da ONU sobre os oceanos (a primeira realizou-se em 2017 em Nova Iorque). Terá organização conjunta de Portugal e do Quénia. Segundo dados da ONU, são esperadas cerca de mil entidades não governamentais, para além de representações dos 192 países-membros das Nações Unidas.
O enviado especial da ONU para os Oceanos apontou também como momentos definidores da atuação da comunidade internacional sobre os oceanos a Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra, na Suíça, que será uma "grande oportunidade para a abolição dos subsídios prejudiciais à pesca" e a Conferência da ONU sobre Biodiversidade (COP 15), que decorrerá em Kunming, na China, e que poderá resultar na adoção de uma maior proteção global, na medida em que "não pode haver um planeta saudável, sem um oceano saudável e a saúde deste último está em declínio mensurável".
Com a grande maioria do oceano ainda por mapear e explorar, o "apelo da Conferência para soluções inovadoras e baseadas na ciência é particularmente pertinente", diz Peter Thomson.
Na prática, segundo o embaixador, na Conferência dos Oceanos em Lisboa os países adotarão uma Declaração, que está a ser negociada nas Nações Unidas, sobre a aplicação de medidas de conservação e uso sustentável dos recursos oceânicos.
Questionado sobre o que é que países de pequenas dimensões, como Portugal, podem fazer em prol dos oceanos, Peter Thomson realçou que o "Governo português já fez um bom trabalho nas questões oceânicas" ao, por exemplo, ser coanfitrião da Conferência em junho, mas frisou que todos os cidadãos, independentemente da dimensão dos seus países, têm um papel importante nas questões ambientais. "Todos os que se preocupam com seus filhos devem preocupar-se com os oceanos, a grande mãe da biodiversidade, e isso inclui-nos a todos", concluiu.
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FonteRedação
